Carta do Brasil
Antes de mais, queira aceitar as minhas mais cordiais e efusivas saudações!
Directamente de Santo Ângelo, a capital das Missões, nos pampas brasileiros, no Rio Grande do Sul, Brasil, um abraço de muita admiração e de fascínio pelo Fado de Coimbra.
Beirão, 59 anos, jornalista luso-brasileiro, locutor e realizador, aposentado da RDP (antiga e saudosa Emissora Nacional de Radiodifusão) , Diário de Notícias e Vida Económica, natural de Malpica do Tejo (Castelo Branco - Beira Baixa), aqui estou a carpir e a acumular, com algum desespero, saudades da Guitarra de Coimbra e do Fado de Coimbra ou da Canção Coimbrã.
Assíduo leitor do seu Blog, que visito quase diariamente, aqui sempre encontro um bálsamo para acalentar a minha alma beirã e reviver nomes que ainda ecoam pelo meu espírito... Comigo, tenho, de momento, quatro CD's com Fados e Guitarradas de Coimbra que, diariamente, não posso passar sem, pelo menos, ouvir um. Por aqui, também o Povo Gaúcho nutre bastante admiração por esta expressão musical, que, dentro das minhas paupérrimas limitações, não me canso de divulgar.
De momento, estou a preparar, a produzir seis programas para a rádio, para aqui serem transmitidos, só que não me atrevo a ir mais longe, dada a exiguidade de CD's que, inclusive, por aqui ninguém, ao nível das discotecas, sabe do que se trata.
Depois da sua transmissão, é a hora de avaliar a sua aceitação, repercussão e avançar para a produção de uma Serenata de Fados de Coimbra, que, certamente, contará com o apoio da TAP, do Governo Estadual do Rio Grande do Sul, da Embaixada de Portugal em Brasília e Consulado de Portugal em Porto Alegre (RS). Mas, o meu sonho maior é a realização de uma grande Serenata de Fados de Coimbra, nas Ruinas de São Miguel, património da Humanidade, no coração das Missões Jesuíticas.
Convenhamos que é uma grande ambição, mas, como diz o poeta, "O sonho comanda a Vida!" Tenho muito orgulho em ser português e beirão mais ainda, quando sou o único português por estas paragens, não me posso deixar ofuscar e, muito menos deixar cair os braços, embora por aqui predominem acentuadamente as influências e descendências alemã, italiana, polaca, turca e mais uma ou outra.
Eis, pois, o estado de espírito de um português, já radicado no Brasil, desde 1987, apesar das muitas e prolongadas permanências em Portugal, pois só idas e voltas já totalizam a linda soma de 41 viajens. Agora, já regressei definitivamente, pois, desde 1989, que tenho igualdade de direitos civis, depois de, em 2003, ter sido submetido a um triplo by pass ao coração, pelo Professor Qeiroz e Mello, no Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, no seguimento de quatro enfartes do coração.
Hoje, graças a Deus, gozo de excelente saúde como se nada me tivesse acontecido, pois, para além de uma atenção cuidada da saúde, diariamente, logo pela manhã (6:30 horas), faço a minha caminhada. Desde Outubro de 2004, que varia entre 6 a 10 kms, só que, quando regressei definitivamente ao Brasil, em Agosto de 2004, caminhava 20 a 30 metros e ficava quase 15 minutos a arranjar forças para prosseguir...
Para trás, em Portugal, ficaram muitos valores materiais e espirituais, e, sobretudo, muitas Amizades, mas que, aqui, aos poucos e poucos, vou readquirindo com a juda dos grandes Amigos que aí deixei e que, curiosamente, ainda no ano passado alguns me vieram visitar, nomeadamente o Dr. Jorge da Paz Rodrigues (Magistrado do Ministério Público jubilado, também já aposentado, e um dos fundadores da UGT), o Torres Couto (ex-deputado ao Parlamento Europeu e ex-secretário-geral da UGT), o Professor Jorge Miranda, da Faculdade de Direito de Lisboa.
Depois de ter dado de "beber à dor", como diz o fado (de Lisboa), dando azo e libertando o que me vai pela alma, penso ser já tempo de, por hoje, pôr ponto final nesta prosa, pois, inclusivamente, nem nos conhecemos pessoalmente...
Com muita amizade e admiração, lhe endereço um afectuoso e efusivo abraço, bem como o meu BEM HAJA por me ter "aturado" durante alguns momentos.
