Peça de muito bom gosto, embora me pareçam um pouco descabidas as subidas e descidas cromáticas que por lá aparecem.
Segue-se um texto sobre esta peça de António M. Nunes.
"O FADO VARIADO" (para piano) é uma composição instrumental da autoria de Francisco Lima de Macedo Júnior, da 1ª metade da década de 1880 (ca. 1880-1885), em compasso 4/4 e tom de dó menor, em "andamento de tango", bem estruturada e bastante agradável à outiva. Pode ser recriada a título exemplificativo do repertório da CC para salão oitocentista burguês, com uso de guitarra/piano/violino, ou guitarra/piano/violão aço.
A transcrição foi efectuada por Octávio Sérgio em 2002, a partir da solfa manuscrita autógrafa recolhida por António M. Nunes.
Francisco Luís Lopes Lima de Macedo Júnior, filho do músico Francisco Lima de Macedo, nasceu em Coimbra por volta de 1859. A família Lima de Macedo herdara boa parte do espólio de José Maurício (famoso autor de modinhas) e possuía uma bem apetrechada biblioteca musical comprada em Lisboa e Porto, ou mesmo importada de França e de Itália. Macedo Pai chegou a editar música para as igrejas locais e teatros, sendo bem conhecido em Coimbra como compositor sacro.
A partir de meados da década de 1870, Lima de Macedo Júnior começa a deixar rasto, primeiro ligado à orquestra do Teatro Sousa Bastos, depois como Bedel da Faculdade de Teologia da UC, organista titular da Real Capela da UC, e professor de Música do Liceu de Coimbra. Macedo Júnior esteve duradouramente associado ao que se ia fazendo em Coimbra em termos de música sacra, récitas de amadores populares e récitas estudantis. Regeu ainda a Tuna Académica (TAUC) entre 1900-1905 e esporadicamente em 1909. Após a Revolução de 1910, e por impossibilidade do lente Simões Barbas, Macedo Júnior foi convidado a assegurar a cadeira de Música da UC.
Possuímos outras belas composições deste esquecido autor que talvez venham a ser divulgadas em futuro não muito distante.
Francisco Lima de Macedo Júnior faleceu na sua casa de Assafarge, arredores de Coimbra, no mês de Novembro de 1939. Dele apenas conhecemos uma fotografia inserta na revista Illustração Portugueza, I Série, Ano de 1902, relativa à exibição da Récita do 5 Ano Jurídico de 1902 no Teatro Nacional de São Carlos perante a Família Real em Abril desse ano. Para os que gostam de apoucar a CC como um género artístico "menor" que não valeria a pena estudar, talvez valha a pena redescobrir a obra de Lima de Macedo Júnior e de outros "macedos" que andam esquecidos.
A transcrição foi efectuada por Octávio Sérgio em 2002, a partir da solfa manuscrita autógrafa recolhida por António M. Nunes.
Francisco Luís Lopes Lima de Macedo Júnior, filho do músico Francisco Lima de Macedo, nasceu em Coimbra por volta de 1859. A família Lima de Macedo herdara boa parte do espólio de José Maurício (famoso autor de modinhas) e possuía uma bem apetrechada biblioteca musical comprada em Lisboa e Porto, ou mesmo importada de França e de Itália. Macedo Pai chegou a editar música para as igrejas locais e teatros, sendo bem conhecido em Coimbra como compositor sacro.
A partir de meados da década de 1870, Lima de Macedo Júnior começa a deixar rasto, primeiro ligado à orquestra do Teatro Sousa Bastos, depois como Bedel da Faculdade de Teologia da UC, organista titular da Real Capela da UC, e professor de Música do Liceu de Coimbra. Macedo Júnior esteve duradouramente associado ao que se ia fazendo em Coimbra em termos de música sacra, récitas de amadores populares e récitas estudantis. Regeu ainda a Tuna Académica (TAUC) entre 1900-1905 e esporadicamente em 1909. Após a Revolução de 1910, e por impossibilidade do lente Simões Barbas, Macedo Júnior foi convidado a assegurar a cadeira de Música da UC.
Possuímos outras belas composições deste esquecido autor que talvez venham a ser divulgadas em futuro não muito distante.
Francisco Lima de Macedo Júnior faleceu na sua casa de Assafarge, arredores de Coimbra, no mês de Novembro de 1939. Dele apenas conhecemos uma fotografia inserta na revista Illustração Portugueza, I Série, Ano de 1902, relativa à exibição da Récita do 5 Ano Jurídico de 1902 no Teatro Nacional de São Carlos perante a Família Real em Abril desse ano. Para os que gostam de apoucar a CC como um género artístico "menor" que não valeria a pena estudar, talvez valha a pena redescobrir a obra de Lima de Macedo Júnior e de outros "macedos" que andam esquecidos.
Etiquetas: Partituras
<< Home