FADO DAS ALMINHAS
Música: Paulo de Sá (1893-1952), dedicada “Ao Nuno Quental”
Letra: 1ª e 2ª quadras populares
Incipit: Pelas alminhas te peço
Origem: Santa Maria da feira (?)
Data: ca. 1927-1928
Pelas alminhas te peço
Dá devagar os teus passos
Que debaixo dos teus pés
Anda minh’alma em pedaços.
Ando triste como a noite
Nada me alegra o sentido...
Ninguém sabe o bem que perde
Senão depois de perdido.
Canta-se o 1º dístico, repete-se; canta-se o 2º e bisa-se.
Informação complementar
Canção estrófica em compasso quaternário e tom de Sol Maior, da 2ª metade da década de 1920, obedecendo ao convencional efeito de repetição muito em voga no Período Clássico. A letra é de teor mórbido-decadentista, bem ao gosto de época.
Esta composição conheceu impressão musical na Sassetti & Cª., Lisboa, Rua do Carmo, 54 – 58, com a dedicatória supra, copyright de 1929, trazendo capa ilustrada por Stuart de Carvalhais.
Para a 1ª quadra veja-se “Enciclopédia das Famílias”, Ano XXI, nº 247, de 1907, pág. 536, “Mil Trovas”, e ainda em Jaime Cortesão, “O que o Povo Canta em Portugal”, p. 125; a 2ª copla já era popular em 1893, constando de recolhas como o “Cancioneiro Geral dos Açores”, Volume III, pág. 120, “Cancioneiro Transmontano e Alto-Duriense”, pág. 289, “Cancioneiro Popular Português e Brasileiro”, pág. 4, “Cancioneiro de Músicas Populares”, de César das Neves/Gualdino de Campos, “Cancioneiro”, de Fernando Pires de Lima e o já citado “Mil Trovas”, editado em 1903.
Composição gravada em Lisboa, nas sessões que decorreram entre 10 de Agosto e 03 de Setembro de 1928 pelo Dr. Elísio da Silva Mattos (1893-1978), acompanhado à guitarra em afinação natural pelo Dr. Paulo de Sá (Santa Maria da Feira, 05703/1891; Porto, 26/04/1952) e em violão de cordas de aço pelo Prof. Doutor José Carlos Martins Moreira (Porto, 1895; Coimbra, 1977), que preferiu que o seu nome não figurasse no disco (disco de 78 rpm His Master’s Voice, E.Q. 149, master 7-62210).
Uma versão instrumental desta melodia foi gravada em guitarra solo pelo célebre executante de Gouveia José Parente, no Teatro São Luís, Lisboa, a 29 de Outubro de 1928: 78 rpm His Master’s Voice BN 144. Desconhecemos se a referida matriz chegou a ser comercializada.
Após o registo efectuado por Elísio Matos, “Fado das Alminhas” não voltaria a ser gravado por nenhum outro cantor até finais do século XX, pelo que se pode considerar um espécime caído no esquecimento.
Texto: José Anjos de Carvalho e António Manuel Nunes
Letra: 1ª e 2ª quadras populares
Incipit: Pelas alminhas te peço
Origem: Santa Maria da feira (?)
Data: ca. 1927-1928
Pelas alminhas te peço
Dá devagar os teus passos
Que debaixo dos teus pés
Anda minh’alma em pedaços.
Ando triste como a noite
Nada me alegra o sentido...
Ninguém sabe o bem que perde
Senão depois de perdido.
Canta-se o 1º dístico, repete-se; canta-se o 2º e bisa-se.
Informação complementar
Canção estrófica em compasso quaternário e tom de Sol Maior, da 2ª metade da década de 1920, obedecendo ao convencional efeito de repetição muito em voga no Período Clássico. A letra é de teor mórbido-decadentista, bem ao gosto de época.
Esta composição conheceu impressão musical na Sassetti & Cª., Lisboa, Rua do Carmo, 54 – 58, com a dedicatória supra, copyright de 1929, trazendo capa ilustrada por Stuart de Carvalhais.
Para a 1ª quadra veja-se “Enciclopédia das Famílias”, Ano XXI, nº 247, de 1907, pág. 536, “Mil Trovas”, e ainda em Jaime Cortesão, “O que o Povo Canta em Portugal”, p. 125; a 2ª copla já era popular em 1893, constando de recolhas como o “Cancioneiro Geral dos Açores”, Volume III, pág. 120, “Cancioneiro Transmontano e Alto-Duriense”, pág. 289, “Cancioneiro Popular Português e Brasileiro”, pág. 4, “Cancioneiro de Músicas Populares”, de César das Neves/Gualdino de Campos, “Cancioneiro”, de Fernando Pires de Lima e o já citado “Mil Trovas”, editado em 1903.
Composição gravada em Lisboa, nas sessões que decorreram entre 10 de Agosto e 03 de Setembro de 1928 pelo Dr. Elísio da Silva Mattos (1893-1978), acompanhado à guitarra em afinação natural pelo Dr. Paulo de Sá (Santa Maria da Feira, 05703/1891; Porto, 26/04/1952) e em violão de cordas de aço pelo Prof. Doutor José Carlos Martins Moreira (Porto, 1895; Coimbra, 1977), que preferiu que o seu nome não figurasse no disco (disco de 78 rpm His Master’s Voice, E.Q. 149, master 7-62210).
Uma versão instrumental desta melodia foi gravada em guitarra solo pelo célebre executante de Gouveia José Parente, no Teatro São Luís, Lisboa, a 29 de Outubro de 1928: 78 rpm His Master’s Voice BN 144. Desconhecemos se a referida matriz chegou a ser comercializada.
Após o registo efectuado por Elísio Matos, “Fado das Alminhas” não voltaria a ser gravado por nenhum outro cantor até finais do século XX, pelo que se pode considerar um espécime caído no esquecimento.
Texto: José Anjos de Carvalho e António Manuel Nunes
Agradecimentos ao José Paracana por ter cedido a partitura original.
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