segunda-feira, dezembro 26, 2005

Retrato(s) de Família
Por António M. Nunes
1 - DÉCIO
Beirão, DÉCIO Urbano da Rocha de Dantas nasceu em 27 de Maio de 1914. Foi por longos anos aluno da Faculdade de Direito da UC, funcionário administrativo da Secretaria Geral da UC, membro do Fado Académico e actor amador nos anos iniciais do TEUC. Em Novembro de 1934 integrou, na qualidade de executante de violão, a estreante formação constituída por Abílio de Moura/Sousa Seco (gg). Em 1936 fundou um grupo de apoio à Académica (Equipa de Futebol), chamado Cow-Boys, a que pertencia o guitarrista António Carvalhal. Foi sócio da Tuna Académica até concluir a sua formatura. Executante de violão de cordas de aço. Licenciou-se em 28 de Julho de 1947, tendo feito a sua inscrição na Ordem dos Advogados em 27 de Julho de 1950. Exerceu advocacia na Comarca de Santa Comba Dão.
Fontes: Dr. António José Soares; Dra. Isabel Cambezes

2 – BERRANCE
Egas BERRANCE Correia de Abreu era natural de Benavente onde nasceu a 7 de Fevereiro de 1926. Terminou a licenciatura em Direito na UC em 26 de Julho de 1954. Inscreveu-se na Ordem dos Advogados em 10 de Julho de 1959, tendo exercido advocacia na Comarca de Benavente. Guitarrista, gravou dois discos de 78 rpm com Augusto Camacho/Petrónio Riciulli e Carlos Figueiredo em 16 de Maio de 1953, nos quais assegurou a 2ª guitarra.
Fontes: Dr. Augusto Camacho Vieira; Dra. Isabel Cambezes

3 – FALCATO
João José FALCATO nasceu em Borba, Alentejo, no ano de 1915. Frequentou o curso de Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da UC entre 1942-1947. Membro do TEUC, ligado às facções estudantis adversas ao Estado Novo, destacou-se como escritor, jornalista, professor do ensino particular e cronista de costumes regionais. Falcato editou inúmeras crónicas alusivas à vida estudantil em jornais portugueses, depois vertidas nos livros “Coimbra dos Doutores” (1957) e “Palácios Confusos” (1965). As crónicas de temática coimbrã reflectem sentido crítico apurado e sensibilidade inteligente, afastando-se do saudosismo e da lamechice muito em voga na época. Propositadamente ambíguo, por forma a não ferir abertamente sensibilidades que lhe poderiam ser adversas, Falcato não se livrou de polémicas terçadas com escribas de menos valia que o procuraram diminuir, insinuando que escrevia “falsidades”. Um pouco à semelhança de Fernão Mendes “Minto”, Falcato viu-se alcunhado de “Falsato”. A leitura a posteriori dos escritos de uns e de outros só vem corroborar a superioridade de João Falcato. A ele se deve uma importante crónica sobre a Canção de Coimbra, editada primeiramente em 1952, já divulgada neste blog. Falcato era um confesso admirador de Edmundo Bettencourt.

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