CANÇÃO DA INFÂNCIA
Música: Armando do Carmo Goes (1906-1967)
Letra: Armando do Carmo Goes (1906-1967)
Incipit: O menino está deitado
Data: 1961
Letra: Armando do Carmo Goes (1906-1967)
Incipit: O menino está deitado
Data: 1961
O menino está deitado
No seu berço, a olhar o céu…
Ele não dorme, extasiado,
Ai! Que o céu é todo seu…
Ele sonha de olhos abertos
Um sonho em embrião…
De olhos abertos e ‘spertos,
Menino não dorme, não.
O sonho o invade e, a sorrir,
Ele vai dormir descansado…
Que o seu sonho é enorme,
Sonho de névoa e luar. bis
Ai dorme, menino dorme.
Ai dorme, menino dorme.
Canta-se o texto todo de seguida apenas se bisando o 2º dístico da 3ª quadra.
Esquema do Acompanhamento:
1ª quadra: Mi maior, 2ª Mi, Mi maior /// Lá maior, Mi maior /// Mi maior, 2ª Mi, Mi maior /// 2ª Si, Si maior;
2ª quadra: Mi maior, 2ª Mi, Mi maior /// Mi maior, Dó#7, Fá# menor /// Lá maior, Fá #7, Mi maior /// 2ª Si, Si maior;
3ª quadra, 1º dístico: Mi maior, 2ª Mi, Mi maior /// Mi maior, Dó#7, Fá# menor;
3ª quadra, 2º dístico: Lá maior, Fá#7, Mi maior /// Mi maior, 2ª Mi, Mi maior; (1ª vez e 2ª vez)
Coda: Lá menor, Mi maior /// 2ª Mi, Mi maior.
Informação complementar:
Embalo da autoria de Armando Goes, em compasso ternário (3/4) e tom de Mi Maior, primeiramente gravado por Luiz Goes em Paço d’Arcos, no mês de Março de 1967: EP “Coimbra de Ontem e de Hoje”, Columbia ELMS 3004, depois vertido no LP “Coimbra de Ontem e de Hoje”, Columbia/EMI, 11c 07840624, long play que foi reeditado em 1983.
De acordo com informações prestadas por Luiz Goes, Armando do Carmo Goes compôs este embalo em homenagem a seu sobrinho Miguel Goes, filho de Luiz Goes, nascido em Lisboa no mês de Junho de 1961. Profissionalmente radicado em Lisboa desde 1959 como médico estomatologista, Luiz Goes foi mobilizado para a Guiné em 1963. Com a gravação de 1967, Luiz Goes reflecte sobre a instabilidade do seu primeiro casamento e num desejo de reencontro paterno entoa esta sentida canção de berço a seu filho.
À luz da abordagem estética proposta por Edmundo Bettencourt, “Canção da Infância”, embalo com duas partes musicais, é uma obra de arte global. A qualidade do texto, a melodia excelente, a soberba interpretação de Luiz Goes, o muito bom trabalho de viola de cordas de nylon protagonizado por João Figueiredo Gomes, e o genial acompanhamento de Guitarra de Coimbra assinado por Carlos Paredes (1925-2004), fazem de “Canção da Infância” uma obra prima da década de 1960. Eis um bom exemplo de uma obra resgatada do anonimato e dada a conhecer em estimulantes roupagens num disco que além de escancarar as portas da CC ao Novo Canto, oferecia, no caso em apreço, uma viagem aos meandros no Neo-Realismo discretamente autografado pelo dedos hábeis de Carlos Paredes.
Versões em compact disc:
-CD “Dr. Luiz Goes – Coimbra de Ontem e de Hoje”, Lisboa, EMI-Valentim de Carvalho, 7 243 8 33481 2 1, ano de 1995, faixa nº 11, e depois, em 2003;
-“Luiz Goes. Canções para quem vier. Integral 1952-2002”, Lisboa, EMI-Valentim de Carvalho, 7243 5 80297 2 7, CD nº 2, faixa nº 11;
-“O mundo segundo Carlos Paredes. Integral 1958-1993”, Lisboa, EMI-Valentim de Carvalho, 7243 5 80304 2 6, ano de 2002, CD nº 1, faixa nº 25.
