sábado, junho 11, 2005


Noites da Canção de Coimbra. Actuou o grupo, "Toada Coimbrã". Na foto, João Carlos Oliveira, António José Vicente, joão Paulo Sousa e Jorge Mira Marques. A cantar, Alcides de Sá Esteves. Posted by Hello


"Toada Coimbrã", hoje, às 21h30, na Galeria Almedina. Notícia do Diário de Coimbra. Posted by Hello


Cortejo da Queima das Fitas. Jorge Cravo, Octávio Sérgio e Henrique Ferrão. Posted by Hello

sexta-feira, junho 10, 2005

Bloco de Notas (14)

1980 ... Esteve cá ontem Fernando Machado Soares. Ouviu a gravação de três músicas minhas acompanhadas por Armando Luís de Carvalho Homem. Ficou encantado com elas. Sobre as “Variações em Lá” disse que são lindíssimas e que explorei muitíssimo bem o tema. Que são variações bem construídas, sendo das três a melhor. Sobre o “Ré maior” ficou admirado como consegui fazer variações naquele tom, já tão explorado, com beleza e simplicidade. Acha-a muito fluida, com todas as partes bem encaixadas umas nas outras. Pôs uma objecção na passagem a segunda de si; acha que é banal de mais para aquelas variações. Finalmente o “Capricho em Lá” achou-o lindíssimo e também bem construído. Considerou a minha execução muito boa, pois via perfeitamente que as músicas tinham grandes dificuldades de execução.
António Bernardino está já em Lisboa a trabalhar nos Serviços Sociais da Universidade. Convidou-me para ir tocar à Casa Leão, perto do Castelo de S. Jorge. Vamos amanhã ensaiar com Durval Moreirinhas.
Lá fomos à Casa Leão. O Berna teve um enorme sucesso com a “Samaritana”. Na revista “Nova Gente” vêm duas fotografias nossas e um texto a dizer que ficaram encantados connosco. Foi uma festa de homenagem à esteticista Maria de Lurdes.
No último ensaio com Carvalho Homem, este mostrou-me um arranjo que fez duma peça de Haendel que ficou muito bem com guitarra e viola. Depois toquei a peça “Czardas” de Monti que foi muito bem acompanhada.
Saíu o disco que gravei com Rui Gomes Pereira. Tem muitas deficiências de ritmo e não só. Foi tudo gravado muito à pressa.
Estive em casa de Durval Moreirinhas para prepararmos os acompanhamentos de um futuro disco de José Afonso. Estamos em princípios de Novembro.
Fui a Azeitão a casa de José Afonso para ensaiar. A gravação ficou adiada para Janeiro.
Saíu o disco de Janita Salomé, “O Melro”. Está muito bem cantado e os instrumentos parecem-me bem adequados às canções. O jornal “Sete” traz uma boa crítica. Diz que “os fados estão cantados e tocados duma maneira irrepreensível”. (Já me referi neste Blog, num "Post" do dia 21 de Março, ao facto de os acompanhamentos de Pedro Caldeira Cabral terem sido praticamente suprimidos).
Fui convidado pelo Vitorino para gravar um LP de guitarradas. Aceitei e marquei a gravação para a segunda quinzena de Janeiro. Estamos em fins de Novembro.
Artur Paredes está muito doente. Tenho de ir vê-lo. Não sei se ainda estará no Hospital Particular.
Estava a tocar no Kopus-Bar quando nos veio a notícia do desastre de Camarate. O espectáculo já não correu bem, talvez devido a pairar no ar um nervosismo geral. Armindo Fernandes é o guitarrista de serviço nesta Casa de Fados.
A última vez que fui ver Artur Paredes ao hospital, encontrei a cama vazia. Era o dia 20 de Dezembro. Dizem-me que partiu para um eterno descanso, bem merecido. Não esperava este desfecho. Sempre pensei que conseguiria vencer mais esta adversidade, mas os desgostos com a morte da esposa e da filha, abalaram-no profundamente. Deixou de ter forças para lutar.
Ao perguntar a um enfermeiro onde se encontrava o corpo, aquele perguntou-me se era parente ou amigo de Artur Paredes. Digo que sou amigo. Perguntam-me então se não me importava de servir de testemunha para identificar o corpo. Lá fui, com lágrimas nos olhos; é ele, sim senhor. Assinei o testemunho. Penso que a família ainda não sabia de nada!
O corpo de Artur Paredes foi sepultado no cemitério do Alto de S. João, em Lisboa, no dia 22 às 15h e 30min.
João Bagão esteve na minha casa, em Almada; veio com Durval Moreirinhas e Rui Gomes Pereira. De seguida foi ouvir-nos ao Kopus-Bar. Toquei o seu Lá menor. No final afirmou que lhe vieram as lágrimas aos olhos.

