O Autor e a Obra
Haveria obra sem este autor?
Por Carlos Costa*
Este Método de Guitarra Portuguesa que agora nos é dado a conhecer, sendo um pequeno passo para o autor, será, com toda a certeza, um grande passo para o estudo e desenvolvimento da Guitarra Portuguesa.
Com efeito, sendo a guitarra portuguesa o instrumento musical que melhor exprime o sentir mais profundo do povo português, verificamos que, em todos estes anos, nada ainda havia sido escrito, nem sistematizado, sobre a sua vertente de raiz coimbrã. Na verdade, o seu ensino puramente oral nunca teve compositores ou intérpretes que se lhe tenham dedicado com total exclusividade.
Do universo dos guitarristas existentes na actualidade, o Jójó é o único professor de guitarra de Coimbra a tempo inteiro que alguma vez terá existido. Estudou praticamente toda a obra existente para guitarra de Coimbra, nomeadamente a obra dos Paredes, paradigma que são do género, tendo-lhe adicionado os inegáveis conhecimentos musicais que possui. Deste modo, só ele nos poderia dar a conhecer um trabalho deste género.
Além disso, o Jójó é também um virtuoso e destacado intérprete da guitarra portuguesa que, em termos de técnica e de sonoridade, rapidamente começou a ganhar o respeito tanto dos amantes do género como dos ouvintes em geral.
Por outro lado, enquanto acompanhador de fado de Coimbra, nomeadamente como elemento do grupo Praxis Nova, sempre procurou dar uma nova roupagem, quer no que se refere aos fados clássicos, quer na concepção e composição de arranjos novos.
Todo este estudo culminou também na excelência da composição de temas originais, dos quais se podem salientar, “Nostalgia”, “Tarde de Serenata”, “Almedina”, “Contraste”, “A Cidade”, “Malhossa Nova” e “Mata de Lobos”.
A composição destes temas demonstra assim uma grande maturidade guitarrística e um enorme avanço a nível de sonoridade, nomeadamente no que diz respeito a aspectos harmónicos, onde se nota uma aproximação a outros géneros musicais.
Por último, além de tudo o que acima está dito, o que mais me espanta no Jójó, é a sua vontade, o seu querer e a tenacidade no estudo, no ensino e na divulgação da guitarra portuguesa, sendo para mim um privilégio poder acompanhá-lo à viola e surpreender-me constantemente com os avanços no som que ele retira daquele instrumento de difícil execução e que é tão nosso.
* Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra. Advogado na Póvoa de Varzim. Executante de viola de acompanhamento.
Por Carlos Costa*
Este Método de Guitarra Portuguesa que agora nos é dado a conhecer, sendo um pequeno passo para o autor, será, com toda a certeza, um grande passo para o estudo e desenvolvimento da Guitarra Portuguesa.
Com efeito, sendo a guitarra portuguesa o instrumento musical que melhor exprime o sentir mais profundo do povo português, verificamos que, em todos estes anos, nada ainda havia sido escrito, nem sistematizado, sobre a sua vertente de raiz coimbrã. Na verdade, o seu ensino puramente oral nunca teve compositores ou intérpretes que se lhe tenham dedicado com total exclusividade.
Do universo dos guitarristas existentes na actualidade, o Jójó é o único professor de guitarra de Coimbra a tempo inteiro que alguma vez terá existido. Estudou praticamente toda a obra existente para guitarra de Coimbra, nomeadamente a obra dos Paredes, paradigma que são do género, tendo-lhe adicionado os inegáveis conhecimentos musicais que possui. Deste modo, só ele nos poderia dar a conhecer um trabalho deste género.
Além disso, o Jójó é também um virtuoso e destacado intérprete da guitarra portuguesa que, em termos de técnica e de sonoridade, rapidamente começou a ganhar o respeito tanto dos amantes do género como dos ouvintes em geral.
Por outro lado, enquanto acompanhador de fado de Coimbra, nomeadamente como elemento do grupo Praxis Nova, sempre procurou dar uma nova roupagem, quer no que se refere aos fados clássicos, quer na concepção e composição de arranjos novos.
Todo este estudo culminou também na excelência da composição de temas originais, dos quais se podem salientar, “Nostalgia”, “Tarde de Serenata”, “Almedina”, “Contraste”, “A Cidade”, “Malhossa Nova” e “Mata de Lobos”.
A composição destes temas demonstra assim uma grande maturidade guitarrística e um enorme avanço a nível de sonoridade, nomeadamente no que diz respeito a aspectos harmónicos, onde se nota uma aproximação a outros géneros musicais.
Por último, além de tudo o que acima está dito, o que mais me espanta no Jójó, é a sua vontade, o seu querer e a tenacidade no estudo, no ensino e na divulgação da guitarra portuguesa, sendo para mim um privilégio poder acompanhá-lo à viola e surpreender-me constantemente com os avanços no som que ele retira daquele instrumento de difícil execução e que é tão nosso.
* Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra. Advogado na Póvoa de Varzim. Executante de viola de acompanhamento.
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