Canção de Coimbra /Reflexões ( IV )
Legenda da Composição fotográfica
Memória / Momentos . “Canção de Coimbra-Anos 80”( 1989 ) : Série de Televisão (seis programas) com autoria e coordenação de José Mesquita, realização de Marques Vicente e locução (entrevistas ) de Sansão Coelho. Concebida para integrar, exclusivamente, peças inéditas e/ou divulgadas, pela 1ª vez, na década de 80 do séc. XX (temas cantados ou instrumentais), esta série assegurou a mais ampla participação de sempre, em realizações do género (cerca de meia centena de cultores do “Fado de Coimbra”, incluindo quatro Grupos de estudantes e vários antigos cultores …).
“Instantâneos” das gravações destes programas ( Antigos Estudantes ) . Para além do Autor, podem ver-se os seguintes participantes : (A) Octávio Sérgio e A. Sérgio Azevedo ( Sintra/Jardins de Monserrate ); (B) Jorge Tuna e Durval Moreirinhas ( Sintra /Bucelas, Res. Particular ); (C) Luiz Goes, João Gomes, António Toscano e João Bagão ( Lisboa / Jardim Botânico ); (D) F. Machado Soares, Fontes Rocha (col.) e Durval Moreirinhas ( Almada / Convento do Beato ); (E) Francisco Martins e Rui Pato ( Coimbra /Jardim Botânico ). Colaboraram ainda os instrumentistas Mário de Castro, Humberto Matias, Francisco de Vasconcelos, Alcindo Costa, Álvaro Bandeira e João Alpoim e os cantores Augusto Camacho e Fernando Rolim ( fotos não disponíveis…).
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José Mesquita*
A Poesia nas suas relações com a componente musical (melódica/harmónica) e/ou interpretativa da Canção de Coimbra ( continuação ).
Dentro deste tema, tínhamos começado a abordar, no último artigo, (Reflexões III), a questão “Fado de Lisboa vs Fado/Canção de Coimbra “na vertente musical. Analisemos agora a componente poética, principalmente no que diz respeito aos temas cantados. Assim :
Quanto à temática, sem receio de errar e contrariamente à ideia muito difundida, os temas da morte, do choro e tristeza, da tragédia...e quejandos, não foram sempre exclusivos do fado de Lisboa. Muito longe disso!!.. Basta recordar “alguns clássicos “ de Coimbra interpretados por vozes célebres do meio académico, tais como, António Menano, Armando Goes, Lucas Junot…entre outros. Assim , citamos, a título de exemplo, os seguintes fados ( aqui identificados pelos dois primeiros versos…) : “Da miséria e da desgraça / Não te rias meu amor”…; “Sou ceguinho de nascença/Isto assim não é viver...”; “ Fechei a porta à desgraça /Entrou-me pela janela …”; “ Quando eu morrer nem sequer / Na campa uma cruz erguida...”,”Minha mãe quando eu morrer/ Chore por quem só chorou”…,”A cabra da velha torre/Meu amor chama por mim/Quando um estudante morre”... etc, etc, sem esquecer que o” fado dos fados “, o “1.º fado de Coimbra” (viragem do séc. XIX para o séc. XX) fala de mortalhas e caixões!! Referimo-nos, obviamente, ao fado Hilário… Então, nem os temas cantados, nem a prioridade da letra ou da música na elaboração das composições, são fronteiras seguras e absolutas na individualização do fado/canção de Coimbra, relativamente ao “ fado alfacinha “ou até, eventualmente, a outros géneros musicais !...
