Bloco de Notas (17)
1981 ... Dei hoje, dia 27 de Setembro, - acompanhado por Armando Luís de Carvalho Homem - duas entrevistas na rádio, antena 1; uma de manhã com Nuno Coutinho, para ir para o ar daqui a uns dias e outra à tarde com Vanda Maria, em directo. Na rádio, fomos convidados para ir a dois programas sobre Coimbra, um directamente dos estúdios do Porto, com Machado Soares e outro de Coimbra com Francisco Faria.
Hoje, dia 12 de Outubro, comecei a compor uma peça a que vou dar o nome de “Dor na Planície”. É inspirada na canção de José Afonso “Cantar Alentejano”, que conta a história de uma camponesa, Catarina Eufémia, que morreu na planície alentejana às mãos dos carrascos do regime ditatorial. Esta canção sempre me impressionou muito, e me comoveu.
Acabei de compor a peça atrás referida, é dia 21 de Outubro. O meu filho António Sérgio já a acompanha, assim como ao “Estudo em Bordões”.
Dia 23 vou novamente gravar o “Vira de Coimbra” com José Afonso. Vão também o Júlio Pereira no cavaquinho, e o Janita Salomé na viola, além de Durval Moreirinhas. No dia seguinte vou fazer um teledisco com Zeca e Durval, em que aquele vai cantar o fado “Saudades de Coimbra”, para promoção do disco.
Estive na casa do cantor Vitorino a ouvir o meu disco de guitarra, juntamente com Pedro Caldeira Cabral. Vitorino disse-me que tinha um som novo e que merecia uma boa promoção. Quanto ao Pedro, penso que gostou.
Fui a casa do Lopes de Almeida a uma festa com perto de 20 pessoas, entre as quais o Almirante Rosa Coutinho. Toquei “Flores em Abril” e “Dor na Planície”, com o meu filho António Sérgio, mas a peça que deu mais sucesso foi “Variações em Lá maior” de António das Águas.
Estive em Estarreja a tocar com Armando Luís de Carvalho Homem e António Sérgio, no Cine-Teatro local. Fomos filmados para a televisão. Toquei “Dor na Planície” com António Sérgio e “Nas Linhas de Torres” e “Fantasia - A Espanhola” com o Armando Luís. Depois acompanhámos António Bernardino em três baladas. Actuou também o grupo do João Moura com Carlos Caiado e António Nogueira.
O Armando Marta esteve em Almada e deixou-me gravado um fado novo dele, “Grândola de Novo”. É uma delícia!
É dia 27 de Novembro, dia do lançamento do disco de José Afonso, no restaurante “O Mário”. Conheci aqui o José Salvador, crítico do “Musicalíssimo” que me disse ter adorado o meu disco de guitarra. Estava também Pedro Barroso que eu desconhecia completamente. Dei uma certa barraca com ele pois, quando começa a falar comigo, dizendo que o meu disco estava muito bom mas, na opinião dele, devia ter acompanhamento de outra guitarra e mais peças no estilo coimbrão clássico, digo-lhe que a cara dele não me era estranha mas que não me estava a lembrar quem era. Ele respondeu-me que era natural lembrar-me da sua cara, pois já tinha gravado dez discos, 7 singles e 3 LPs!
Fui tocar a uma passagem de modelos, com o Durval, o Berna, o Rui e o Tito. Nunca tinha assistido a um espectáculo destes. É, na verdade, espectacular!
A 22 de Dezembro estive na casa de Carlos Carranca a tocar com Durval Moreirinhas, António Bernardino e António Sérgio. Foi o lançamento de um livro de poesia. Fez uma gravação para a rádio Caramulo, Emissora das Beiras, de todo o livro. Utilizou o meu disco para música de fundo.
1982 ... No dia 8 de Janeiro, Carlos Paredes foi tocar à Gulbenkian para um bailado. Foi magnífico ouvir aquela excelente música dançada por um belíssimo grupo de baile.
A 17 de Janeiro fui à televisão fazer pllay-back com José Afonso e Durval Moreirinhas, no programa “Passeio dos Alegres” de Júlio Isidro.
Sábado, dia 23 de Janeiro, fui com José Afonso e António Sérgio tocar à Voz do Operário num espectáculo de solidariedade com o povo de S. Salvador. Foi só entrar em palco e tivemos logo uma ovação estrondosa. A casa, muito grande, estava cheiíssima. Mal comecei a introdução para “Saudades de Coimbra”, outra salva de palmas enorme. A “Senhora do Almortão” teve o mesmo tratamento. Depois de tocar “Dor na Planície” com António Sérgio, a salva de palmas foi bastante prolongada e com grande entusiasmo. No mesmo espectáculo actuaram Luís Cília, os Trovante, Sérgio Godinho, Júlio Pereira, A Barraca, José Mário Branco e Mário Viegas.
O disco de José Afonso já ganhou um “disco de prata”, li hoje, 27 de Janeiro, no jornal “Sete”.
A 14 de Fevereiro fui a Coimbra acompanhar José Afonso ao Teatro Avenida, com casa superlotada. Fui acompanhado por Armando Luís de Carvalho Homem. José Afonso cantou “Inquietação”, “Balada do Outono” e “Senhora do Almortão”; eu toquei “Dor na Planície”. Rui Pato foi depois chamado ao palco e acompanhou o Zeca num número.
