Biografia de João Arroio inserta na Tese de Mestrado de Virgílio Caseiro em 1992, sobre a História do Orfeon Académico.
João Marcelino Arroio, fundador do Orfeon Académico e seu primeiro regente, era natural do Porto, onde nascera em 1861.
Depois de ter iniciado os seus estudos nesta cidade, veio para Coimbra cursar Direito, e aqui se licenciou.
Era filho de José Francisco Arroio - compositor e músico, primeiro director do Teatro S. João, no Porto - e irmão do crítico de arte António Arroio, este também músico e cantor. Aliás, aquando do espectáculo de estreia do O.A.C., António Arroio cantou a solo, acompanhado por uma orquestra dirigida por seu irmão João.
Doutorou-se em Direito em 1884 e tomou posse de cátedra em Dezembro de 1885, tendo sido neste mesmo ano eleito deputado por Vila do Conde.
Em 1890, apenas com 29 anos de idade, foi chamado ao Governo para chefiar a pasta da Marinha e Ultramar e, mais tarde, a do Ministério da Instrução Pública.
Em 1900 voltou ao governo, deste vez sob a presidência de Hintze Ribeiro, para ocupar a pasta dos Estrangeiros.
Nos últimos anos de Monarquia, João Arroio salientou-se na Câmara como um dos elementos da oposição.
No na área dos estudos jurídicos publicou: Estudo sobre a sucessão legitimária - Coimbra, 1884; Duas excepções no Processo Civil Português - Porto, 1884 e Estudo segundo sobre a sucessão legitimária - Coimbra, 1885.
Como publicações musicais, deixou: Histoire simple, Thème avec variations; Scherzo, Angoscia e Charmante, obras para piano datadas de 1908; as óperas Amor de Perdição - sobre o romance de Camilo Castelo Branco e libreto em italiano de Francisco Braga e representada no Teatro de S. Carlos em 1907, com tal sucesso que se voltou a representar em Hamburgo - e Leonor Teles, esta ainda hoje inédita; compôs também uma cantata, Inês de Castro, igualmente inédita ainda e um Poema Sinfónico, baseado num ciclo de sonetos publicados em 1918, e que foi tocado em 1913 no Teatro da Trindade.
Em 1917 publicou o drama teatral Paulo e Lena, que teve má aceitação por parte do público.
Morreu a 15 de Maio de 1930.
Fruto da sua formação musical e do convívio com um meio musical rico, como era o do Porto nessa época, João Arroio incutiu ao Orfeon uma dinâmica apoteótica, juntando vozes, instrumentos e solistas, numa abordagem de árias musicais de grande efeito e aceitação, tais como coros de Weber e Wagner. Era, em última análise, a exploração da massa coral como expressão de profunda emoção romântica. O espectáculo de apresentação foi disto exemplo. Vários órgãos da comunicação social chegam a indicar, para estes primeiros espectáculos, um total de cerca de 250 músicos. Se atendermos ao número de orfeonistas- cerca de 80- sobram-nos 130 elementos como instrumentistas e solistas, número de facto muito elevado.
Depois de ter iniciado os seus estudos nesta cidade, veio para Coimbra cursar Direito, e aqui se licenciou.
Era filho de José Francisco Arroio - compositor e músico, primeiro director do Teatro S. João, no Porto - e irmão do crítico de arte António Arroio, este também músico e cantor. Aliás, aquando do espectáculo de estreia do O.A.C., António Arroio cantou a solo, acompanhado por uma orquestra dirigida por seu irmão João.
Doutorou-se em Direito em 1884 e tomou posse de cátedra em Dezembro de 1885, tendo sido neste mesmo ano eleito deputado por Vila do Conde.
Em 1890, apenas com 29 anos de idade, foi chamado ao Governo para chefiar a pasta da Marinha e Ultramar e, mais tarde, a do Ministério da Instrução Pública.
Em 1900 voltou ao governo, deste vez sob a presidência de Hintze Ribeiro, para ocupar a pasta dos Estrangeiros.
Nos últimos anos de Monarquia, João Arroio salientou-se na Câmara como um dos elementos da oposição.
No na área dos estudos jurídicos publicou: Estudo sobre a sucessão legitimária - Coimbra, 1884; Duas excepções no Processo Civil Português - Porto, 1884 e Estudo segundo sobre a sucessão legitimária - Coimbra, 1885.
Como publicações musicais, deixou: Histoire simple, Thème avec variations; Scherzo, Angoscia e Charmante, obras para piano datadas de 1908; as óperas Amor de Perdição - sobre o romance de Camilo Castelo Branco e libreto em italiano de Francisco Braga e representada no Teatro de S. Carlos em 1907, com tal sucesso que se voltou a representar em Hamburgo - e Leonor Teles, esta ainda hoje inédita; compôs também uma cantata, Inês de Castro, igualmente inédita ainda e um Poema Sinfónico, baseado num ciclo de sonetos publicados em 1918, e que foi tocado em 1913 no Teatro da Trindade.
Em 1917 publicou o drama teatral Paulo e Lena, que teve má aceitação por parte do público.
Morreu a 15 de Maio de 1930.
Fruto da sua formação musical e do convívio com um meio musical rico, como era o do Porto nessa época, João Arroio incutiu ao Orfeon uma dinâmica apoteótica, juntando vozes, instrumentos e solistas, numa abordagem de árias musicais de grande efeito e aceitação, tais como coros de Weber e Wagner. Era, em última análise, a exploração da massa coral como expressão de profunda emoção romântica. O espectáculo de apresentação foi disto exemplo. Vários órgãos da comunicação social chegam a indicar, para estes primeiros espectáculos, um total de cerca de 250 músicos. Se atendermos ao número de orfeonistas- cerca de 80- sobram-nos 130 elementos como instrumentistas e solistas, número de facto muito elevado.
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