domingo, novembro 19, 2006


Em louvor de Luiz Goes Posted by Picasa
O Dr. Luiz Goes (LG) foi publicamente homenageado em Coimbra no mês de Maio de 1998, no decurso do derradeiro "Seminário do Fado de Coimbra". Um dos mais profundos conhecedores da obra artística de LG é o Dr. Jorge Cravo (e simultaneamente admirador).
O documento supra-editado é a primeira página de um artigo publicado na revista "1969 EM REVISTA. MARX, LENINE, MAO E TROTSKY ENTRE OS DOUTORES, Coimbra, Edição da Secção de Jornalismo da AAC, Dezembro de 1994 (coordenação de António Manuel Nunes e Pedro Lopes Dias, grafismo de Carla Silveira).
Este mesmo texto havia sido enviado pelo seu autor à Secção de Jornalismo da AAC em Fevereiro de 1991, para efeitos de edição no jornal estudantil A CABRA, tendo no entanto permanecido inédito até 94. Profundamente ampliado e revisto, seria apresentado por Jorge Cravo no "VI Seminário do Fado de Coimbra. Homenagem a Luiz Goes", realizado nos dias 01 e 02 de Maio de 1998 no Auditório da Reitoria da UC. O texto suscitou algum furor no referido seminário. Se não erro, Jorge Cravo chegou mesmo a ser convidado para o editar em módulos no "Jornal de Coimbra". Sujeito a novas reformas e desenvolvimentos, estava pronto para publicação sob a forma de livro autónomo em 2005. Daquilo que dele conhecemos, é caso para dizer que daria uma boa tese e mestrado e um bom livro, num país onde pouco ou nada se biografa sobre os artistas profissionais e amadores.
LG vai a homenagear no Casino do Estoril, nas comemorações da Tomada da Bastilha previstas para 25/11/2006. A UC, que no seu passado desperdiçou dinheiro em doutoramentos honoris causa duvidosos (caso do General Franco), bem se engrandeceria em laurear LG. Não que ele seja uma figura pacífica: há os que não lhe apreciam a voz e há os que acham que a obra mais vanguardista de LG já não se enquadra nas fronteiras acanhadas do chamado "Fado de Coimbra".
Como fino artista e homem de cultura que é, LG tem persistido em responder que é um cultor da Canção de Coimbra. Como bem dizia Afonso de Sousa (um dos primeiros a saudar a obra de LG, logo após Artur Paredes e Edmundo Bettencourt), no vasto universo da Galáxia Sonora Coimbrã há lugar para todo o tipo de sensiblidades, de cultores, de públicos e de reportórios. Para todos os que pedem à Canção de Coimbra que seja mais do que arte pela arte e se revêem numa manifestação artística que, tendo uma costela mais estável e conservadora, acolhe ciclos de inovação e experimentação estética, LG demora um raro "bem para se guardar".
AMNunes

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