1981 ... Dei hoje, dia 27 de Setembro, - acompanhado por Armando Luís de Carvalho Homem - duas entrevistas na rádio, antena 1; uma de manhã com Nuno Coutinho, para ir para o ar daqui a uns dias e outra à tarde com Vanda Maria, em directo. Na rádio, fomos convidados para ir a dois programas sobre Coimbra, um directamente dos estúdios do Porto, com Machado Soares e outro de Coimbra com Francisco Faria.
Hoje, dia 12 de Outubro, comecei a compor uma peça a que vou dar o nome de “Dor na Planície”. É inspirada na canção de José Afonso “Cantar Alentejano”, que conta a história de uma camponesa, Catarina Eufémia, que morreu na planície alentejana às mãos dos carrascos do regime ditatorial. Esta canção sempre me impressionou muito, e me comoveu.
Acabei de compor a peça atrás referida, é dia 21 de Outubro. O meu filho António Sérgio já a acompanha, assim como ao “Estudo em Bordões”.
Dia 23 vou novamente gravar o “Vira de Coimbra” com José Afonso. Vão também o Júlio Pereira no cavaquinho, e o Janita Salomé na viola, além de Durval Moreirinhas. No dia seguinte vou fazer um teledisco com Zeca e Durval, em que aquele vai cantar o fado “Saudades de Coimbra”, para promoção do disco.
Estive na casa do cantor Vitorino a ouvir o meu disco de guitarra, juntamente com Pedro Caldeira Cabral. Vitorino disse-me que tinha um som novo e que merecia uma boa promoção. Quanto ao Pedro, penso que gostou.
Fui a casa do Lopes de Almeida a uma festa com perto de 20 pessoas, entre as quais o Almirante Rosa Coutinho. Toquei “Flores em Abril” e “Dor na Planície”, com o meu filho António Sérgio, mas a peça que deu mais sucesso foi “Variações em Lá maior” de António das Águas.
Estive em Estarreja a tocar com Armando Luís de Carvalho Homem e António Sérgio, no Cine-Teatro local. Fomos filmados para a televisão. Toquei “Dor na Planície” com António Sérgio e “Nas Linhas de Torres” e “Fantasia - A Espanhola” com o Armando Luís. Depois acompanhámos António Bernardino em três baladas. Actuou também o grupo do João Moura com Carlos Caiado e António Nogueira.
O Armando Marta esteve em Almada e deixou-me gravado um fado novo dele, “Grândola de Novo”. É uma delícia!
É dia 27 de Novembro, dia do lançamento do disco de José Afonso, no restaurante “O Mário”. Conheci aqui o José Salvador, crítico do “Musicalíssimo” que me disse ter adorado o meu disco de guitarra. Estava também Pedro Barroso que eu desconhecia completamente. Dei uma certa barraca com ele pois, quando começa a falar comigo, dizendo que o meu disco estava muito bom mas, na opinião dele, devia ter acompanhamento de outra guitarra e mais peças no estilo coimbrão clássico, digo-lhe que a cara dele não me era estranha mas que não me estava a lembrar quem era. Ele respondeu-me que era natural lembrar-me da sua cara, pois já tinha gravado dez discos, 7 singles e 3 LPs!
Fui tocar a uma passagem de modelos, com o Durval, o Berna, o Rui e o Tito. Nunca tinha assistido a um espectáculo destes. É, na verdade, espectacular!
A 22 de Dezembro estive na casa de Carlos Carranca a tocar com Durval Moreirinhas, António Bernardino e António Sérgio. Foi o lançamento de um livro de poesia. Fez uma gravação para a rádio Caramulo, Emissora das Beiras, de todo o livro. Utilizou o meu disco para música de fundo.
1982 ... No dia 8 de Janeiro, Carlos Paredes foi tocar à Gulbenkian para um bailado. Foi magnífico ouvir aquela excelente música dançada por um belíssimo grupo de baile.
A 17 de Janeiro fui à televisão fazer pllay-back com José Afonso e Durval Moreirinhas, no programa “Passeio dos Alegres” de Júlio Isidro.
Sábado, dia 23 de Janeiro, fui com José Afonso e António Sérgio tocar à Voz do Operário num espectáculo de solidariedade com o povo de S. Salvador. Foi só entrar em palco e tivemos logo uma ovação estrondosa. A casa, muito grande, estava cheiíssima. Mal comecei a introdução para “Saudades de Coimbra”, outra salva de palmas enorme. A “Senhora do Almortão” teve o mesmo tratamento. Depois de tocar “Dor na Planície” com António Sérgio, a salva de palmas foi bastante prolongada e com grande entusiasmo. No mesmo espectáculo actuaram Luís Cília, os Trovante, Sérgio Godinho, Júlio Pereira, A Barraca, José Mário Branco e Mário Viegas.
O disco de José Afonso já ganhou um “disco de prata”, li hoje, 27 de Janeiro, no jornal “Sete”.
A 14 de Fevereiro fui a Coimbra acompanhar José Afonso ao Teatro Avenida, com casa superlotada. Fui acompanhado por Armando Luís de Carvalho Homem. José Afonso cantou “Inquietação”, “Balada do Outono” e “Senhora do Almortão”; eu toquei “Dor na Planície”. Rui Pato foi depois chamado ao palco e acompanhou o Zeca num número.
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