Do sempre ao seu incondicional dispor,
Paulo M. A. Martins
Directamente de Santo Ângelo, a capital das Missões, nos pampas brasileiros, no Rio Grande do Sul, Brasil, um abraço de muita admiração e de fascínio pelo Fado de Coimbra.
Beirão, 59 anos, jornalista luso-brasileiro, locutor e realizador, aposentado da RDP (antiga e saudosa Emissora Nacional de Radiodifusão) , Diário de Notícias e Vida Económica, natural de Malpica do Tejo (Castelo Branco - Beira Baixa), aqui estou a carpir e a acumular, com algum desespero, saudades da Guitarra de Coimbra e do Fado de Coimbra ou da Canção Coimbrã.
Assíduo leitor do seu Blog, que visito quase diariamente, aqui sempre encontro um bálsamo para acalentar a minha alma beirã e reviver nomes que ainda ecoam pelo meu espírito... Comigo, tenho, de momento, quatro CD's com Fados e Guitarradas de Coimbra que, diariamente, não posso passar sem, pelo menos, ouvir um. Por aqui, também o Povo Gaúcho nutre bastante admiração por esta expressão musical, que, dentro das minhas paupérrimas limitações, não me canso de divulgar.
De momento, estou a preparar, a produzir seis programas para a rádio, para aqui serem transmitidos, só que não me atrevo a ir mais longe, dada a exiguidade de CD's que, inclusive, por aqui ninguém, ao nível das discotecas, sabe do que se trata.
Depois da sua transmissão, é a hora de avaliar a sua aceitação, repercussão e avançar para a produção de uma Serenata de Fados de Coimbra, que, certamente, contará com o apoio da TAP, do Governo Estadual do Rio Grande do Sul, da Embaixada de Portugal em Brasília e Consulado de Portugal em Porto Alegre (RS). Mas, o meu sonho maior é a realização de uma grande Serenata de Fados de Coimbra, nas Ruinas de São Miguel, património da Humanidade, no coração das Missões Jesuíticas.
Convenhamos que é uma grande ambição, mas, como diz o poeta, "O sonho comanda a Vida!" Tenho muito orgulho em ser português e beirão mais ainda, quando sou o único português por estas paragens, não me posso deixar ofuscar e, muito menos deixar cair os braços, embora por aqui predominem acentuadamente as influências e descendências alemã, italiana, polaca, turca e mais uma ou outra.
Eis, pois, o estado de espírito de um português, já radicado no Brasil, desde 1987, apesar das muitas e prolongadas permanências em Portugal, pois só idas e voltas já totalizam a linda soma de 41 viajens. Agora, já regressei definitivamente, pois, desde 1989, que tenho igualdade de direitos civis, depois de, em 2003, ter sido submetido a um triplo by pass ao coração, pelo Professor Qeiroz e Mello, no Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, no seguimento de quatro enfartes do coração.
Hoje, graças a Deus, gozo de excelente saúde como se nada me tivesse acontecido, pois, para além de uma atenção cuidada da saúde, diariamente, logo pela manhã (6:30 horas), faço a minha caminhada. Desde Outubro de 2004, que varia entre 6 a 10 kms, só que, quando regressei definitivamente ao Brasil, em Agosto de 2004, caminhava 20 a 30 metros e ficava quase 15 minutos a arranjar forças para prosseguir...
Para trás, em Portugal, ficaram muitos valores materiais e espirituais, e, sobretudo, muitas Amizades, mas que, aqui, aos poucos e poucos, vou readquirindo com a juda dos grandes Amigos que aí deixei e que, curiosamente, ainda no ano passado alguns me vieram visitar, nomeadamente o Dr. Jorge da Paz Rodrigues (Magistrado do Ministério Público jubilado, também já aposentado, e um dos fundadores da UGT), o Torres Couto (ex-deputado ao Parlamento Europeu e ex-secretário-geral da UGT), o Professor Jorge Miranda, da Faculdade de Direito de Lisboa.
Depois de ter dado de "beber à dor", como diz o fado (de Lisboa), dando azo e libertando o que me vai pela alma, penso ser já tempo de, por hoje, pôr ponto final nesta prosa, pois, inclusivamente, nem nos conhecemos pessoalmente...
Com muita amizade e admiração, lhe endereço um afectuoso e efusivo abraço, bem como o meu BEM HAJA por me ter "aturado" durante alguns momentos.
Do sempre ao seu incondicional dispor,
Paulo M. A. Martins
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