Memórias de A Brasileira
A Brasileira, sita na Rua Ferreira Borges, a dois passos da Portagem, foi um dos cafés tertulieiros mais emblemáticos da intelectualidade coimbrã.
Em tom ameno, o advogado e antigo dirigente estudantil Alberto Vilaça rememora as louças, os empregados, as perfumadas "bicas", os de esquerda e os de direita, os "bufos" e os pides, José Carlos de Vasconcelos, António Ralha, Paulo Quintela, Vitorino Nemésio, Joaquim Pais de Brito, Rocha Pato, o pessoal da "Vértice", as cavaqueiras futebolísticas e tantas outras que se vão contando.
De alguma forma, a defunta Brasileira testemunhou com José Afonso/Rui Pato a emergência e consolidação de um dos mais notáveis movimentos artísticos da década de 1960.
Do que foi o extinto café, fala o livro de Alberto Vilaça. Do que é, diz a tabuleta que se transmudou em loja e roupas.
Para ler: Alberto VILAÇA, "À mesa d'A Brasileira. Cultura, política e bom homor", Santa Maria da Feira, Calendário de Letras, 2005.
AMNunes
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