segunda-feira, janeiro 15, 2007

Ares de família, coincidências não fortuitas (1)
Napoleão Bonaparte em "costume du sacre", retrato feito em 1815 por François Gérard (Musée National du Château), alusivo à coroação imperial de 01 de Dezembro de 1804, na qual Bonaparte afirmou a autonomia do poder temporal perante o poder espiritual.
Após a abolição da vestimentária de Antigo Regime, a França revolucionária dava uma guinada em direcção ao velho Império Romano. O "costume" adoptado por Napoleão fundia elementos do guarda-roupa dos monarcas absolutistas franceses com símbolos dos imperadores romanos (a púrpura, a coroa de louros, o bastão à Octávio César Augusto).
E dado que se fala em coincidências não fortuitas, relembremos que os "Costumes de Justice" franceses foram normativizados no período napoleónico.
A pecha romano-imperial, ulteriormente invocada e rentabilizada por Benito Mussolini, fazia moda na transição do instável século XVIII para o XIX. Nos juvenis EUA, cuja independência fora afirmada em 1776, Jefferson rejeitou os símbolos vestimentários britânicos com o mesmo furor com que se inspirou nos políticos e na arquitectura imperial romana.
AMNunes

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