1981 ... Estive no Porto esta semana de Fevereiro a ensaiar com A. L. de Carvalho Homem. O disco com as minhas peças vai ser gravado para a semana. Fomos a casa de Barros Leite, que canta o tango “Amor de Estudante”, com a Orquestra de Tangos da Universidade do Porto. Esteve presente Cunha Pereira, guitarrista de eleição que tocou o “Movimento Perpétuo” na perfeição. Estava também Mário Freitas que executou uma bonita valsa, de forma invejável. Ouvi também tocar Armando de Carvalho Homem, na sua casa, tirar um som lindíssimo, com os dedos ainda em grande forma. Tocou peças muito belas de sua autoria. São músicas cem por cento coimbrãs. Fez-me recordar os meus tempos de Liceu, em que fui seu aluno e o ouvia tocar em saraus acompanhado pelo “terrível” professor de Matemática, José Serrão, à guitarra e pelo filho deste à viola; ou então aquela cena em que o seguia para ver como eram as suas unhas. Nunca o consegui.
Soube ontem que Augusto Hilário nasceu em 1864, há portanto 117 anos. Criou o fado com o seu nome em 1890 e em 1895 foi actuar a Lisboa num sarau de homenagem a João de Deus.


Exposição de Instrumentos de Música Celta, no café-teatro do TAGV.
Notícia do Diário de Coimbra de hoje. Posted by Hello

quinta-feira, junho 09, 2005


França, 1987. Num Luthier a tocar saltério, acompanhado pelo próprio construtor. Arménio Santos filma a cena. Posted by Hello


Estados Unidos, 1987. Na foto estão: Octávio Sérgio, Frederico Vinagre, Rosa Mota e António Sérgio (Sérgio Azevedo). Posted by Hello


Espectáculo para o clube do BBI, em 1987, banco onde trabalhava o Durval Moreirinhas.
António Sérgio (Sérgio Azevedo) e Octávio Sérgio na guitarra. Durval Moreirinhas na viola e Armando Marta a cantar. Posted by Hello


Antigos Orfeonistas na África do Sul em 1989. Posted by Hello


Antigos Orfeonistas na África do Sul em 1989. Jorge Condorcet a fazer um truque de prestidigitação? Posted by Hello


Antigos Orfeonistas em França, 1989. José Paulo a cantar num convívio, depois de um espectáculo, acompanhado ao piano por António Requixa. Posted by Hello


Convívio na Associação Académica no ano de 1987. Luís Alcoforado canta acompanhado por Carlos Costa e Paulo Soares. Posted by Hello


Convívio na Associação Académica no ano de 1987. Carlos Costa, Paulo Soares e Jorge Gomes executam uma guitarrada. Posted by Hello


Convívio na Associação Académica no ano de 1987. João Farinha canta acompanhado por José Manuel Dourado, António Ralha e Jorge Gomes. Posted by Hello


Convívio nas instalações da Associação Académica de Coimbra, em 1987. Raúl Diniz canta acompanhado por José Manuel Dourado, António Ralha e Jorge Gomes. Posted by Hello


Grupo de Fados da Tuna Académica da Universidade de Coimbra.
Foto tirada do site da TAUC. Posted by Hello

Joaquim d'Azurém

Encontrei na internet o site abaixo. Mostra uma faceta nova para a guitarra portuguesa.
Não perderão nada em dar uma espreitadela e ouvir três peças para guitarra, uma a solo e as outras duas para guitarra e computador, segundo me parece.

http://joaquimdazurem.123som.com/


Partitura de "Variações para Guitarra Inglesa" (1) de António Justiniano Baptista Botelho. Posted by Hello

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Partitura de "Variações para Guitarra Inglesa" (2) de António Justiniano Baptista Botelho. Posted by Hello

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Partitura de "Variações para Guitarra Inglesa" (3) de António Justiniano Baptista Botelho. Posted by Hello

