sábado, fevereiro 18, 2006

FADO DA DESPEDIDA DO 5º ANO MÉDICO de 1927-1928
Música: Manuel Raposo Marques (1902-1966) e Eduardo Vaz Craveiro
Letra: Eduardo Vaz Craveiro
Origem: Coimbra
Data: 1928





















Foram-se as fitas queimadas
E o fumo subiu no ar;
Ao ver o fumo das fitas
Senti a alma a chorar.
*
Oh meu amor pobrezinho!
Oh minha esguia andorinha!
Toma lá, faz o teu ninho
Na minha capa velhinha.
*
Canta-se o 1º dístico, repete-se, canta-se o 2º e repete-se.
Esquema do Acompanhamento:
1º Dístico:
-Fá menor, Sol 7 /// 2ª Fá, Fá menor;
2º Dístico
-Fá Maior, Fá 7, Si b menor /// Fá menor, Sol 7, 2ª Fá; (1ª vez)
-Fá menor, Fá maior, Fá 7, Si b menor /// Fá menor, 2ª Fá, Fá menor; (2ª vez)

Informação complementar:
Composição musical estrófica em compasso quaternário (4/4) e tom de Fá menor, feita no primeiro semestre de 1928 para a récita de despedida dos quintanistas de Medicina da UC, com estreia no Teatro Avenida a 25 de Maio de 1928. A peça teatral tinha por título “O veneno das seringas”, com assinatura de José de Matos Braz e Eduardo Vaz Craveiro. Terá sido o co-autor, Eduardo Vaz Craveiro, a estrear esta composição no palco do Avenida, possivelmente no tom de Mi menor, com a seguinte letra original:

Guitarras!... Nossas guitarras,
De voz troveira em saudade;
Chorai mansinho, chorai
Num adeus à Mocidade.
*
Foram-se as fitas queimadas
E o fumo subiu no ar;
Ao ver o fumo das fitas
Senti minh’alma a chorar.
*
E o fumo sempre subindo
Foi a perder-se nos Céus,
Como a dizer que partia
A pedir por nós a Deus.
*
Oh meu amor pobrezinho!
Oh minha esguia andorinha!
Toma lá, faz o teu ninho
Na minha capa velhinha.

Espécime primeiramente gravado por Armando Goes, em Setembro de 1929, acompanhado à guitarra por Albano de Noronha e, em violão, por Afonso de Sousa: disco de 78 rpm His Master’s Voice, E.Q. 238, master 30-1725.
A interpretação de Armando Goes é excepcional em termos de dicção, ritmo, e enfatização dos tempos fortes, marcada por um raro vigor expressivo. Apoiam o cantor Albano de Noronha (guitarra) e Afonso de Sousa (violão), na execução de um bom arranjo de acompanhamento.
Segundo informação de Eduardo Dinis Gomes Vaz Craveiro, filho do autor da letra, a música foi feita por Raposo Marques de parceria com seu pai e não só por Raposo Marques. Porém, na discografia só figura o nome de Raposo Marques como autor da música.
Conforme se pode atestar, Armando Goes canta a 2ª e a 4ª quadras do texto original, alterando o 4º verso da 2ª quadra para «Senti a alma a chorar».
Este “fado de despedida”, com as duas quadras da gravação Armando Goes, foi cantado nas Serenatas de Coimbra, transmitidas na 2ª metade da década de 1940 pela Emissora Nacional. As referidas emissões costumavam ocorrer aos domingos pelas 23 horas, com retransmissão às 6ªs feiras, por volta das 13:30 horas. Fernando Rolim gravou este mesmo“fado de despedida” em 1958, sob o título “Fado de Despedida” (Ó meu amor pobrezinho), acompanhado à guitarra por António Brojo e António Portugal e, em violões de cordas de aço, por Aurélio Reis e Mário de Castro: EP “Fernando Rolim”, Parlophone, LMEP 1028, invertendo a ordem das referidas duas quadras. A referida gravação veio a ser reeditada no LP “Fados e Baladas de Coimbra”, Parlophone-VC, 8E 046 40 169, de cerca 1971.
Esta composição foi cantada na Sé Velha, na Serenata Monumental da Queima das Fitas de 5 de Maio de 1989 pelo estudante de Direito Rui Silva, acompanhado pelo Grupo Académico de Fados e Canções de Coimbra: António José Moreira/Henrique Ferrão (gg) e José Carlos Ribeiro/Luís Miguel Martins/Manuel Pêra Fernandes (vv).
Com o título encurtado para “Fado da Despedida”, encontra-se gravado por Rui Silva, na cassete “Tempos Idos”, Coimbra, public-art 09508, ano de 1995, Lado A, faixa nº 4, acompanhado por Octávio Sérgio/José dos Santos Paulo (gg) e César Nogueira (v). Manuel Raposo Marques é o único autor indicado neste registo.
Por seu turno, a versão Fernando Rolim foi gravada pelo cantor activo na Região do Porto Carlos Costa, acompanhado pela formação Rocha Ferreira/Tomás Silva (gg) e Manuel Valdrez/Francisco Costa (vv): LP “Do Coupal até à Lapa”, Horizonte, LPS-21, ano de 1984, vertido no CD “Carlos Costa. Quarteto de Coimbra”, Horizonte, CDH-081, ano de 1994. O único autor mencionado é Raposo Marques.
A estrofe “Ó meu amor pobrezinho” sofreu grande popularização em Coimbra, constando numa composição da autoria de Francisco Serrano Baptista, na qual o título reproduz o incipit.
Na tradição oral conimbricense, esta composição costuma, não raras vezes, ser imputada a Adélia Raposo Marques, esposa de Raposo Marques (MRM). Cremos que se trata de um rumor posto a correr pelos detractores de MRM, pois conforme se pode ver, a presente composição foi feita por MRM+Vaz Craveiro. À data da feitura da obra, MRM e Vaz Craveiro eram membros do Orfeon Elias de Aguiar, e solteiros.

