João dos Santos Couceiro, de novo
Em 1907, dois anos após a morte do músico conimbricense João dos Santos Couceiro (instrumentista, construtor de instrumentos, professor, maestro, compositor, como já referimos neste blog), o bandolinista italiano Eugenio Orfeo dedica à sua memória um Estudo Systhematico das Escalas para Bandolim, publicado pela casa Bevilacqua no Rio de Janeiro (a imagem da capa, em que está retratado o autor, é de um exemplar conservado na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro).
Devemos mais esta descoberta ao meu caro amigo Paulo Sá, bandolinista e investigador da História do Bandolim no Brasil, que, sobre Eugenio Orfeo, apurou que era natural de Nápoles e que publicou, além desta obra, A Escola dos harpejos (sem data, Bevilacqua, Rio de Janeiro) e o Methodo Thorico-Pratico-Completo para bandolim (1908, mesma editora). Ainda segundo Paulo Sá, Orfeo terá chegado ao Brasil depois de 1901 (no Methodo.., aparece uma foto dele em Genebra datada de 4 de Maio deste ano).
Sobre a importância de Couceiro como renomado e premiado construtor de instrumentos de cordas, já foram divulgados neste blog suficientes e concludentes elementos. O que a dedicatória de Orfeo vem reforçar é a ideia de que o nosso conterrâneo terá desempenhado um papel fulcral, já à sua época reconhecido, ao nível da prática e ensino do bandolim na então capital do Brasil. A sua relação com a música de Coimbra, cidade em que foi nado e criado, permanece, infelizmente, mais nebulosa.
Devemos mais esta descoberta ao meu caro amigo Paulo Sá, bandolinista e investigador da História do Bandolim no Brasil, que, sobre Eugenio Orfeo, apurou que era natural de Nápoles e que publicou, além desta obra, A Escola dos harpejos (sem data, Bevilacqua, Rio de Janeiro) e o Methodo Thorico-Pratico-Completo para bandolim (1908, mesma editora). Ainda segundo Paulo Sá, Orfeo terá chegado ao Brasil depois de 1901 (no Methodo.., aparece uma foto dele em Genebra datada de 4 de Maio deste ano).
Sobre a importância de Couceiro como renomado e premiado construtor de instrumentos de cordas, já foram divulgados neste blog suficientes e concludentes elementos. O que a dedicatória de Orfeo vem reforçar é a ideia de que o nosso conterrâneo terá desempenhado um papel fulcral, já à sua época reconhecido, ao nível da prática e ensino do bandolim na então capital do Brasil. A sua relação com a música de Coimbra, cidade em que foi nado e criado, permanece, infelizmente, mais nebulosa.
Flávio Pinho
<< Home