SERENATA TRADICIONAL DOS ESTUDANTES DE SANTARÉM
Realizou-se com grande êxito, no passado Sábado - 22.07.2006, nas Escadarias do Largo do Seminário, a tradicional Serenata dos Estudantes de Santarém, organizada pelo Grupo “Guitarra e Canto de Coimbra” do CCRS, este ano valorizada pela Homenagem que o Grupo e os seus amigos quiseram prestar ao Dr. Ângelo Vieira Araújo, poeta e compositor dos mais conhecidos e cantados fados de Coimbra.
Pelas 18.00 horas decorreu no Forum “Mário Viegas”, do CCRS (Centro Cultural Regional de Santarém) a Sessão de Homenagem com uma Mesa de Honra constituida por: Dr. Ângelo Araújo, José Niza, Fernando Martinho (GGCC), sr.Vereador da C.M.S. e Dra Graça Morgadinho (CCRS).
Após as saudações de regozijo pela presença do Dr. A Araújo, nomeadamente pelos vários elementos da Mesa , o Dr. José Henrique Dias dedicou-lhe uma magnífica poesia em prosa intitulada “Contos Velhinhos”, passando pela sua meninice em Coimbra e pelas memórias do Ângelo, que sendo bem mais crescido o encantou pelo seu espírito jovial e ironia inegualável.
Gustavo Cerdeira e Marques Inácio apresentaram um pequeno filme e a Fotobiografia de A Araújo, cuja publicação deverá estar nas bancas em Outubro próximo. Evidenciada a sua criatividade multifacetada de músico, poeta e compositor foram recitados 3 poemas do seu livro “Amor, Amor e mais nada”: “Encontro” (gravado no Penedo da Saudade - Cantinho dos Poetas), soneto “A minha mulher” e o irónico “Ponto”.
José Niza referiu como o mercado discográfico relega a segundo plano e por vezes até esquece os compositores, salientando a importância das composições de A Araújo, enquanto renovador da Canção de Coimbra nos anos 40, penalizada pela inexistência de registos magnéticos, sequente á chamada “geração de Ouro” dos anos 20 (Edmundo Bettencourt, Menano, Artur Paredes, e outros) e percursora da geração seguinte nos anos 60 (onde se inclui), com José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Luiz Goes, Manuel Alegre, António Portugal, tempo das baladas líricas, trovas e canções de protesto. Fernando Rolim recordou algumas histórias passadas e Ângelo Araújo tomou a palavra, reduzindo os elogios por modéstia e sintetizando numa só palavra, num só abraço o que sentia: Amigos , meus Amigos. E disse “ Coimbra no Coração”:
Eu não devia estar aqui...
mas estou.
Eu não queria estar aqui...
mas estou.
Eu não merecia estar aqui,
mas estou.
Pois só pelo prazer
De vos ver TODOS aqui
Me atrevi a esquecer
O não dever estar,
O não merecer estar aqui.
Porque o que vale a pena
é estarmos TODOS aqui,
é sonharmos a NOSSA COIMBRA AQUI...,
essa COIMBRA que comungamos
hoje aqui
e que sempre lá da Alta nos acena
quando NELA pensamos
e A Abraçamos mesmo de longe,
DAQUI.
Marcante de significado foi o encontro dos “jovens” Drs. Ângelo Araújo (87 anos) e Gonçalves Isabelinha (97 anos, sócio nº1 da Briosa) em pleno Largo do Seminário, numa troca de recordações emocionadas da sua Coimbra.
Pelas 22 h. a iluminada frontaria da Sé silenciou a numerosa assistência e as capas negras subiram as escadarias onde decorreu a anunciada serenata. Actuaram 3 Grupos com os seus instrumentistas, cantores e convidados:
O Grupo “Campa Rasa” com David Leandro e Valdemar Benavente (guitarras), Maranha das Neves e António Viegas Tavares (violas) acompanharam Rui Ferreira (Fado das Saudades e Fado das Andorinhas), Joaquim Mota (Fado das Águias e “Carta” de A Araújo) , Fernando Rolim (“Feiticeira”de A Araújo) e Arménio Marques dos Santos (“ Último Fado” de A Araújo ).
O Grupo de Fado de Coimbra do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) interpretou um fado inédito e outro com letra de Almeida Garrett constituindo a presença mais jovem, que assim afirma a continuidade da Guitarra e do Canto de Coimbra, deslocando-se propositadamente do Porto, solidários com a homenagem e com o convite feito pelo GGCC de Santarém.
O Grupo “Guitarra e Canto de Coimbra” do CCRS, constituído por Fernando Martinho, João Luís e António Madeira Lopes (Guitarras), Elias Rodrigues e Octávio Freitas (Violas) acompanhou Sebastião Louro em “Maria se Fores ao Baile” de A Araújo, Raúl Melo Santos em “Igreja de Sta Cruz”, José Beja no “Fado do Penedo”, Vitor Casimiro em “Senhora Partem tão Tristes”, José Dias em “Contos Velhinhos” de A Araújo, Arménio Marques dos Santos em “Santa Clara” de A Araújo, Fernando Rolim em “Balada do Crepúsculo” de A Araújo, Malha Valente em “Estrelinha do Norte” 2ª quadra de A Araújo, Octávio Freitas em “Fado Corrido”. Uma surpresa anunciada chegou quando o Dr Ângelo Araújo subiu as escadarias e nos cantou emocionado “Amor, Amor e mais nada... “ com todo o coro de cantores e amigos, em apoteose merecida e entusiásticamente aplaudida.
