sexta-feira, abril 06, 2007

9 - O reformador Theodore de Beza (1519-1605), com toga talar guarnecida de peles (existe versão germânica deste modelo, conhecida por "estilo Hamburgo", ver foto no Blog, 04/04/2007) e boina convencional constituída por calote, saturno e aparente aba descaída.
Numa época em que os modelos vestimentários talares tinham adquirido alguma estabilidade, que não plena uniformização, a boina de Beza suscita algumas interrogações. Se noutros reformadores e humanistas da renascença a aba descaída sobre o cachaço e orelhas é apêndice da boina, em Beza, prevalece a viva impressão de estarmos perante duas peças distintas:
a) uma coifa negra, medieval, com as orelhinhas despojadas dos atilhos que primitivamente atavam sob o queixo;
b) a boina propriamente dita, composta por saturno rígido e calote de tecido macio e mole.
Esta observação mais minudente pode parecer trivial, mas vale a pena nela demorar os olhos, pois, segundo os especialistas britânicos de história dos trajes académicos, o exótico barrete académico inglês (Cap) nasceu exactamente deste processo de sobreposição ("pileus rotundus"+"pileus quadratus"). E da mesma família das coifas mediévicas é, sem sombra de dúvida, o rico camauro papal em veludo vermelho e guarnição de arminhos, com figurações conhecidas pelo menos desde Sisto IV (Forli, "Sisto IV entrega a Biblioteca a Platina", 1477).
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Theodore_Beza.

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