Guitarra de Coimbra (Parte I)
sábado, dezembro 02, 2006
Guitarra Inglesa com voluta de tipo Cítara e 10 cravelhas de madeira.
Fonte: "English Guitar Workshop", divulgada por Danny of Stockport, do Cheschire, Inglaterra, no site www.guitarseminars.com/
AMNunes

English Guitar (1)

Guitarra Inglesa fabricada em Londres, por volta de 1765, pelo violeiro James Preston. Obedece aos parâmetros setecentistas de fabrico requintado, exibindo rosácea bocal, chapa metálica de chavinha (tipo relógio) e voluta em escudo. O tampo superior comporta um pequeno teclado, semelhante às variantes referidas por António da Silva Leite para o caso português. Instrumento e estojo pertencem ao Museu da Música da Universidade do Dacota do Sul, Estados Unidos da América.
Fonte: "Englis Guitar", Cota NNM 1292, endereço www.usd.edu/
(Nacional Music Museum, The University of South Dacota, US)
AMNunes
sexta-feira, dezembro 01, 2006

Paulo Soares (Jojó), aqui numa caricatura de José Maria Oliveira. Este grande artista propõe-se, mensalmente, realizar a caricatura de um guitarrista. A primeira, a minha, já publicada neste Blog no dia 22 de Novembro , é uma caricatura magnífica que só um bom artista conseguiria realizar. Esta, do Jojó, também com muita presença e personalidade, faz-nos já ficar com água na boca à espera da terceira que será, segundo as suas previsões, a de Jorge Gomes. O espólio guitarrístico irá ficar mais rico com estes magníficos trabalhos caricaturais. Parabéns, amigo José Maria ... e continue a tocar guitarra!

quinta-feira, novembro 30, 2006
quarta-feira, novembro 29, 2006
O Guitolão
O cérebro do ser humano é uma máquina perfeita. Tudo o que nos rodeia, construído pelo homem, começou como é lógico, por ser uma ideia no consciente de um ser humano. O Guitolão começou por ser, um som ou talvez um timbre no consciente irrequieto do mestre Carlos Paredes. Quem conviveu de perto, com Carlos Paredes, teve o privilégio de conhecer o seu lado misterioso com tudo o que é transcendente na vida. No entanto no final de uma actuação, as palmas do público não lhe davam a tranquilidade do dever cumprido. Era preciso treinar mais, porque determinada nota, não tinha sido bem dada, o cavalete não estava bem posicionado, as cordas não estavam a soar como ele gostava, enfim o som e a actuação perfeitos. Se a Guitarra de Coimbra, já resultou da procura de uma nova sonoridade para a Guitarra de Lisboa, que é estudada entre seu pai, Artur Paredes e a Família Grácio, guitarreiros de fama reconhecida, Carlos Paredes quis dar continuidade a esta mutação, de parceria com Gilberto Grácio, que representa a terceira geração de guitarreiros da respectiva família. Carlos Paredes em 1970, numa conversa tida com Gilberto Grácio, mostrou-lhe o desejo de ter uma Guitarra Barítono, com um corpo de certo modo idêntico ao da Guitarra de Coimbra, mas com uma escala maior, que lhe iria permitir procurar outras sonoridades e inclusive outras afinações. Gilberto Grácio, dá corpo à imaginação de Carlos Paredes, fazendo uma Guitarra Barítono, que o guitarrista experimentou, mas continuou a tocar na sua guitarra, abandonando o projecto talvez porque não fosse esse o timbre que pretendia.
Mas Gilberto Grácio, não desiste da ideia e apesar de Carlos Paredes ter ficado doente e acamado durante vários anos, o construtor Grácio completa a ideia de Paredes e inventa um novo instrumento ao qual lhe dá o nome de Guitolão. Este novo instrumento, foi apresentado, pela primeira vez ao público, num concerto nas ruínas da cidade romana da Ammaia, em Marvão, incluído no festival de música desta vila. Foi o compositor e instrumentista de Portalegre António Eustáquio que o estreou, num concerto que contou com a presença do Quarteto Ibero-Americano, demonstrando que o seu timbre, se integra muito bem em quartetos de cordas.
Na opinião de António Eustáquio, o Guitolão, não é um instrumento construído para o acompanhamento do fado. Apresenta como principal característica o facto de ter uma grande extensão tímbrica, no qual se podem obter notas muito graves mas também agudas dando-lhe possibilidade para o surgimento de um repertório novo e porque não um repertório clássico, com transcrições de música erudita.
Mas Gilberto Grácio, não desiste da ideia e apesar de Carlos Paredes ter ficado doente e acamado durante vários anos, o construtor Grácio completa a ideia de Paredes e inventa um novo instrumento ao qual lhe dá o nome de Guitolão. Este novo instrumento, foi apresentado, pela primeira vez ao público, num concerto nas ruínas da cidade romana da Ammaia, em Marvão, incluído no festival de música desta vila. Foi o compositor e instrumentista de Portalegre António Eustáquio que o estreou, num concerto que contou com a presença do Quarteto Ibero-Americano, demonstrando que o seu timbre, se integra muito bem em quartetos de cordas.
Na opinião de António Eustáquio, o Guitolão, não é um instrumento construído para o acompanhamento do fado. Apresenta como principal característica o facto de ter uma grande extensão tímbrica, no qual se podem obter notas muito graves mas também agudas dando-lhe possibilidade para o surgimento de um repertório novo e porque não um repertório clássico, com transcrições de música erudita.
Esta nova característica, deve-se ao facto de Gilberto ter aumenttado a escala tradicional da Guitarra de Coimbra em mais de 6 polegadas ( 15,24 cm) e encordoou o instrumento com calibres de maior espessura, para poder, respeitando a afinação da guitarra Portuguesa, utilizar o sistema de transposição para notas mais graves, como é lógico com calibres de cordas também mais espessas. Mas os construtores não gostam de revelar todos os seus truques de construção. Um instrumento musical não é só aquilo que se vê. O seu interior e as medidas utilizadas não foram reveladas.
Do site de José Lúcio, Instrumentos musicais portugueses.
A AJA recomenda...Guitolão e Contrabaixo

