Biografia de Raposo Marques inserta na Tese de Mestrado de Virgílio Caseiro em 1992, sobre a História do Orfeon Académico.
Raposo Marques era natural da Ilha de S. Miguel, tendo nascido na Ribeira Grande a 2 de Novembro de 1902.
Depois de concluído o curso dos liceus em Ponta Delgada, em 1923, matricula-se nesse mesmo ano em Coimbra nas Faculdades de Letras e Direito.
Os invulgares dotes musicais, que desde logo revela, impõem-lhe a alcunha de <>, já no seu tempo de caloiro, sobrenome que o acompanhará até ao fim dos seus dias. Ainda nos primeiros anos de Coimbra, é chamado a substituir Elias de Aguiar, para dirigir alguns ensaios do Orfeon na velha igreja de S. Bento.
A partir de 1926, é regente substituto do Orfeon, por impossibilidade quase permanente de saúde do regente titular. Mas só a partir de 11 de Janeiro de 1937, Raposo Marques desempenha este cargo com carácter efectivo, por proposta do Senado Universitário - proposta fundamentada no decreto-lei nº 27277 de Novembro de 36 que permite ao Reitor da Universidade a contratação de um indivíduo, de reconhecida competência, para dirigir os dois organismos académicos de maior prestígio e representatividade universitária, o Orfeon e a Tuna Académica - depois de ter sido escolhido por unanimidade para tal cargo em Assembleia Geral de orfeonistas realizada em Outubro último.
Contudo Raposo Marques já regia este grupo coral, de facto e graciosamente, havia mais de 10 anos.
Desde 1929 passou a ocupar também o lugar de professor provisório do Liceu Dr. Júlio Henriques de Coimbra - ao tempo, Liceu Normal - cargo que desempenhou, com interrupção de 1930 a 1936, e que manteve, depois, em simultaneidade com o exercício das funções de regente orfeónico.
As suas inatas capacidades musicais levaram-no, para além de regente, a ser também compositor e orquestrador e, como tal, responsável por um grande número de composições e harmonizações destinadas ao Orfeon ou à Tuna. Poder-se-ão referir, entre outras: Limoeiro Verde com versos de Antero de Quental; Missa Mater Dei a três vozes e órgão; O Vos Omnes, para 4 vozes iguais; Balada, para canto e piano; Balada Açoreana, para 4 vozes iguais; Rapsódias Açoreanas nº1, 2 e 3.
Enquanto regente do Orfeon Académico de Coimbra, acompanhou-o em todas as digressões e espectáculos realizados no País -continental, insular e ultramarino-e com ele deu concertos em Espanha, França, Bélgica, Brasil e Estados Unidos da América do Norte.
Raposo Marques foi agraciado com as condecorações de Cavaleiro da Ordem de Instrução Pública e Oficial da Ordem de Santiago da Espada. Recebeu a medalha de Ouro da Cidade de Coimbra, em 1954, antes da sua triunfal viagem ao Brasil. Era ''Maestro honoris causa'' da Academia Mundiale degli Artisti e Professionisti de Roma'', Sócio de Mérito do Instituto de Coimbra e da Associação dos Jardins- Escola João de Deus, Sócio de Honra do Orfeão Escalabitano, Sócio Honorário da Casa dos Açores no Rio de Janeiro, para além, é evidente, de ser Sócio Honorário do Orfeon Académico de Coimbra.
Colaborou em várias revistas e jornais diários, estando a sua obra literária dispersa por diversos periódicos, com principal incidência na imprensa açoreana - Estrela de Alva de Angra do Heroísmo, Açoreano Oriental, Diário dos Açores, Correio dos Açores.
O Dr. Raposo Marques pautou essencialmente a sua vida por uma entrega desinteressada à causa artística universitária, militando por ela, sofrendo por ela e morrendo nela.
A 4 de Setembro de 1966 faleceu subitamente, em consequência de um ataque cardíaco, no Aeroporto de Santa Maria, nos Açores, enquanto aguardava embarque para Lisboa, depois de concluída mais uma digressão ao arquipélago, com visitas a Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta.
Depois de concluído o curso dos liceus em Ponta Delgada, em 1923, matricula-se nesse mesmo ano em Coimbra nas Faculdades de Letras e Direito.
Os invulgares dotes musicais, que desde logo revela, impõem-lhe a alcunha de <
A partir de 1926, é regente substituto do Orfeon, por impossibilidade quase permanente de saúde do regente titular. Mas só a partir de 11 de Janeiro de 1937, Raposo Marques desempenha este cargo com carácter efectivo, por proposta do Senado Universitário - proposta fundamentada no decreto-lei nº 27277 de Novembro de 36 que permite ao Reitor da Universidade a contratação de um indivíduo, de reconhecida competência, para dirigir os dois organismos académicos de maior prestígio e representatividade universitária, o Orfeon e a Tuna Académica - depois de ter sido escolhido por unanimidade para tal cargo em Assembleia Geral de orfeonistas realizada em Outubro último.
Contudo Raposo Marques já regia este grupo coral, de facto e graciosamente, havia mais de 10 anos.
Desde 1929 passou a ocupar também o lugar de professor provisório do Liceu Dr. Júlio Henriques de Coimbra - ao tempo, Liceu Normal - cargo que desempenhou, com interrupção de 1930 a 1936, e que manteve, depois, em simultaneidade com o exercício das funções de regente orfeónico.
As suas inatas capacidades musicais levaram-no, para além de regente, a ser também compositor e orquestrador e, como tal, responsável por um grande número de composições e harmonizações destinadas ao Orfeon ou à Tuna. Poder-se-ão referir, entre outras: Limoeiro Verde com versos de Antero de Quental; Missa Mater Dei a três vozes e órgão; O Vos Omnes, para 4 vozes iguais; Balada, para canto e piano; Balada Açoreana, para 4 vozes iguais; Rapsódias Açoreanas nº1, 2 e 3.
Enquanto regente do Orfeon Académico de Coimbra, acompanhou-o em todas as digressões e espectáculos realizados no País -continental, insular e ultramarino-e com ele deu concertos em Espanha, França, Bélgica, Brasil e Estados Unidos da América do Norte.
Raposo Marques foi agraciado com as condecorações de Cavaleiro da Ordem de Instrução Pública e Oficial da Ordem de Santiago da Espada. Recebeu a medalha de Ouro da Cidade de Coimbra, em 1954, antes da sua triunfal viagem ao Brasil. Era ''Maestro honoris causa'' da Academia Mundiale degli Artisti e Professionisti de Roma'', Sócio de Mérito do Instituto de Coimbra e da Associação dos Jardins- Escola João de Deus, Sócio de Honra do Orfeão Escalabitano, Sócio Honorário da Casa dos Açores no Rio de Janeiro, para além, é evidente, de ser Sócio Honorário do Orfeon Académico de Coimbra.
Colaborou em várias revistas e jornais diários, estando a sua obra literária dispersa por diversos periódicos, com principal incidência na imprensa açoreana - Estrela de Alva de Angra do Heroísmo, Açoreano Oriental, Diário dos Açores, Correio dos Açores.
O Dr. Raposo Marques pautou essencialmente a sua vida por uma entrega desinteressada à causa artística universitária, militando por ela, sofrendo por ela e morrendo nela.
A 4 de Setembro de 1966 faleceu subitamente, em consequência de um ataque cardíaco, no Aeroporto de Santa Maria, nos Açores, enquanto aguardava embarque para Lisboa, depois de concluída mais uma digressão ao arquipélago, com visitas a Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta.
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