domingo, dezembro 03, 2006


Cítara Posted by Picasa
O interesse pela história e reconstituição de cordofones europeus caídos em desuso não só não é apenas português como surgiu tardiamente em Portugal. Os estudos de campo de Ernesto Veiga de Oliveira, editados pela primeira vez em 1966, podem considerar-se a rampa de lançamento de uma curiosidade que viria a abrir as portas a nomes como Pedro Caldeira Cabral, Fernando Pereira, Domingos Machado (Braga) ou Fernando Meireles (Coimbra).
No entanto, entre as primeiras recolhas do musicólogo Michel' Angelo Lambertini (1862-1920), dadas a conhecer em obras como "Chansons et Instruments" (1914) e "Primeiro Núcleo de um Museu Instrumental em Lisboa" (1914), e a publicação dos trabalhos de Ernesto Veiga de Oliveira (1910-1990), revelados no livro "Instrumentos Musicais Populares Portugueses" (1966), há perdas a assinalar. Uma dessas perdas respeita à não salvaguarda de exemplares que permitam visualizar, por exemplo, a lenta passagem da Guitarra Inglesa para a Guitarra do Porto, ou para a Guitarra de Coimbra. Contudo foi entre ca. 1820-1830 que a Guitarra Inglesa, mantendo o carrilhão de chavinha (entre as décadas de 1860-1880 coexiste nas oficinas de Coimbra com a chapa de leque), evoluiu nas oficinas de violaria do Porto e de Coimbra para o abandono da rosácea bocal (mantida em certos construtores até à década de 1890), modernização do encordoamento e alongamento da escala de 12 para 17 trastos.
Centrando-se nos séculos XVI a XVIII, o estudioso e fabricante Ugo CASALONGA tem desenvolvido um interessante trabalho de recolha e reconstituição de instrumentos caídos no esquecimento como a Cítara (variantes detectadas em Itália e Córsega).
Fonte: este exemplar, reconstituído por Ugo Casalonga, encontra-se no site "Cetera & Cistre"
monsite.wanadoo.fr/ugocetera/page8.html
AMNunes

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