REGATEIRA DA PRAÇA
(Homens)
Ó Regateira da Praça
A como são os feijões?
(Mulheres)
Quatro quartas um alqueire
À razão de seis tostões.
(Homens)
Tenho aqui muito dinheiro
Nesta minha algibeira.
Mas não é para você
Sua "grande regateira!"
Ó Regateira da Praça
As peras a como são?
(Mulheres)
Peras de engana rapazes
A dez reis o quarteirão.
(Homens)
Tenho aqui muito dinheiro
Nesta minha algibeira.
Mas não é para você
Sua "grande regateira!"
Ó Regateira da Praça
Que levas dentro do saco?
(Mulheres)
Levo coisas e coisinhas
Para vender a pataco.
(Homens)
Tenho aqui muito dinheiro
Nesta minha algibeira.
Mas não é para você
Sua "grande regateira!"
Moda e dança recolhida no lugar do Sobral, em 1990, reconstituída e gravada pelo Grupo Folclórico da Casa do Povo de Ceira (Coimbra). A melodia é de tipo estrófico, com os versos cantados e bisados, em tom de Lá Menor. A letra alude directamente às vendedeiras dos arrabaldes de Coimbra que vinham à Praça Velha e à Praça de Sansão mercadejar os produtos da terra.
Fonte: cassete "Grupo Folclórico da Casa do Povo de Ceira", Porto, Rapsódia CR 870, ano de 1993, Lado 1, faixa nº 4. As informações adicionais e a transcrição da letra contaram com a ajuda da Sra. Gisela Oliveira e demais pessoal da direcção do GFCPC. Uma palavra de agradecimento e de louvor aos membros do GFCPC, cujo grupo soube construir uma imagem pública de grande credibilidade.
AMNunes
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