sábado, junho 18, 2005


Livro de poesia, "Dedilhações em busca...e outros exercícios", de Mouro Serpa, (Joel Canhão)
Vou transcrever o que o autor escreveu a abrir o livro:
«"Dedilhações em busca...e outros exercícios" é um livro de amor que tanto se dirige àquele que está próximo como Àquele que, podendo estar ali ou algures, se encontra para lá de tudo. Dedilhar é tocar e tocar é amar. Dedilhar na procura de uma execução plena, embora com a consciência de precaridade de um exercício que aspira atingir a beleza, eis o sentido destas poéticas.
O título pretende ainda sugerir ângulos ou perspectivas diversificadas através de uma tripartida visão do objecto. A de um amor imbuído de erotismo subtil e velado, por um lado, e de amores de tipologia diversa que exclui esse traço, por outro.
Os poemas de "Exercícios de vocação" continuam o discurso, mas agora numa vertente do sagrado e através da invocação divina, como recurso de salvação. Interpelam Deus, último refúgio.
Já o ciclo final "Exercícios de pulso", numa intencional conotação com um dos aspectos da técnica pianística que, aliás, inspira todo o ritual de baptismo da obra, aponta para a leitura de uma poesia que se auto-ausculta ou, pelo menos, pretende fazê-lo, no sentido de medir a temperatura poética e a própria força.»
Escreve Maria Adelaide Valente na contracapa do livro:
«Através destas Dedilhações, viaja Mouro Serpa com um sentir e com uma força que se ampliam poema a poema.
Dedilhações em busca, rasto de alma bordada com palavras que trazem consigo o aroma dos medronhos e do alecrim, dos musgos e dos fenos, a ingenuidade da oliveira, o rubor das papoilas, ainfinita acalmia dos "cedros da eternidade".
Como é bom "viajar nos flamingos que (te) nascem nas mãos"!» Posted by Hello


Lançamento do livro de poesia, "Dedilhações em busca...e outros exercícios" de Joel Canhão, na Casa da Cultura.
Joel Canhão no uso da palavra. Posted by Hello


Lançamento do livro de poesia, "Dedilhações em busca...e outros exercícios" de Joel Canhão, na Casa da Cultura.
José Luís Nazareth Barbosa leu alguns poemas. Posted by Hello


Lançamento do livro de poesia, "Dedilhações em busca...e outros exercícios" de Joel Canhão, na Casa da Cultura.
José Ribeiro Ferreira apresentou o livro. Posted by Hello


Lançamento do livro de poesia, "Dedilhações em busca...e outros exercícios" de Joel Canhão, na Casa da Cultura.
Foto de alguns amigos de Joel Canhão presentes no dito lançamento. Posted by Hello


Lançamento do livro de poesia, "Dedilhações em busca...e outros exercícios" de Joel Canhão, na Casa da Cultura.
Rita Dourado, a executar primorosamente uma peça de Schumann. Posted by Hello


Lançamento do livro de poesia, "Dedilhações em busca...e outros exercícios" de Joel Canhão, na Casa da Cultura.
Rita Dourado, depois de uma actuação de grande nível no piano. Posted by Hello


De Joel Canhão é lançado hoje, às 18 horas na Casa Municipal da Cultura, o livro de poesia, "Dedilhações em busca ... e outros exercícios".
Notícia do Diário de Coimbra. Posted by Hello


O Grupo de Fados de Coimbra "Alma Mater" actua hoje , às 21h30 na galeria Almedina, em Coimbra.
Notícia do Diário de Coimbra. Posted by Hello


Antigos Tunos na Austrália em 2004. Sydney. Isabel Azevedo e Octávio Sérgio.
Foto tirada por Rui Paulo Simões. Posted by Hello

sexta-feira, junho 17, 2005


Antigos Tunos em Sydney, Austrália, 2004. José Paulo, Octávio Sérgio e José Carlos Teixeira, são os instrumentistas. Mário Rovira vai cantar e Serra Leitão espera a sua vez para cantar também.
Foto tirada por Augusto Rodrigues.Posted by Hello


Antigos Tunos em Sydney, Austrália, 2004, à frente da Catedral. O presidente Silva Afonso destaca-de do grupo.Posted by Hello


Cortejo da Queima das Fitas. António M. Nunes e a esposa, Carla, em 1994.
Escreveu A. Nunes:
«minha foto é como quem diz, foto daquilo que eu era. Tudo me atacou, menos a carequice ... salvo erro, o Camilo Castelo Branco fez um lindo soneto, intitulado "Soneto da Decrepitude", onde consta o verso "Ora, hoje que eu me sinto quebrantado..."»


