quarta-feira, junho 22, 2005


3ª conferência de Jorge Cravo na Livraria Minerva.
Na foto, jorge Cravo falando sobre a Canção de Coimbra nos anos sessenta.
Foi uma palestra imensamente interessante e útil, tendo sido focado um dos períodos mais fecundos da canção de Coimbra. Focou o período lírico de José Afonso e Adriano Correia de Oliveira. Destacou a escola de Frias Gonçalves. Seguiram-se os irmãos Melo e o disco que José Miguel Baptista gravou com estes em 1964, juntamente com Durval Moreirinhas, do qual se ouviu uma peça, destacando-se os acompanhamentos inovadores utilizados em todos os números do disco. Ouviram-se em seguida, com muita emoção, a Balada das Morenas, por Gomes Alves, com um arranjo espectacular do conjunto atrás referido e o Fado Antigo. São raridades, pois Gomes Alves nunca mais gravou. Refere-se depois a entrada de Andias no grupo dos Melos e a gravação de quatro guitarradas num EP. Focou a seguir António Portugal e os discos que Adriano com ele gravou, no período anterior ao aparecimento das trovas. Surge Jorge Tuna com o seu primeiro EP em 1959. Ouviu-se o seu magnífico Mi menor, com aquele início arrebatador, e a Rapsódia de Fados, única no género, muito bem trabalhada, com os temas perfeitamente entrosados uns nos outros. Destacou-se o disco do Orfeon para promoção da viagem aos Estados Unidos em 1962, com Sousa Pereira, Sutil Roque e José Afonso. Focou-se a rivalidade entre os grupos de António Portugal e Jorge Tuna. Vem depois a referência à Tertúlia do Ré Menor, em 1961, dos irmãos Borralho. Foi focada uma Serenata Monumental no centenário do nascimento de Augusto Hilário na qual o fado com o seu nome foi cantado por Manuel Julião. Aparece a seguir Nuno Guimarães com uma especial referência, sendo exposta a sua obra com várias audições das suas gravações. Foi referido o seu percurso exemplar como estudante, guitarrista, e poeta, assim como a sua escrita de contestação, podendo ser, neste aspecto, comparado a Manuel Alegre e Luiz Goes. Ouviu-se um tema sobre a guerra colonial, cantado por António Bernardino acompanhado por Rui Pato e ainda, por estes mesmos intérpretes, a Canção dos Marinheiros, esta com Nuno Guimarães também. Antes destes, já se tinha ouvido José Manuel dos Santos e Mário Veiga. Surge depois, em 1969, Flores para Coimbra, com António Bernardino acompanhado por Francisco Martins e António Portugal à guitarra e Luís Filipe na viola. Finalmente António Andias e Armando Marta fizeram-se ouvir em duas peças (de 1971), este já com a voz madura, magnífica, como lhe conheci nos quinze anos que com ele lidei, juntamente com António Bernardino e Durval Moreirinhas. Já antes se tinha ouvido uma peça da sua primeira fase, na companhia dos irmãos Melo. Aqui a sua voz era boa mas ainda pouco trabalhada.
Está aqui um resumo da magnífica lição proferida por Jorge Cravo. Só espero que não haja aqui nenhum equívoco da minha parte, dada a extensa lista de cultores da Canção de Coimbra desta década. Obrigado a Jorge Cravo. Para a semana, dia 28, lá estaremos para a sua 4ª e última conferência. Posted by Hello

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