Para ter acesso a fotografias da serenata -----------------------------> http://www.flickr.com/photos/87306987@N00/
Pelas 18.00 horas decorreu no Forum “Mário Viegas”, do CCRS (Centro Cultural Regional de Santarém) a Sessão de Homenagem com uma Mesa de Honra constituida por: Dr. Ângelo Araújo, José Niza, Fernando Martinho (GGCC), sr.Vereador da C.M.S. e Dra Graça Morgadinho (CCRS).
Após as saudações de regozijo pela presença do Dr. A Araújo, nomeadamente pelos vários elementos da Mesa , o Dr. José Henrique Dias dedicou-lhe uma magnífica poesia em prosa intitulada “Contos Velhinhos”, passando pela sua meninice em Coimbra e pelas memórias do Ângelo, que sendo bem mais crescido o encantou pelo seu espírito jovial e ironia inegualável.
Gustavo Cerdeira e Marques Inácio apresentaram um pequeno filme e a Fotobiografia de A Araújo, cuja publicação deverá estar nas bancas em Outubro próximo. Evidenciada a sua criatividade multifacetada de músico, poeta e compositor foram recitados 3 poemas do seu livro “Amor, Amor e mais nada”: “Encontro” (gravado no Penedo da Saudade - Cantinho dos Poetas), soneto “A minha mulher” e o irónico “Ponto”.
José Niza referiu como o mercado discográfico relega a segundo plano e por vezes até esquece os compositores, salientando a importância das composições de A Araújo, enquanto renovador da Canção de Coimbra nos anos 40, penalizada pela inexistência de registos magnéticos, sequente á chamada “geração de Ouro” dos anos 20 (Edmundo Bettencourt, Menano, Artur Paredes, e outros) e percursora da geração seguinte nos anos 60 (onde se inclui), com José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Luiz Goes, Manuel Alegre, António Portugal, tempo das baladas líricas, trovas e canções de protesto. Fernando Rolim recordou algumas histórias passadas e Ângelo Araújo tomou a palavra, reduzindo os elogios por modéstia e sintetizando numa só palavra, num só abraço o que sentia: Amigos , meus Amigos. E disse “ Coimbra no Coração”:
Eu não devia estar aqui...
mas estou.
Eu não queria estar aqui...
mas estou.
Eu não merecia estar aqui,
mas estou.
Pois só pelo prazer
De vos ver TODOS aqui
Me atrevi a esquecer
O não dever estar,
O não merecer estar aqui.
Porque o que vale a pena
é estarmos TODOS aqui,
é sonharmos a NOSSA COIMBRA AQUI...,
essa COIMBRA que comungamos
hoje aqui
e que sempre lá da Alta nos acena
quando NELA pensamos
e A Abraçamos mesmo de longe,
DAQUI.
Marcante de significado foi o encontro dos “jovens” Drs. Ângelo Araújo (87 anos) e Gonçalves Isabelinha (97 anos, sócio nº1 da Briosa) em pleno Largo do Seminário, numa troca de recordações emocionadas da sua Coimbra.
Pelas 22 h. a iluminada frontaria da Sé silenciou a numerosa assistência e as capas negras subiram as escadarias onde decorreu a anunciada serenata. Actuaram 3 Grupos com os seus instrumentistas, cantores e convidados:
O Grupo “Campa Rasa” com David Leandro e Valdemar Benavente (guitarras), Maranha das Neves e António Viegas Tavares (violas) acompanharam Rui Ferreira (Fado das Saudades e Fado das Andorinhas), Joaquim Mota (Fado das Águias e “Carta” de A Araújo) , Fernando Rolim (“Feiticeira”de A Araújo) e Arménio Marques dos Santos (“ Último Fado” de A Araújo ).
O Grupo de Fado de Coimbra do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) interpretou um fado inédito e outro com letra de Almeida Garrett constituindo a presença mais jovem, que assim afirma a continuidade da Guitarra e do Canto de Coimbra, deslocando-se propositadamente do Porto, solidários com a homenagem e com o convite feito pelo GGCC de Santarém.
O Grupo “Guitarra e Canto de Coimbra” do CCRS, constituído por Fernando Martinho, João Luís e António Madeira Lopes (Guitarras), Elias Rodrigues e Octávio Freitas (Violas) acompanhou Sebastião Louro em “Maria se Fores ao Baile” de A Araújo, Raúl Melo Santos em “Igreja de Sta Cruz”, José Beja no “Fado do Penedo”, Vitor Casimiro em “Senhora Partem tão Tristes”, José Dias em “Contos Velhinhos” de A Araújo, Arménio Marques dos Santos em “Santa Clara” de A Araújo, Fernando Rolim em “Balada do Crepúsculo” de A Araújo, Malha Valente em “Estrelinha do Norte” 2ª quadra de A Araújo, Octávio Freitas em “Fado Corrido”. Uma surpresa anunciada chegou quando o Dr Ângelo Araújo subiu as escadarias e nos cantou emocionado “Amor, Amor e mais nada... “ com todo o coro de cantores e amigos, em apoteose merecida e entusiásticamente aplaudida.
Para ter acesso a fotografias da serenata -----------------------------> http://www.flickr.com/photos/87306987@N00/
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