Pensamentos “didácticos” !
Por Horácio *
Desde pequeno sempre fui adverso às escolas ou, melhor dizendo, à aprendizagem académica, sobretudo das Artes, porque tinha uma certa aptidão para essas coisas (e eram, por excelência, as áreas onde a liberdade de opções estéticas tinham de ser inapelávelmente nossas), pensava eu…, e assim optava com muito mais facilidade por um caminho autodidata pelas disciplinas de que gostava... Só muito mais tarde percebi que a falta de sistematização de alguns processos torna o nosso crescimento cultural mais lento e sobretudo desequilibrado nas bases... (não querendo dizer eu que em alguns pontos de vista não tenha as suas vantagens). O que é certo é que, não havendo um método de estudo, o nosso desenvolvimento cultural e intelectual é muito mais complicado e daí, muitas vezes, pouco produtivo.
Geralmente, mesmo que o autodidatismo seja uma questão e imposição pessoais, devemos ter o discernimento que um método não tem de ser uma "coisa" redutora das nossas opções mas simplesmente ter a humildade de aceitar a experiência dos outros. Esta pode ser encontrada nas palavras do Professor, da Companheira de Sala de Aula ou nesta coisa maravilhosa que é o Livro.
Os livros, académicos ou não, são a exposição pública do conhecimento e tendo um objectivo didata podemos entendê-los como a sua sistematização.
A sistematização do conhecimento também ajuda à democratização da cultura... Pessoas como o Paulo (entre amigos Jójó), dotadas de capacidades extraordinárias e latentes, activas, têm o "dever" humano de expôr e partilhar, por isso, o seu conhecimento. Há os que o não fazem, mas, se essa atitude é consciente, quem a toma não passa de um "cobarde" e, eventualmente sem o saber, constrange o seu próprio crescimento cultural pois travando-se o dos outros trava-se, por retorno, por consequência, o nosso.
É com imensa gratidão e alegria que vejo mais um Génio tornar-se também um verdadeiro Mestre. Obrigado.
* Ilustrador e Designer gráfico. (Responsável pelo grafismo da presente obra). Músico, por paixão, há cerca de 20 anos. Executante de viola dedilhada (novas direcções). Tem publicado, com regularidade, artigos em revistas da especialidade sobre os cordofones em geral, com especial incidência sobre os instrumentos portugueses.
Por Horácio *
Desde pequeno sempre fui adverso às escolas ou, melhor dizendo, à aprendizagem académica, sobretudo das Artes, porque tinha uma certa aptidão para essas coisas (e eram, por excelência, as áreas onde a liberdade de opções estéticas tinham de ser inapelávelmente nossas), pensava eu…, e assim optava com muito mais facilidade por um caminho autodidata pelas disciplinas de que gostava... Só muito mais tarde percebi que a falta de sistematização de alguns processos torna o nosso crescimento cultural mais lento e sobretudo desequilibrado nas bases... (não querendo dizer eu que em alguns pontos de vista não tenha as suas vantagens). O que é certo é que, não havendo um método de estudo, o nosso desenvolvimento cultural e intelectual é muito mais complicado e daí, muitas vezes, pouco produtivo.
Geralmente, mesmo que o autodidatismo seja uma questão e imposição pessoais, devemos ter o discernimento que um método não tem de ser uma "coisa" redutora das nossas opções mas simplesmente ter a humildade de aceitar a experiência dos outros. Esta pode ser encontrada nas palavras do Professor, da Companheira de Sala de Aula ou nesta coisa maravilhosa que é o Livro.
Os livros, académicos ou não, são a exposição pública do conhecimento e tendo um objectivo didata podemos entendê-los como a sua sistematização.
A sistematização do conhecimento também ajuda à democratização da cultura... Pessoas como o Paulo (entre amigos Jójó), dotadas de capacidades extraordinárias e latentes, activas, têm o "dever" humano de expôr e partilhar, por isso, o seu conhecimento. Há os que o não fazem, mas, se essa atitude é consciente, quem a toma não passa de um "cobarde" e, eventualmente sem o saber, constrange o seu próprio crescimento cultural pois travando-se o dos outros trava-se, por retorno, por consequência, o nosso.
É com imensa gratidão e alegria que vejo mais um Génio tornar-se também um verdadeiro Mestre. Obrigado.
* Ilustrador e Designer gráfico. (Responsável pelo grafismo da presente obra). Músico, por paixão, há cerca de 20 anos. Executante de viola dedilhada (novas direcções). Tem publicado, com regularidade, artigos em revistas da especialidade sobre os cordofones em geral, com especial incidência sobre os instrumentos portugueses.
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