Cortejo da Queima das Fitas, 1994: Sobral Torres, seu pai M. Sobral Torres, Nuno de Carvalho e Joaquim Pinho. Posted by Hello


António Brojo, ainda Vice-Reitor, preside ao júri dum Cortejo da Queima das Fitas Posted by Hello


Contracapa do CD "Coimbra Eterna", já apresentado neste Blog no dia 10 de Março. Disco gravado pelo Grupo de Fados da Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra no Porto. Posted by Hello

Eugénio de Andrade (1923 – 2005)
(Poesia enviada pelo meu amigo orfeonista, José Paracana)

É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.

Nota: Este poema foi cantado por Heirique Veiga no disco "Coimbra Eterna" - já apresentado neste Blog no dia 10 de Março - pelo Grupo de Fados da Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra no Porto.

quinta-feira, junho 16, 2005


Partitura de "Variações em Mi menor" (1) de Jorge Tuna. Posted by Hello

Etiquetas:


Partitura de "Variações em Mi menor" (2) de Jorge Tuna. Posted by Hello

Etiquetas:


Partitura de "Variações em Mi menor" (3) de Jorge Tuna. Peça com uma força impressionante, desde que tocada com a mestria do autor. Tem uma melodia fascinante, com uma construção soberba, do melhor que se fez até hoje em Coimbra. Grau de dificuldade elevado, convém ter presente uma gravação original para nos apercebermos do que não pode estar escrito em partitura, ou seja, a interpretação. É aqui que reside a maior dificuldade. Posted by Hello

Etiquetas:


Reunião com jantar, do Grupo 4º A da Brotero, ontem, no hotel D. Luís. Posted by Hello


Reunião com jantar, do Grupo 4º A da Brotero. Aspecto de uma das mesas em que estão colegas que, por chegarem atrasados, não ficaram na foto de Grupo. Posted by Hello


Reunião com jantar, do Grupo 4º A da Brotero. Zilda Bastos, homenageada, por ir brevemente para a reforma. Posted by Hello


Reunião com jantar, do Grupo 4º A da Brotero. Daniel Lourenço é um dos homenageados, pois vai pedir a reforma. Posted by Hello

quarta-feira, junho 15, 2005

Na morte do poeta
(Poema enviado pelo meu amigo orfeonista, Rui Vaz)


ADEUS


Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.


Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.


Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.


Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.


Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já se não passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.


Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.


Adeus.

Eugénio de Andrade
( " Os amantes sem dinheiro " )


2ª Conferência de Jorge Cravo, "O Neo-Modernismo de Luiz Goes: 1953-1983", (ou o advento da Escola Goesiana), na Livraria Minerva, em Coimbra.
Foto de Jorge Cravo no uso da palavra.
Esta conferência foi do agrado geral, pelo que pude observar. No final, Jorge Cravo recebeu uma calorosa e muito prolongada salva de palmas.
Usou uma linguagem acessível mas com as ideias muito bem arrumadas e um encadeamento notável das fases por que passou Luiz Goes. Exemplificou aquilo que ia dizendo com a audição de peças de discos gravados não só por Luiz Goes, como por Edmundo de Bettencourt, Paradela de Oliveira e Armando Goes, estes para fazer comparações.
Foram referidos os companheiros de Luiz Goes, com especial destaque a João Bagão e António Andias. Foi com o disco acompanhado por este último que Goes atingiu a plenitude da sua produção e execução, segundo sugeriu Jorge Cravo. É de facto o clímax de uma vida dedicada à arte dos sons, qual curva de Gauss, mas ainda muito longe da base desta.
Temos que agradecer a Jorge Cravo os momentos de prazer que nos proporcionou, a mestria com que lidou com o tema de modo a que tudo ficasse claro, sem ambiguidades.
Na próxima terça-feira lá estaremos, para a terceira conferência.
Posted by Hello


2ª Conferência de Jorge Cravo, "O Neo-Modernismo de Luiz Goes: 1953-1983", (ou o advento da Escola Goesiana), na Livraria Minerva, em Coimbra. Foto da assistência Posted by Hello


2ª Conferência de Jorge Cravo, "O Neo-Modernismo de Luiz Goes: 1953-1983", (ou o advento da Escola Goesiana), na Livraria Minerva, em Coimbra. Foto dos cultores da Canção de Coimbra no final da conferência. Vêem-se atrás: João Branco, Ricardo Pinto, Bruno Costa, Jorge Cravo, Manuel Coroa e Jorge Gomes; à frente: Luís Carlos, Mário Rovira, Manuel Coroa, Octávio Sérgio, José Miguel Baptista e José Freitas. Posted by Hello

relojes web gratis