Chegámos à Índia... e 'voltámos' a Goa
2.
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- Nos anos 90, recebeu a láurea h.c. da sua ALMA MATER inglesa, a U. York (cf. il. 2.; não está identificada a «partenaire» doutoral, provavelmente sua apresentante na cerimónia);
- e em 2004 recebeu outro tanto da U. Corunha / Fac. Ciências Económicas e Empresariais (cf. il. 3.).
A cerimónia de hoje constituiu portanto a sua terceira honor. Apesar da contestação no exterior - estudantil e não só; um comentarista presente à hora de almoço na SIC/Notícias (canal 5 da TVCABO) relacionou o facto com questões goesas (religiosas e políticas), em parte face ao Governo federal, e também com alguma xenofobia, já que se tratava do 1.º doutoramento h.c. numa Universidade com cerca de 20 anos de existência, e logo atribuído a um estrangeiro, ainda por cima da antiga Potência colonizadora... -, a cerimónia realizou-se mesmo (em 1992 gorou-se a hipótese, aquando da visita do Dr. Mário Soares), e dela dão testemunho 5 imagens patentes no «site» oficial da Presidência da República (cf. ils. 4./8.).
Estas ilustrações (mormente a 5. e a 6.) mostram-nos um vestuário com claros pontos de contacto com o patente no meu post de ontem sobre um doutoramento h.c. na Punjab Technical University: togas de tecido sedoso, eventualmente encrepado (caso das de cor lilás), abertas na frente e debruadas, mas apertando aqui na base do pescoço com um laço que pode ser na cor-base (caso do grupo de lentes em que Cavaco Silva se insere) ou em preto (restantes casos); as mangas podem ostentar canhões na cor do debrum (que é em branco no grupo, uma vez mais, que inclui o PR). Mas a toga pode ter como cor-base o preto, sendo então o debrum na cor da especialidade: vermelho, amarelo, castanho-claro, cinza, verde, branco... Este caso e os restantes levam-nos ao problema do significado da paleta das cores: depara-se-me alguma dificuldade, quer face aos nossos hábitos, quer quanto aos da vizinha Espanha, quer quanto aos da França (e tenha-se em conta o post de hoje do Dr. António M. M. Nunes sobre as U's francesas); avento, de qualquer modo, estas hipóteses:
- Contrariamente ao que li algures, Cavaco Silva não terá sido feito dr. h.c. em Literatura: o lilás do grupo em que se insere poderá ter antes uma conotação de Ciências (duras) «lato sensu», onde a Economia e as Finanças Públicas se poderão inserir;
- o vermelho poderá corresponder ao Direito e o amarelo à Medicina;
- o castanho-claro poderá ter a ver com as Ciências do Desporto;
- enquanto que o branco e o cinza poderão reportar-se, repectivamente, às Belas-Artes e à Arquitectura;
- e não me atrevo a enunciar hipótese para o verde...
- registe-se o peso presencial de lentes (presumivelmente) de Direito e de Ciências «lato sensu»; o que, até comparado com o que sucede entre nós, é natural...
Legenda:
- Il. 1. - Aníbal Cavaco Silva toma posse como ministro das Finanças do VI GC (1980, Jan.); reconhecem-se António Ramalho Eanes (PR), Francisco Sá Carneiro (PM, 1932-1980), Silva Costa (assessor de Imprensa do PR; já desaparecido), major Morais Barroco (assessor militar), coronel Garcia dos Santos (chefe da Casa Militar do PR), Maria de Lourdes Pintasilgo (PM cessante; m. 2004) e Luís d'Orey Pereira Coutinho (secretário-geral da Presidência da República - SGPR; filho, sobrinho e neto de generais, o Dr. Pereira Coutinho desempenhou estas funções coms os PR's Craveiro Lopes, Américo Thomaz, António de Spínola, Francisco da Costa Gomes, António Ramalho Eanes e Mário Soares - 1956/1987; a frequência de posses de Executivos - com cobertura televisiva - entre 1974 e 1985 tornaram-no figura relativamente familiar ao «grande público», já que é o SGPR quem dirige todos os passos do cerimonial; o cargo é, desde há 1 ano, desempenhado por outro «Pereira Coutinho», certamente seu familiar).
- Ils. 2. e 3. - Aníbal Cavaco Silva, dr. h.c. pels U's York e Corunha, respectivamente.
- Ils. 4./8. - Passos da cerimónia de hoje na U. Goa.
- Il. 9. (não resisto...) - Foto oficial do PR, envergando casaca, banda das 3 ordens e uma condecoração. Dois erros neste retrato: o colete deveria ser preto e não branco, cor específica de cerimónias nocturnas, i.e., post-18.3o h. (qualquer manual de protocolo diz isto; mas já não é a 1.ª vez que o lapso ocorre); um erro de confecção: o colete de uma casaca - por maioria de razão se branco - não deve ser visível, como é aqui, abaixo do 'corte' da mesma: já diversos alfaiates artesanais mo afirmaram; mas também não é a 1.ª vez que este «erro técnico» ocorre...
Fontes: www.presidencia.pt; http://uploadwikipedia.org; e www.udc.es/honoriscausa/images/hc04.jpg.
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