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Partitura de "Variações para Guitarra Inglesa" (4), de António Justiniano Baptista Botelho. Data: ca. 1815.
Parte melódica do tema e Seis Variações para 1ª e 2ª Guitarras Inglesas em compasso 6/8 e tom de Dó maior, com uso das técnicas de pontiado sobre cordas soltas, cordas pisadas e harmónicos.
António Botelho era natural de Castelo Branco, tendo frequentado o Colégio das Artes (1805 - 1807) e a Faculdade de Leis da UC de 1807 - 1808 até 1812.
Recolha de António M. Nunes.
Constato que a peça tem um tema muito interessante, melodioso e com uma segunda guitarra de grande efeito. Nas variações do texto original não consta a 2ª guitarra. Esta, no entanto, será sempre semelhante ao que está escrito no acompanhamento do tema. Para mostrar isso, colocou-se uma segunda guitarra na primeira parte da primeira variação. Nas duas primeiras variações tive a ajuda de Sérgio Azevedo para emendar as deficiências da escrita original e para acrescentar a já referida 2ª guitarra. Posted by Hello

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quarta-feira, junho 08, 2005

Paulo Soares enviou-me o texto que se segue:

PRÓXIMAS TERÇAS-FEIRAS DE MINERVA
CICLO DE CONFERÊNCIAS
"Canção de Coimbra: Textos e Música a Quatro Tempos"

com JORGE CRAVO


1ª Conf. (3ª feira, 7 de Junho, 21h30)
O Modernismo de Edmundo de Bettencourt: 1922-1929(como paradigma de uma Nova Canção de Coimbra)

2ª Conf. (3ª feira, 14 de Junho, 21h30)
O Neo-Modernismo de Luiz Goes: 1953-1983(ou o advento da Escola Goesiana)

3ª Conf. (3ª feira, 21 de Junho, 21h30)
Os anos 60 da Canção de Coimbra(O filão tradicional em tempo de mudança)

4ª Conf. (3ª feira, 28 de Junho, 21h30)
A Geração dos anos 80 da Canção de Coimbra(A recuperação da tradição musical/filão académico após a Crise Académica de 1969)


JORGE CRAVO
Natural de Coimbra (1961).
Licenciatura em História (1988) e especialização em Ciências Documentais (1991) pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Cultor de Canção de Coimbra, com dois discos de originais: Canções d’Aqui (1989) e Folha a Folha (1999).
Nos biénios de 1989/91 e 1998/2000 foi monitor de canto na Secção de Fado da AAC.
Entre 1989 e 1990 foi autor e apresentador de um programa sobre Canção de Coimbra na Rádio Universidade de Coimbra (RUC).
Entre Maio e Julho de 1989 foi autor e apresentador do programa "nas entre-notas do fado" na RDP/Centro.
Colaborou na iniciativa Mês do Fado (Mar. 1998), realizada pela Secção de Fado da AAC, cabendo-lhe uma comunicação sobre os anos 80 da Canção de Coimbra, com base no texto "Para a compreensão do papel da Geração de 80 no evoluir do Canto Académico".
Participou no VI Seminário de Canção de Coimbra (Maio 1998), com a comunicação: "O Novo Canto de Luiz Goes: contributo para a evolução/inovação da música tradicional urbana de raiz coimbrã/filão académico (vulgo "o chamado fado de Coimbra") ".
Colaborou no Mês do Fado (Mar. 99), realizado pela Secção Fado da AAC, com uma comunicação sobre "Edmundo de Bettencourt: um canto gritado".
Participou na sessão "Terças-feiras de Minerva" (Jan.2001), da Livraria Minerva, dedicada à Canção de Coimbra, com a intervenção: "A mundialização da Canção de Coimbra para a valorização cultural da cidade".
A convite do Clube Médico afecto à Ordem dos Médicos – Secção Regional do Centro, na sessão "Venha tomar café com…" (Jun. 2002) apresentou como palestra o tema: "Os médicos e a Canção de Coimbra".
Colaborou em 2002, com o texto "A Geração de 80 da Canção de Coimbra", no livro Canção de Coimbra – testemunhos vivos (antologia de textos), numa edição da responsabilidade do pelouro da Cultura da AAC.
Colaborou com um texto de opinião sobre a importância de Luiz Goes para a Canção de Coimbra, na antologia Luiz Goes: canções para quem vier – Integral 1952/2002, editada pela Valentim de Carvalho em 2003.
Foi autor de uma nótula intitulada "Edmundo de Bettencourt: o poeta e cantor" (Fev. 2003), editada pela Câmara Municipal de Coimbra, por ocasião do Memorial Edmundo de Bettencourt levado a efeito pelos 20 anos sobre o seu falecimento.
Participou no Seminário de Canto e Guitarra de Coimbra no séc. XXI – Novos Caminhos (Abril 2003), realizado em Vila Nova de Famalicão, com a comunicação: "A Questão do Repertório para a Mundialização da Canção de Coimbra – Uma breve abordagem". Comunicação que repetiu, ao participar no I Forum de Canção de Coimbra (Maio 2003), organizado pela Câmara Municipal de Coimbra.
Participou no I Seminário de Canção de Coimbra (Nov.2003), organizado pelo Museu Académico em parceria com a Reitoria da Universidade de Coimbra, com a comunicação: "O ressurgimento da Canção de Coimbra após a crise de 69".
Participou num DVD sobre a História do Fado de Coimbra (2003), com um pequeno depoimento sobre algumas referências e evolução da Canção de Coimbra.
Colaborou na revista Munda (nº 45/46, Nov. 2003) com o artigo " A Presença e a Canção de Coimbra (ou o modernismo de uma nova visão estético-musical desta Canção) ".
Tem, desde 1985, artigos dispersos por várias publicações periódicas locais sobre Canção de Coimbra.
Reside em Coimbra onde exerce a actividade de Bibliotecário, na Biblioteca Municipal (Casa Municipal da Cultura).