Um compromisso entre dois músicos, numa constante pesquisa, através de um projecto inovador, sem nunca, no entanto, sacrificarem a qualidade técnica e o rigor interpretativo.
Uma coerência tímbrica com movimentos sonoros, improvisados, em diálogos permanentes onde a razão e a alma se congregam em equilíbrio.
A música que produzem pode enquadrar-se num estilo Etno-Jazz, mas não é limitativa. Retrata vivências pessoais, partilhadas por outros ambientes sonoros, apresentados como unidade.
O Guitolão, o mais recente cordofone português, construído pelo mestre Gilberto Grácio, sugere uma guitarra portuguesa com uma sonoridade mais ampla, mas com personalidade própria. O Contrabaixo convoca-o para um novo espaço tímbrico. O resultado inovador.
Do Blog da Associação José Afonso
terça-feira, novembro 28, 2006
Fotos de 1948, dos Matulões.
[A fotografia supra é um bom documento de época. Não deixa de suscitar reparo o extravagante cartolão, eco de uma época em que as cartolas eram confeccionadas manualmente com cartolina, tesoura, cola e papel de lustro da cor da respectiva Faculdade. A moda das cartolas e bengalas foi lançada na Queima das Fitas de Maio de 1932 pelo curso do Quinto Ano de Medicina, ou Curso dos Cocos, a que pertenceu o boémio Pantaleão da Mota. Foi também este curso o mentor da primeira Venda da Pasta em favor da Casa de Infância Elysio de Moura. Cartolas, Bengalas e labitas surgiram como sátira aos formalismos do protocolo de Estado e antecipação da condição sócio-profissional que aguardava os novos diplomados.
Na década de 1980, as Cartolas e Bengalas vendidas em lojas das ruas Ferreira Borges e Visconde da Luz eram importadas de uma empresa do Porto, muito alinhadas em molde e de tecido liso, à maneira de Hollywood e do Moulin Rouge. Como o take way não contemplava as excepções, quem gozasse das glórias da veterania teria de comprar cartolina preta, tesoura, papel de veludo negro e cola quanto baste para altear anéis ao cartolão, pois destes não se faziam nas fábricas destinadas a fornecer as "queimas" transformadas em eventos massificados. Em Coimbra, o máximo requinte que a massificação podia atingir, era no caso de quem já fosse pai ou mãe, confeccionar uma cartolinha para a cabeça do filho em dia de cortejo. Noutras paragens, a cartolinha e a bengalinha entraram de pedra e cal nas creches e infantários, não havendo festa de sala dos cinco anos que as dispense. AMNunes]

No terraço com a "Abadessa" e a filha. O segundo da esquerda é Barrigas de Carvalho e o último à direita, Jerónimo Coutinho.

Amorim Afonso e Jerónimo Coutinho obrigando Augusto Mota a dar uma fumaça.

Jerónimo Pereira Coutinho e Augusto Amorim Afonso.
Fotos enviadas por Augusto Mota.
Coimbra À Capella
Recebi este mail que tenho o grato prazer de divulgar:
Boa tarde caro amigo Octávio Sérgio.
Não sei se já teve a oportunidade de ver ao vivo, de todas as formas envio-lhe o endereço para que possa divulgar, se assim o entender (também existem por lá mais músicas de Coimbra e da canção coimbrã).
Com Amizade,
Fernando Paulo Ferreira
Storia della Canzone Napoletana
[História da Canção Napolitana]
O urdir da História da Canção de Coimbra (CC), alinhada na crista dos paradigmas investigativos mais contemporâneos, pressupõe uma revisão por vezes quase radical dos presssupostos em que impressivamente se laborou no passado. O escrever a História da Canção de Coimbra fora das fronteiras convencionais implica, necessariamente, um lançamento de olhos e de ouvidos a outros géneros estético-musicais, com ou sem coreografia associada, que importará conhecer num registo de história comparada. Sabido o quanto expressões musicais como o Tango, o Flamenco, o Samba ou a Canção Napolitana estão estudados, haverá que deles recolher as mais valias presentes nos conceitos, na cronologia, nas biografias, nos ciclos estéticos, por forma a desocultar a singularidade estética da CC. De autores portugueses que tenham versado a Canção Napolitana, apenas conhecemos, por intermédio de José Anjos de Carvalho, o raro trabalho de Fernando Sériot BARBOSA, "Pulecenella", Paços de Brandão, 1991.
Aqui ficam alguns sítios de interesse:
-"La Storia della Canzone Napoletana"
http:www.musicanapoletana.com/
-"Storia della Canzone"
-"La Canzone Napoletana. La sua storia. Le origini di un canto", por Aurelio Fierro
AMNunes
"Storia della Canzone Napoletana", Roma, Newton & Compton, 2000, é uma obra de referência sobre a Canção Napolitana, da autoria de Vittorio PALIOTTI.
Este livro, que não se contra traduzido.
Fonte: www.librerianeapolis.it/
AMNunes

História da Canção Napolitana

"La Storia della Canzone Napoletana. Dalle origini all'epoca d'oro", Milano, Baldini & Castoldi, 2004, é um longo trabalho de pesquisa da autoria de Carmelo PITARI, não traduzido em português.
Fonte: www.librerianeapolis.it/
AMnunes
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