UM BREVE ADEUS
Parto! Da minha Coimbra ao anoitecer
Talvez a “cabra” dê uma badalada
Que imagem tão linda de se ver
A alta universitária iluminada
Ou a luz que serve de guia
Naquele templo de sabedoria
No Mondego, correm abundantes águas
Que inundam todos os seu recantos
Quem sabe se de velho estudante são mágoas
Ou lágrimas de D. Pedro nos seus prantos
Há notas que uma guitarra entoa
Espelhada em sonhos de uma mocidade
Tocando na Utopia que por ali voa
Palavras de versos na eternidade
Mas na noite, a cidade esvai-se por fim
Na noite, da sua própria imensidão
Deixa muita, mas muita saudade em mim
Para sempre, gravada no coração
Coimbra, 6 de Abril 2006
Rui Lopes
(texto escrito no combóio de Coimbra para Abrantes)
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