terça-feira, dezembro 06, 2005


Placa de homenagem ao cantor e guitarrista Lucas Rodrigues Junot (1902-1968), afixada num prédio sito entre o Largo da Sé Velha e a entrada da Rua dos Coutinhos, Coimbra. A placa, idealizada pelos antigos estudantes de Coimbra radicados no Brasil, apresenta os seguintes dizeres: "Nesta casa viveu o estudante brasileiro Lucas Junot. 1902-1968. Licenciado em Ciências Matemáticas em 26 de julho de 1927, e que enobreceu o Fado de Coimbra. Homenagem dos seus colegas do Brasil, 26-07-1970".
Trata-se do cantor e guitarrista Lucas Junot que gravou em Londres, corria o mês de Maio de 1927, um lote de discos para a editora Columbia. Nos fonogramas gravados constam títulos como "Fado de Santa Clara", "Fado Manassés", "Fado Sepúlveda", "Fado dos Passarinhos", "Fado Corrido de Coimbra", "Fado Rezende", "Vira de Coimbra" e "Triste".
No dia 25 de Junho de 1970 a Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra promoveu uma sentida homenagem a este importante cantor da Escola Ultra-Romântica, com descerramento de uma lápide na casa onde habitou mais regularmente, e serão cultural no pátio do Museu Nacional Machado de Castro. No referido serão, Divaldo Gaspar de Freitas proferiu uma palestra biográfica sobre Junot, tendo actuado Manuel Julião (voz e viola), o grupo de Manuel Branquinho (com Jorge Gomes) e o Grupo de Hermínio Menino.
A palestra assinada por Divaldo de Freitas foi impressa no Boletim da Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra Nº 10, de Dezembro de 1970 ("Lucas Junot. A Saudade de Coimbra", pp. 27-34), no qual consta também sentida evocação de Afonso de Sousa a José Paradela de Oliveira.
O espólio fonográfico de Lucas Junot encontra-se parcialmente reeditado pela Tradisom. Por decisão da sua viúva foram depositados no Museu Académico as provas das matrizes fonográficas, os discos completos e ainda a Guitarra Toeira de Coimbra de Junot, com escala de 17 trastos, ilharga baixa, voluta oval sem arestas, e tampo escorado por duas travessas.
António M Nunes

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