"O Tecto do Mendigo", de José Afonso, nas paredes da Boa-Bay-Ela. Notícia do Diário das Beiras de hoje. Foto de Rui Semedo.
Aqui só estão as quatro primeiras quadras, numa versão ligeiramente diferente da que consta do livro "José Afonso - Textos e Canções", da editora Assírio e Alvim, de 1983, com coordenação e notas de J. H. Santos Barros.
Num lugar ermo
Só no meu abrigo
Aí terei meu tecto
E meu postigo
De longe em longe
À luz das madrugadas
Duas camisas
Quem não tem lavadas?
Aí serei meu dono
E companheiro
Dizei amigos
Se não sou solteiro
E se eu morrer
O tecto que não caia
Porque um mendigo
Dorme de atalaia
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