Mesmo em relação aos instrumentos e acompanhamentos, ressalvando algumas diferenças notórias e bem conhecidas como as relacionadas com a construção da guitarra, as técnicas de dedilhação ou a afinação, a realidade actual mostra-nos que a técnica e a “postura” dos instrumentistas, “ditos de Lisboa e de Coimbra” , não parecem, afinal, ser tão irredutíveis como se pretendia no meu tempo de estudante… Basta relembrar as colaborações de Fontes Rocha/Ricardo Rocha com Fernando Machado Soares, de Carlos Paredes com Carlos do Carmo, ou, como se viu recentemente na TV (Festas de Santo António em Lisboa), de Paulo Soares (Jójó) com João Braga, Bobone e outros fadistas lisboetas , para citar apenas alguns dos exemplos mais conhecidos e mediáticos…
Aliás, o estilo de acompanhamento da Canção de Coimbra introduzido por João Bagão ( com excelentes intérpretes nas novas gerações, entre os quais muito admiramos Tó Zé Moreira e Ricardo Dias…) em que sobressai o “diálogo” da guitarra com o cantor ( aparte os aspectos técnicos já atrás referidos…) tem muito mais afinidades com o “modo –Lisboa” do que, à primeira vista, se possa pensar !...A este propósito, não será dispiciendo recordar que esta inovação, no contexto da música coimbrã, (actualmente muito usada, quiçá mesmo “abusada”…) só se evidenciou claramente depois de João Bagão ter deixado Coimbra e fixado residência em Lisboa !... A extraordinária “onda renovadora do fado de Coimbra”que, a partir de então (década de 70…) protagonizou com Luiz Goes é bem conhecida e apreciada…
Sosseguem, porém, os “puristas”…, pois estas nossas “misturas provocatórias” nada têm a ver com uma eventual perda de identidade da “Canção de Coimbra”…, identidade essa que defendemos intransigentemente e importa a todo o custo preservar.
Com efeito, o que pretendemos realçar, é que a manutenção de certos “mitos” e a insistência em fronteiras rígidas traduzem uma postura que, em nossa opinião, para além de insensata, se revela incompatível com a evolução do Mundo e a inevitável adaptação das tradições e dos conceitos estéticos a essa evolução… Uma atitude radical, neste domínio, em nada contribuirá, bem pelo contrário, para uma mais valia da “Canção de Coimbra” e para a sua almejada “mundialização”! ( utilizando, com a devida vénia, a expressão de Jorge Cravo…) ( 8 ) .
Basta recordarmos o que aconteceu com o Fado de Lisboa… quando Amália Rodrigues, numa atitude de grande independência e coragem, e sem renegar o chamado “fado castiço”, trouxe para a ribalta da «canção lisboeta» a lírica de Camões, a poesia de David Mourão Ferreira e a música de Alain Oulman !... Quantos dogmas e barreiras foi preciso derrubar, quantas incompreensões e acerbas críticas foi preciso vencer, quanta ironia foi preciso suportar para que esse atrevimento, esse «desvio» da ortodoxia, fosse aceite no meio fadístico lisboeta!!...
Abençoado desvio, dir-se-á hoje, se nos lembrarmos dos prestigiados continuadores de Amália que, com tanto êxito, aquém e além fronteiras, têm vindo a implementar esse novos caminhos no fado de Lisboa…Estamos a referir-nos, obviamente, a João Braga, Carlos do Carmo, Camané, Dulce Pontes, Mariza, Mízia, Kátia Guerreiro, Mafalda Arnaut, Joana Amendoeira… entre outros.
E em Coimbra ?! ( Estávamos então em finais dos anos 50, do século passado, prestes, portanto, a entrar na década da mudança, a década de 60…com tudo o que ela trouxe ou anunciou de inovador e revolucionário, dentro e fora do País… ).