Transcrição musical: Octávio Sérgio (2006)
Textos: José Anjos de Carvalho e António M. Nunes
Agradecimentos: Dr. Luiz Goes.
1ª quadra: Mi maior, 2ª Mi, Mi maior /// Lá maior, Mi maior /// Mi maior, 2ª Mi, Mi maior /// 2ª Si, Si maior;
2ª quadra: Mi maior, 2ª Mi, Mi maior /// Mi maior, Dó#7, Fá# menor /// Lá maior, Fá #7, Mi maior /// 2ª Si, Si maior;
3ª quadra, 1º dístico: Mi maior, 2ª Mi, Mi maior /// Mi maior, Dó#7, Fá# menor;
3ª quadra, 2º dístico: Lá maior, Fá#7, Mi maior /// Mi maior, 2ª Mi, Mi maior; (1ª vez e 2ª vez)
Coda: Lá menor, Mi maior /// 2ª Mi, Mi maior.
Informação complementar:
Embalo da autoria de Armando Goes, em compasso ternário (3/4) e tom de Mi Maior, primeiramente gravado por Luiz Goes em Paço d’Arcos, no mês de Março de 1967: EP “Coimbra de Ontem e de Hoje”, Columbia ELMS 3004, depois vertido no LP “Coimbra de Ontem e de Hoje”, Columbia/EMI, 11c 07840624, long play que foi reeditado em 1983.
De acordo com informações prestadas por Luiz Goes, Armando do Carmo Goes compôs este embalo em homenagem a seu sobrinho Miguel Goes, filho de Luiz Goes, nascido em Lisboa no mês de Junho de 1961. Profissionalmente radicado em Lisboa desde 1959 como médico estomatologista, Luiz Goes foi mobilizado para a Guiné em 1963. Com a gravação de 1967, Luiz Goes reflecte sobre a instabilidade do seu primeiro casamento e num desejo de reencontro paterno entoa esta sentida canção de berço a seu filho.
À luz da abordagem estética proposta por Edmundo Bettencourt, “Canção da Infância”, embalo com duas partes musicais, é uma obra de arte global. A qualidade do texto, a melodia excelente, a soberba interpretação de Luiz Goes, o muito bom trabalho de viola de cordas de nylon protagonizado por João Figueiredo Gomes, e o genial acompanhamento de Guitarra de Coimbra assinado por Carlos Paredes (1925-2004), fazem de “Canção da Infância” uma obra prima da década de 1960. Eis um bom exemplo de uma obra resgatada do anonimato e dada a conhecer em estimulantes roupagens num disco que além de escancarar as portas da CC ao Novo Canto, oferecia, no caso em apreço, uma viagem aos meandros no Neo-Realismo discretamente autografado pelo dedos hábeis de Carlos Paredes.
Versões em compact disc:
-CD “Dr. Luiz Goes – Coimbra de Ontem e de Hoje”, Lisboa, EMI-Valentim de Carvalho, 7 243 8 33481 2 1, ano de 1995, faixa nº 11, e depois, em 2003;
-“Luiz Goes. Canções para quem vier. Integral 1952-2002”, Lisboa, EMI-Valentim de Carvalho, 7243 5 80297 2 7, CD nº 2, faixa nº 11;
-“O mundo segundo Carlos Paredes. Integral 1958-1993”, Lisboa, EMI-Valentim de Carvalho, 7243 5 80304 2 6, ano de 2002, CD nº 1, faixa nº 25.
Transcrição musical: Octávio Sérgio (2006)
Textos: José Anjos de Carvalho e António M. Nunes
Agradecimentos: Dr. Luiz Goes.
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Nota: com a transcrição de “Canção da Infância” terminamos a inventariação da parte mais substancial do repertório de Armando do Carmo Goes cujo 1º Centenário estamos a celebrar. O Dr. Luiz Goes afirma conhecer mais obras de seu tio que eram trauteadas em ambiente doméstico, cuja recolha terá de aguardar por outra oportunidade.
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