Elos para uma abordagem dos Trajos Académicos (III)
Trajo de pastor/pastora protestante de porte consagrado na Suiça: "toge" preta talar, costura de ombros fartamente pregueada e mangão de tipo boca de sino sem canhão, apresentando grandes semelhanças com a beca judiciária portuguesa. Não é visível a abotoadora frontal de botõezinhos, comum às togas de advogados, "toges" universitárias e judiciárias francesas, lobas antigas e batinas eclesiásticas.
Na Coimbra do século XVIII muitos estudantes se distinguiam pelo porte de uma variante da Loba antiga. Em vez da sotaina sem mangas, faziam-se incorporar mangões de boca de sino na chamarra ou garnacha. O botânico Heinrich Link, tendo passado por Portugal entre 1797-1799, anotou nas suas memórias editadas em 1805 ("Voyage en Portugal...") que a Loba lembrava um "casaco" apertado nas costas com atilhos, parecendo a garnacha a "toge" dos pastores protestantes alemães. Em 1815, Breton produziu relato semelhante ao de Link. Ao cabo e ao resto, os viajantes estrangeiros limitavam-se a assinalar impressivamente traços comuns, em peças vestimentárias europeias da mesma família.
Fonte: http://www.ponsard-dumas.com/.
AMNunes
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