Em Coimbra…e na sua Canção , era também a «Grande Revolução» iniciada com Fernando Machado Soares1 que, com refinado sentido estético e grande inspiração, começou por trazer ao fado tradicional o indispensável “arejamento”. Nesta “onda de renovação” e com motivações diversas, a “Canção de Coimbra” continuou a diversificar-se e a enriquecer-se com novas formas de expressão. Assim, restringindo-nos ao domínio da composição (que não da interpretação…) vão aparecendo as baladas do Zeca Afonso, acompanhadas exclusivamente à viola por Rui Pato e logo olhadas de soslaio pelos tradicionalistas, ditos guardiães da “pureza” do fado de Coimbra, (relembram-se a Balada de Outono, Maria, Pastor de Bensafrim, Lago de breu, Menino do bairro negro, Canção de embalar, Pombas, Coro dos caídos e tantas outras…), as trovas do António Portugal e Manuel Alegre, a música do Adriano, José Niza, Nuno Guimarães e irmãos Melo (Eduardo e \Ernesto), enfim, as belas e inigualáveis canções de Luíz Goes, João Bagão e Leonel Neves contidas nos LP’s :”Coimbra de Ontem e de Hoje”; “Canções do mar e da vida”; “Canções de amor e de esperança”…
Não cabe aqui historiar a década que se seguiu (1969-1978) e o interregno que a acompanhou, no que às tradições académicas diz respeito ( “Fado de Coimbra”incluído…)
Porém, como é conhecido e já referimos em textos anteriores, só a “famosa” serenata na Sé Velha, em Maio de 78, trouxe de novo à “ribalta coimbrã” a sua canção !... No que nos diz respeito, já tínhamos aceite, cerca de dois anos antes, o “desafio”do nosso colega e amigo Pinho Brojo para “retomar a tradição”… Desde muito cedo, nesta colaboração de mais de vinte anos, previlegiámos a recriação e/ou inovação, em detrimento do mero “repisar” de temas antigos … Não mais abandonámos esta “postura” que, aliás, procurámos traduzir em iniciativas concretas ( gravação de discos, concepção e coordenação de programas de T.V. ) levadas a cabo durante os anos 80, com a participação de muitos…muitos “antigos e novos”cultores da Canção de Coimbra (ver fotos e próximos textos ). Na impossibilidade de aqui fazermos a história detalhada dessa época(2) (de grande significado, aliás, na história recente da Canção de Coimbra), não queremos deixar de realçar o “nascimento”, nesses anos, de quatro “Grupos de Fado” na Academia, cujo impacto nas gerações futuras, é já hoje uma realidade inquestionável, incluindo a sua participação no “movimento renovador” acima referido.
Quanto a nós, devemos dizer que não mais deixámos de dar preferência às novas facetas ou expressões do canto coimbrão, atrás referidas, para as quais, aliás, temos também procurado dar o nosso contributo, a partir do final da década de 70.
Continuaremos com as reflexões sobre este tema no próximo artigo.
* Cultor da Canção de Coimbra ( canto e composição ).
[1] Cantor/compositor ímpar na recriação e interpretação do” fado clássico”, com direito inequívoco a um lugar de relevo, em paralelo com o de António Menano na” 1ª geração de ouro”.
2 O tema (análise de várias épocas da “ História do Fado de Coimbra”) foi tratado em pormenor por Jorge Cravo em……………
Bibliografia
(1) In ”História do Fado de Coimbra” ( DVD ) estem LOSANGO 2004.
(2) « Diário de Coimbra ( 7/6/1999 )
(3) « Semanário “O Jornal “ ( Supl. Educação ) ( 12/1983 )
(4) « Semanário “O Jornal” ( 8/3/1985 )
(5) « Expresso ( Única ),nº 1703 ( 18/6/2005 )
(6) « Separ./Comissão Municipal de Turismo ( 1981)
(7) «”Diário As Beiras”( 21/9/2005 )
(8) «”Diário As Beiras” ( 17 / 04/ 2001 )
(9) «”Jornal de Coimbra” ( 21/05/1997 )
A Poesia nas suas relações com a componente musical (melódica/harmónica) e/ou interpretativa da Canção de Coimbra ( continuação ).
Dentro deste tema, tínhamos começado a abordar, no último artigo, (Reflexões III), a questão “Fado de Lisboa vs Fado/Canção de Coimbra “na vertente musical. Analisemos agora a componente poética, principalmente no que diz respeito aos temas cantados. Assim :
Quanto à temática, sem receio de errar e contrariamente à ideia muito difundida, os temas da morte, do choro e tristeza, da tragédia...e quejandos, não foram sempre exclusivos do fado de Lisboa. Muito longe disso!!.. Basta recordar “alguns clássicos “ de Coimbra interpretados por vozes célebres do meio académico, tais como, António Menano, Armando Goes, Lucas Junot…entre outros. Assim , citamos, a título de exemplo, os seguintes fados ( aqui identificados pelos dois primeiros versos…) : “Da miséria e da desgraça / Não te rias meu amor”…; “Sou ceguinho de nascença/Isto assim não é viver...”; “ Fechei a porta à desgraça /Entrou-me pela janela …”; “ Quando eu morrer nem sequer / Na campa uma cruz erguida...”,”Minha mãe quando eu morrer/ Chore por quem só chorou”…,”A cabra da velha torre/Meu amor chama por mim/Quando um estudante morre”... etc, etc, sem esquecer que o” fado dos fados “, o “1.º fado de Coimbra” (viragem do séc. XIX para o séc. XX) fala de mortalhas e caixões!! Referimo-nos, obviamente, ao fado Hilário… Então, nem os temas cantados, nem a prioridade da letra ou da música na elaboração das composições, são fronteiras seguras e absolutas na individualização do fado/canção de Coimbra, relativamente ao “ fado alfacinha “ou até, eventualmente, a outros géneros musicais !...