Livraria Minerva
Rua de Macau, 52 (Bairro Norton de Matos)
3030-059 Coimbra
Contacto: 917640027
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O Fado de Coimbra não existe
(artigo de Jorge Cravo, saído na revista Rua Larga, nº 8, Abril de 2005)

A ligação do Cantar Coimbrão ao Fado é sustentada em publicações referentes à cultura popular de Lisboa e a este último género musical, afirmando-se que o "Fado de Coimbra" nasceu do Fado de Lisboa. Contudo, a Canção de Coimbra já existia muito antes do Fado ter surgido em Portugal. Todavia, a designação de "Fado de Coimbra" foi sendo aceite, não só por comodismo, mas por uma questão de moda, pois o Fado surgiu em Lisboa no primeiro quartel do século XIX, e como novidade difundiu-se por todo o País.
De verdade, "Fado de Coimbra" começou por ser o título de uma canção popular de meados da década de 40/50 do século XIX, que tem muito mais a ver com a toada regional e local da Música Tradicional de Coimbra do que com o Fado. O facto de nessa altura ser designado de "Fado de Coimbra" um só tema, não permite referência a um Fado como música autóctone, tradicional e enraizada nas gentes da cidade. É que, em título, igualmente existe o Fado de Aveiro, o Fado da Figueira, ou o Fado de Guimarães, entre outros, e nessas localidades não existe a tradição de um Fado próprio e genuíno. Não quer dizer que não se tenha cantado Fado em Coimbra. Precisamente o Fado de Lisboa. Ou que a Canção de Coimbra em períodos de fraca criatividade não tenha andado muito próxima do Fado de Lisboa. Mas, antes do Fado chegar a Portugal, já em Coimbra existia uma entidade musical muito própria, assente numa forte componente popular e na presença de uma comunidade estudantil que, de origem predominantemente aristocrática e burguesa, era detentora de um interesse musical e de uma exigência estética que nada tinham a ver com a vindoura filosofia de vida dos executantes do Fado de Lisboa.

