Recital de guitarra portuguesa com os mestres ANTÓNIO CHAÍNHO e FERNANDO ALVIM
Datas :30 Novembro > 21h30
Com a participação da Tuna Académica da Universidade de Coimbra
Produção: Miguel Pedra
Não há um espectáculo assim.
Mestre António Chaínho na guitarra portuguesa, percorre as doze cordas no seu estilo virtuoso e, a um mesmo tempo, subtil. Com orgulho e dedicação, carinho ou devoção, ele é o hoje o maior embaixador da guitarra portuguesa. A acompanhá-lo, só podia estar Fernando Alvim, outro lendário guitarrista, exímio na arte da estrutura musical no que respeita à harmonia e ao ritmo.
Da sua imensa carreira, Chaínho vai fazendo desfilar temas como "Sonhar Lisboa" (gravado originalmente com a Orquestra Sinfónica de Londres) ou "Gaivotas ao Anoitecer" (do álbum "Guitarradas"), no seu jeito contido e, simultaneamente, entusiasmante. Como se alguém nos sussurrasse ao ouvido: "Silêncio! Vai tocar-se a guitarra portuguesa."
A seu lado, Fernando Alvim é muito mais do que um mero acompanhador capaz de enriquecer o desempenho do solista, como aliás comprovou longamente quando emparceirou com Carlos Paredes. Desde 1960 até 1984, ele foi o eleito de Paredes, tendo estado presente nos seus concertos e discos com a dedicação que se lhe reconhece.
A carreira de Fernando Alvim não se esgotou, no entanto, na sua parceria com Paredes. Além das inúmeras sessões em casas de fado, Alvim foi pioneiro na introdução do jazz, da bossa nova e até do rock em Portugal.
Tocou e gravou com Paredes, Amália Rodrigues ("Formiga Bossa Nossa"), Manuel Freire ("Pedra Filosofal"), Pedro Caldeira Cabral e muitos outros intérpretes de mérito indiscutível num percurso marcado pela excelência. Depois de Carlos Paredes, passou a acompanhar António Chaínho.
E este é também um recital em que, sem dispensar as invenções de outros grandes da guitarra portuguesa como Jaime Santos ("Variações em Lá"), António Chaínho se dispõe à fantasia para envolver cada um dos seus ouvintes num espectáculo de virtuosismo e sentimento. Um reportório de instrumentais capazes de nos transportar para um outro lugar, de um outro tempo, ao som do dedilhar de temas como "Valsinha Mandada", "Lisboa 23 Horas", "Lágrimas Paternas" e "Sonata em Ré".
Um pouco por todo o mundo, ou aqui, numa sala perto de si, a verdade é que não há um espectáculo assim, capaz de dignificar a guitarra portuguesa e alguns dos temas em que ela melhor se faz ouvir. Num reportório exclusivamente composto por instrumentais, António Chaínho brilha como nunca ao leme da guitarra. Quem quer viajar com ele?
Nota tirada do site do TAGV.
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