Mesmo em relação aos instrumentos e acompanhamentos, ressalvando algumas diferenças notórias e bem conhecidas como as relacionadas com a construção da guitarra, as técnicas de dedilhação ou a afinação, a realidade actual mostra-nos que a técnica e a “postura” dos instrumentistas, “ditos de Lisboa e de Coimbra” , não parecem, afinal, ser tão irredutíveis como se pretendia no meu tempo de estudante… Basta relembrar as colaborações de Fontes Rocha/Ricardo Rocha com Fernando Machado Soares, de Carlos Paredes com Carlos do Carmo, ou, como se viu recentemente na TV (Festas de Santo António em Lisboa), de Paulo Soares (Jójó) com João Braga, Bobone e outros fadistas lisboetas , para citar apenas alguns dos exemplos mais conhecidos e mediáticos…
Aliás, o estilo de acompanhamento da Canção de Coimbra introduzido por João Bagão ( com excelentes intérpretes nas novas gerações, entre os quais muito admiramos Tó Zé Moreira e Ricardo Dias…) em que sobressai o “diálogo” da guitarra com o cantor ( aparte os aspectos técnicos já atrás referidos…) tem muito mais afinidades com o “modo –Lisboa” do que, à primeira vista, se possa pensar !...A este propósito, não será dispiciendo recordar que esta inovação, no contexto da música coimbrã, (actualmente muito usada, quiçá mesmo “abusada”…) só se evidenciou claramente depois de João Bagão ter deixado Coimbra e fixado residência em Lisboa !... A extraordinária “onda renovadora do fado de Coimbra”que, a partir de então (década de 70…) protagonizou com Luiz Goes é bem conhecida e apreciada…
Sosseguem, porém, os “puristas”…, pois estas nossas “misturas provocatórias” nada têm a ver com uma eventual perda de identidade da “Canção de Coimbra”…, identidade essa que defendemos intransigentemente e importa a todo o custo preservar.
Com efeito, o que pretendemos realçar, é que a manutenção de certos “mitos” e a insistência em fronteiras rígidas traduzem uma postura que, em nossa opinião, para além de insensata, se revela incompatível com a evolução do Mundo e a inevitável adaptação das tradições e dos conceitos estéticos a essa evolução… Uma atitude radical, neste domínio, em nada contribuirá, bem pelo contrário, para uma mais valia da “Canção de Coimbra” e para a sua almejada “mundialização”! ( utilizando, com a devida vénia, a expressão de Jorge Cravo…) ( 8 ) .
Basta recordarmos o que aconteceu com o Fado de Lisboa… quando Amália Rodrigues, numa atitude de grande independência e coragem, e sem renegar o chamado “fado castiço”, trouxe para a ribalta da «canção lisboeta» a lírica de Camões, a poesia de David Mourão Ferreira e a música de Alain Oulman !... Quantos dogmas e barreiras foi preciso derrubar, quantas incompreensões e acerbas críticas foi preciso vencer, quanta ironia foi preciso suportar para que esse atrevimento, esse «desvio» da ortodoxia, fosse aceite no meio fadístico lisboeta!!...
Abençoado desvio, dir-se-á hoje, se nos lembrarmos dos prestigiados continuadores de Amália que, com tanto êxito, aquém e além fronteiras, têm vindo a implementar esse novos caminhos no fado de Lisboa…Estamos a referir-nos, obviamente, a João Braga, Carlos do Carmo, Camané, Dulce Pontes, Mariza, Mízia, Kátia Guerreiro, Mafalda Arnaut, Joana Amendoeira… entre outros.
