quinta-feira, fevereiro 15, 2007

O Terceiro Encontro de Responsáveis pelo Protocolo e Cerimonial das Universidades Espanholas

Nos dias 19 e 20 de Abril de 1999 a Universidade Complutense de Madrid acolheu nas suas instalações os participantes no “III Encuentro de Responsables de Protocolo”. As diversas comunicações foram editadas num tomo de “Actas” com 101 páginas, consultável on line.
O III encontro deu continuidade a temas anteriores e promoveu novas reflexões, acobertando a partilha de experiências sobre a modernização do cerimonial, pesquisas historiográficas, o relacionamento entre universidades e a comunicação social, o lugar das autoridades eclesiásticas nos actos, a rentabilização de novos espaços arquitectónicos, a autonomia das universidades e sua relação protocolar com o governo central e regiões autónomas, a pragmática clássica e os desvios a que tem estado sujeita, bem como as cores distintivas das especialidades científicas mais recentes.
Se a relação protocolar com o Chefe de Estado, Ministro da Educação e eventuais convidados eclesiásticos não oferece problemas de monta, já o papel e funções a desempenhar pelos Presidentes das Regiões Autónomas é gerador de algum desconforto institucional.
Em finais da década de 1990, a Reitoria da Universidad La Laguna e o Presidente da Região Autónoma das Canárias viveram momentos de tensão, conforme relata Teresa de la Rosa. A aparente pujança do protocolo e das insígnias em Espanha tem como contraponto os protestos de sectores que reclamam a abolição do cerimonial, rotulando-o de “arcaico”, à semelhança do ambiente vivido em alguns nichos da Universidade de Coimbra desde do Reitorado de António Ferrer Correia.
Num país onde as universidades se habituaram ao conforto da uniformização centralista, as violações da pragmática clássica suscitam inquietações (Guillermo Leal). São as novas especialidades científicas que ad hoc implementam cores não conhecidas, nem inteiramente reconhecidas inter pares. São docentes que envergam a toga preta com elementos vestimentários civis multicolores, quais sejam gravatas, camisas, calças, meias e sapatos, quando o conjunto deverá ser integralmente negro (salvo camisa/blusa e gravata). São licenciados que “abusivamente” se apropriam dos punhos nas cores reservadas aos doutores, de luvas, de crachás peitorais e até de barretes com borla própria para doutorados. São autoridades académicas e membros do corpo docente de diversas hierarquias que desrespeitam as cores oficiais dos cordões das medalhas, distintos conforme se destinam a reitor, vice-reitor e doutores.
Matérias:
-Presidencia, Actores e Invitados en Actos Universitarios
“Los Actos Académicos y sus Protagonistas: viejas tradiciones y nuevas costumbres”, por Ana Villegas, da U. de Zaragoza
“Comunicación y Protocolo Universitario”, por Teresa Ferrón e Antonio Ruiz, da U. Granada
-Distintos Roles de Asistentes a Actos
“Algunas consecuencias protocolarias sobre la nueva Normativa de Doctorado (Real Decreto 778/1998, de 30 de abril), por Manuela Pinilla, da U. Granada
-Posición de la Iglesia en actos Universitarios
“Presencia de las autoridades eclesiásticas en los Actos Académicos”, por José Zumaquero, da U. Navarra
-Espacios Clásicos y Adaptados, Salones Nuevos
“Nuevos recintos en la Universidad Complutense para Actos Institucionales y Científico-Culturales”, por Victoria Camargo, Brigitte Desbordes e Ana Limón, da U. Complutense
-Distintos Roles de Asistentes a Actos
“Autonomía Universitaria”, por Teresa de la Rosa, da U. La Laguna
-Nuevos Colores
“Problemática actual de los colores en Protocolo Universitario”, por Guillermo Leal, da U. Europeia de Madrid CEES
“La Simbología de los Colores en el Traje Académico”, por Teresa Galino Mateos, da U. Complutense
“Desarrollo y Contenido del III Encuentro…”
Fonte: http://www.protocolouniversitario.ua.es/.
António Manuel Nunes

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