terça-feira, outubro 16, 2007

Alexandre Bateiras

Esta música que ora nos embala é o cordão umbilical que se não desfez. Transporta-nos ao tempo que vivemos e onde se fixam as luminosas imagens de uma natureza que não se nega a espantar os seus amantes. Porto Largo, Moínho da Azinheira, Monte do Galaz, Freixeira, Bolorina, Barranco dos Coelhos, S. Bartolomeu, Monte das Pereiras são alguns dos nomes que, só por si, transportam música do fundo do tempo que sentimos correr na fossa abissal das nossas veias. E o cheiro das estevas ?
Esse, com o seu bafo quente e carregado de envolvente sensualidade é a surpresa que nunca pensámos que nos pudesse faltar. Paira por todo o lado, agarra-nos na sua própria essência e transporta-nos através de toda esta música, como se fosse possível fazer-lhe gemer as cordas. Guitarra Portuguesa: este é um dos Alentejos em que nos podemos rever – desesperadamente
A MUSICA DE ALEXANDRE BATEIRAS www.myspace.com/bateiras
De Isabel Bateiras

Em memória de Adriano

16 Outubro 2007
No dia em que se completam precisamente 25 anos sobre o desaparecimento prematuro de Adriano Correia de Oliveira, presto-lhe a minha singela homenagem deixando aqui aquela que é talvez, do ponto de vista interpretativo, a sua balada mais sublime. Registo com agrado as iniciativas que a Antena 1 tem levado a cabo para assinalar a efeméride, designadamente o convite feito a Fausto Bordalo Dias, que com ele conviveu, para falar do homem e da obra. Pena foi não ter sido dirigido idêntico convite a Rui Pato, responsável pelo acompanhamento à viola de boa parte do seu repertório. O seu testemunho seria com certeza do maior interesse. Bem, e porque não basta evocar Adriano para depois o votar novamente ao ostracismo, eu faço uma pergunta muito simples à direcção de programas da rádio do Estado: por que razão esta e outras belíssimas baladas de Adriano não figuram nas playlists das Antenas 1 e 3?
Canção com Lágrimas
Poema: Manuel Alegre (adaptado de "Canção com Lágrimas e Sol", in Praça da Canção , 1965)
Música e voz: Adriano Correia de Oliveira
Viola: Rui Pato
Eu canto para ti um mês de giestas
Um mês de morte e crescimento ó meu amigo
Como um cristal partindo-se plangente
No fundo da memória perturbada
Eu canto para ti um mês onde começa a mágoa
E um coração poisado sobre a tua ausência
Eu canto um mês com lágrimas e sol o grave mês
Em que os mortos amados batem à porta do poema
Porque tu me disseste quem me dera em Lisboa
Quem me dera em Maio depois morreste
Com Lisboa tão longe ó meu irmão tão breve
Que nunca mais acenderás no meu o teu cigarro
Eu canto para ti Lisboa à tua espera
Teu nome escrito com ternura sobre as águas
E o teu retrato em cada rua onde não passas
Trazendo no sorriso a flor do mês de Maio
Porque tu me disseste quem me dera em Maio
Porque te vi morrer eu canto para ti
Lisboa e o sol, Lisboa com lágrimas
Lisboa à tua espera ó meu irmão tão breve
Eu canto para ti Lisboa à tua espera...
(in "Cantaremos", Orfeu, 1970, reed. Movieplay, 1999)

Publicada por Álvaro José Ferreira em 12:31



Programa dos "Encontros Internacionais de Guitarra Portuguesa".

Faz hoje 25 anos que morreu Adriano Correia de Oliveira. Notícia do Diário de Coimbra de hoje.
No site abaixo podemos ler algumas notas sobre a sua vida e obra.

segunda-feira, outubro 15, 2007











A Orquestra Clássica do Centro comemorou seis anos de actividade com uma conferência, seguida de um concerto de Guitolão com Quarteto de Cordas. Como Convidado de Honra, esteve Gilberto Grácio, criador do Guitolão.
Foram oradores Mário Nunes, Vereador da Cultura da CMC, Fernando Regateiro, 1º Presidente da Direcção da OCC e Linhares Furtado, Presidente da Assembleia-Geral da OCC. No Guitolão António Eustáquio foi acompanhado pelo Quarteto de Cordas Ibero-americano, constituído por elementos da Orquestra Gulbenkian.
Foi uma sessão enriquecedora, não só pelas palavras proferidas como pelos sons que os músicos nos proporcionaram. Peças muito bem elaboradas, da autoria de António Eustáquio e excelentemente executadas pelo quinteto referido.
No final Gilberto Grácio ofereceu uma guitarra construída por alunos seus, a Virgílio Caseiro, maestro da OCC.
Fotos amavelmente cedidas por Maria Emília Martins, Presidente da OCC.

domingo, outubro 14, 2007












António Filipe Pimentel escreve sobre "António Canevari e a torre da Universidade de Coimbra", num artigo que está incluído no livro "Artistas e Artífices e a sua mobilidade no mundo de expressão portuguesa". Este livro de Actas do VII Colóquio Luso-Brasileiro de História da Arte, editado pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, em 2007, foi-me gentilmente oferecido por Armando Luís de Carvalho Homem.

Carlos Carranca com Miguel Torga. Uma foto do jornal Centro de 12 de Setembro deste ano, no artigo de Carlos Carranca, "O Portugal dos Políticos no Diário XVI de Miguel Torga".

relojes web gratis