Luís Carvalhal
Retrato de Luís Abreu de Almeida Carvalhal (1913-1995), opositor ao regime de Salazar, discreta presença na Canção de Coimbra (violão), anónimo protagonista do boicote à exposição pró-mussoliniana promovida pela Faculdade de Letras em 19/05/1939, sócio da TAUC e seu elemento directivo em 1938, 1939 e 1940. Imagem extraída da obra de Luís Carvalhal, "A verdade sobre Humberto Delgado no Brasil", São Paulo, 1986. Luís Carvalhal interrompeu o curso de Histórico-Filosóficas por motivos de serviço militar efectivamente prestado em Cabo Verde durante a 2ª Guerra Mundial. Terminado o curso, trabalhou em colégios particulares de Tomar e Esposende. O envolvimento na campanha presidencial de Norton de Matos e a suspeição de participação em manobras subversivas (verídicas, mas não provadas), estiveram na origem de processos disciplinares que conduziram Luís Carvalhal ao Brasil em 1950. O generoso apoio enconómico e humano prestado a Humberto Delgado rapidamente esfriou ante os tiques castrenses do general e os inconciliáveis diferendos ideológicos. Democrata à maneira britânica, Luís Carvalhal era um anticomunista ardoroso e não aceitava o discurso de emancipação das colónias. A este antigo estudante de Coimbra, embora epidermicamente, se refere Heloísa Paulo em "Aqui também é Portugal. A Colónia Portuguesa do Brasil e o Salazarismo", Coimbra, 2000. Luís Carvalhal visitou Portugal na época da governação de Vasco Gonçalves. Feliz com o 25 de Abril de 1974, o que viu fê-lo regressar desiludido ao Brasil.
AMNunes
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