A Canção de Coimbra como fenómeno social

Se, por um lado, a Música Tradicional de Coimbra compreende um conjunto de danças e cantares das fogueiras, as cantigas de trabalho, os cânticos de embalar, as canções de amor e as serenatas, que constituem o repertório do seu filão popular, nada tendo a ver com o Fado; por outro lado, no filão académico, no século XVI (trezentos anos antes do surgimento do Fado em Portugal) era hábito os estudantes de Coimbra cantarem e tocarem noite dentro pelas ruas da cidade; e no século XVIII (cerca de cem anos antes do Fado), os estudantes cantavam milles trovas, quitollis e amphiguris.
Através de festividades várias e de um convívio urbano-estudantil profícuo, uma população futrica ligada a profissões como as de barbeiro, alfaiate, sapateiro e encadernador, fazia a síntese de toda a oralidade musical que até ela chegava; e ao relacionar-se com gente ligada às repúblicas e às casas onde habitavam estudantes, (cozinheiras, engomadeiras, lavadeiras, serventes), as ricas canções locais foram sendo difundidas entre todos aqueles que partilhavam tal sociabilidade. Este intercâmbio cultural conduziu à retenção de formas mais eruditas e mais elaboradas de interpretação por parte do filão popular, reforçando-se um distanciamento salutar da Canção de Coimbra em relação ao Fado de Lisboa. Veja-se que ao nível da vocalização, esta Canção – sob o ponto de vista da projecção de voz, da dicção, do "dizer" os versos – tem alguma influência operática (reminiscências da modinha italiana, da qual o filão académico foi fortemente influenciado), mas sofrendo tal diluição em contacto com o cantar popular, releva-se o cunho regional e local da tradição musical coimbrã, e o estilo operático acaba despercebido. Ora, estas reminiscências vocais operáticas não se encontram no Fado de Lisboa. Um Fado que, partindo das camadas mais baixas da população lisboeta, não tinha condições culturais para qualquer ligação à música erudita, clássica e dramática, enquanto a Canção de Coimbra, com a presença dos estudantes ganhou sempre um cariz erudito, mas sem nunca perder as suas raízes populares regionais e locais.

Evolução da Canção de Coimbra

Fruto da sua oralidade como forma tradicional de transmissão, esta Canção difunde-se através da troca de sensibilidades musicais entre novos e antigos cultores, populares e académicos, num ensaio, numa tertúlia, numa qualquer demonstração despretensiosa do que se sabe e se cria. Mais do que escolas profissionais de Canto e Guitarra ou Conservatórios de Música, a vivência humana do Cantar Coimbrão, naquilo que o envolve em termos de memória histórica, "escolas" de interpretação, poesia, valores de solidariedade e fraternidade, continua a ser uma forma de aprendizagem por excelência desta tradição musical. É que a Canção de Coimbra vive de uma constante improvisação em torno de tudo o que constitui o seu imaginário.
Em suma: o "Fado de Coimbra" não existe. O que existe é uma Canção Tradicional, regional e local, com um duplo filão (o popular e o académico) enraizada nesta cidade, que tem a Serenata (expressão musical para concerto tocado e/ou cantado e não apenas ritual de cortejamento), como a sua manifestação artística mais genuína, embora esta Canção esteja aberta a outras formas de divulgação.

Jorge Cravo
Licenciatura em História e especialização
em Ciências Documentais pela FLUC
Cultor de Canção de Coimbra


Ciclo de Conferências "Canção de Coimbra: Textos e Música a Quatro Tempos", de Jorge Cravo, na Livraria Minerva.
Na foto, Jorge Cravo no uso da palavra. Posted by Hello


Ciclo de Conferências "Canção de Coimbra: Textos e Música a Quatro Tempos", de Jorge Cravo, na Livraria Minerva.
Cultores da Música Coimbrã após a 1ª conferência:
Amândio Marques Ferreira, Rui Lopes, Mário Rovira, Manuel Coroa (filho), Jorge Cravo, Bruno Costa, Manuel Coroa e Jorge Gomes (atrás). Posted by Hello


Ciclo de Conferências "Canção de Coimbra: Textos e Música a Quatro Tempos", por Jorge Cravo, na Livraria Minerva. Um aspecto da assistência à primeira conferência.


Ciclo de Conferências "Canção de Coimbra: Textos e Música a Quatro Tempos", com Jorge Cravo, na Livraria Minerva, Coimbra. Isabel Garcia Faz a apresentação de Jorge Cravo. Posted by Hello


Ciclo de Conferências "Canção de Coimbra: Textos e Música a Quatro Tempos", com Jorge Cravo, na Livraria Minerva, Coimbra. Foi proferida hoje a primeira conferência, uma belíssima lição dada por Jorge Cravo. A música de Coimbra agradece o seu esforço. Pena é que os cultores da sua música se mostrem tão distantes dos seus problemas. Há poucas pessoas interessadas, ou excesso de comodismo? Quem não foi perdeu uma boa oportunidade de ficar melhor documentado sobre alguns dos seus aspectos.
Obrigado a Jorge Cravo e à Livraria Minerva. Posted by Hello

terça-feira, junho 07, 2005


França, 1989. Antigos Orfeonistas, com José Paulo, Octávio Sérgio e Mário de Castro. Posted by Hello


Cabo Verde, 1985.
António Bernardino, Durval Moreirinhas, Octávio Sérgio e Arménio Santos. Posted by Hello

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