E em Coimbra ?! ( Estávamos então em finais dos anos 50, do século passado, prestes, portanto, a entrar na década da mudança, a década de 60…com tudo o que ela trouxe ou anunciou de inovador e revolucionário, dentro e fora do País… ).
Em Coimbra…e na sua Canção , era também a «Grande Revolução» iniciada com Fernando Machado Soares1 que, com refinado sentido estético e grande inspiração, começou por trazer ao fado tradicional o indispensável “arejamento”. Nesta “onda de renovação” e com motivações diversas, a “Canção de Coimbra” continuou a diversificar-se e a enriquecer-se com novas formas de expressão. Assim, restringindo-nos ao domínio da composição (que não da interpretação…) vão aparecendo as baladas do Zeca Afonso, acompanhadas exclusivamente à viola por Rui Pato e logo olhadas de soslaio pelos tradicionalistas, ditos guardiães da “pureza” do fado de Coimbra, (relembram-se a Balada de Outono, Maria, Pastor de Bensafrim, Lago de breu, Menino do bairro negro, Canção de embalar, Pombas, Coro dos caídos e tantas outras…), as trovas do António Portugal e Manuel Alegre, a música do Adriano, José Niza, Nuno Guimarães e irmãos Melo (Eduardo e \Ernesto), enfim, as belas e inigualáveis canções de Luíz Goes, João Bagão e Leonel Neves contidas nos LP’s :”Coimbra de Ontem e de Hoje”; “Canções do mar e da vida”; “Canções de amor e de esperança”…
Não cabe aqui historiar a década que se seguiu (1969-1978) e o interregno que a acompanhou, no que às tradições académicas diz respeito ( “Fado de Coimbra”incluído…)
Porém, como é conhecido e já referimos em textos anteriores, só a “famosa” serenata na Sé Velha, em Maio de 78, trouxe de novo à “ribalta coimbrã” a sua canção !... No que nos diz respeito, já tínhamos aceite, cerca de dois anos antes, o “desafio”do nosso colega e amigo Pinho Brojo para “retomar a tradição”… Desde muito cedo, nesta colaboração de mais de vinte anos, previlegiámos a recriação e/ou inovação, em detrimento do mero “repisar” de temas antigos … Não mais abandonámos esta “postura” que, aliás, procurámos traduzir em iniciativas concretas ( gravação de discos, concepção e coordenação de programas de T.V. ) levadas a cabo durante os anos 80, com a participação de muitos…muitos “antigos e novos”cultores da Canção de Coimbra (ver fotos e próximos textos ). Na impossibilidade de aqui fazermos a história detalhada dessa época(2) (de grande significado, aliás, na história recente da Canção de Coimbra), não queremos deixar de realçar o “nascimento”, nesses anos, de quatro “Grupos de Fado” na Academia, cujo impacto nas gerações futuras, é já hoje uma realidade inquestionável, incluindo a sua participação no “movimento renovador” acima referido.
Quanto a nós, devemos dizer que não mais deixámos de dar preferência às novas facetas ou expressões do canto coimbrão, atrás referidas, para as quais, aliás, temos também procurado dar o nosso contributo, a partir do final da década de 70.
Continuaremos com as reflexões sobre este tema no próximo artigo.
* Cultor da Canção de Coimbra ( canto e composição ).
[1] Cantor/compositor ímpar na recriação e interpretação do” fado clássico”, com direito inequívoco a um lugar de relevo, em paralelo com o de António Menano na” 1ª geração de ouro”.
2 O tema (análise de várias épocas da “ História do Fado de Coimbra”) foi tratado em pormenor por Jorge Cravo em……………
Bibliografia
(1) In ”História do Fado de Coimbra” ( DVD ) estem LOSANGO 2004.
(2) « Diário de Coimbra ( 7/6/1999 )
(3) « Semanário “O Jornal “ ( Supl. Educação ) ( 12/1983 )
(4) « Semanário “O Jornal” ( 8/3/1985 )
(5) « Expresso ( Única ),nº 1703 ( 18/6/2005 )
(6) « Separ./Comissão Municipal de Turismo ( 1981)
(7) «”Diário As Beiras”( 21/9/2005 )
(8) «”Diário As Beiras” ( 17 / 04/ 2001 )
(9) «”Jornal de Coimbra” ( 21/05/1997 )
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