Transcrição musical: Octávio Sérgio (2006)
Texto e pesquisa: José Anjos de Carvalho e António Manuel Nunes
Agradecimentos: Eduardo Dinis Gomes Vaz Craveiro, António Serrano Baptista

Manuel da Fonseca

Biografia e entrevista retiradas do site da Escola Secundária Manuel da Fonseca de Santiago do Cacém.

Manuel da Fonseca foi um dos autores cantados por Adriano Correia de Oliveira, no LP "Adriano Correia de Oliveira - Que Nunca Mais", da Orfeu (STAT 033), Edição Arnaldo Trindade, disco que tem a colaboração da guitarra de Carlos Paredes.
foto de António Ferreira

Manuel da Fonseca nasceu em 15 de Outubro de 1911, em Santiago do Cacém. Aqui se manteve até completar a instrução primária.

Desde muito cedo, por influência do pai, se iniciou no mundo da leitura.

Na escola, cultiva a sua paixão pela escrita.

A continuação dos estudos leva-o a Lisboa onde frequenta o colégio Vasco da Gama, o Liceu Camões e a Escola Lusitânia e, mais tarde, a Escola de Belas Artes. As férias passa-as em Santiago do Cacém.

Na grande cidade dá longos passeios. A vida nocturna fascina-o.

Encontra os seus primeiros empregos no comércio e na indústria. Apesar de muito ocupado, encontra tempo para o toureio e o desporto - jogou futebol, interessou-se pela espada e florete e ousou mesmo ganhar um campeonato de boxe.

Em 1925 publica num semanário de província os seus primeiros versos e narrativas.Foi habitual colaborador em revistas literárias, como O Pensamento, Vértice, Sol Nascente e Seara Nova. Contestatário e observador por natureza, a sua escrita era seguida de perto pela censura.

Faleceu em 11 de Março de 1993, com 81 anos.

OBRA:

Rosa dos Ventos (poemas), 1940 Planície (poemas), 1942 Aldeia Nova (contos), 1942 Cerromaior (romance), 1943 O Fogo e as Cinzas (contos), 1951 Seara de Vento (romance), 1958Poemas Completos, 1958 Um Anjo no Trapézio (contos), 1968 Tempo de Solidão (contos),1973 Crónicas Algarvias (contos), 1986
Morreu um neo-realista, um escritor que recusava esse rótulo de estilo - e, com ele, a memória duma época de miséria e ousadias, de tertúlias e repressão. Ficaram livros, depoimentos, as crónicas nos jornais, e a entrevista que hoje publicamos, a última que deu, no poiso duma das suas últimas tertúlias
Nuno Lopes


MANUEL DA FONSECA "

Escrevo porque sou do contra"

Ao princípio da madrugada do passado dia 11 de Março falecia Manuel da Fonseca. Contava 81 anos de idade e mais de meio século de actividade literária. Esta é provavelmente a sua última entrevista, dada no seu paradeiro habitual, o Café Expresso, ao largo da Misericórdia, em Lisboa - primeira de uma série, integrava-se num projecto que procuraria traçar o perfil não só do escritor como do cidadão. Manuel da Fonseca nasceu em Santiago do Cacém e começou por escrever no jornal local: «Há sempre aquela ‘gavetazinha’ que um rapaz tem na escrevaninha e que sem o saber vai lá uma pessoa de família, uma tia... e foi assim que começaram a aparecer os meus primeiros escritos em alguns jornais. Eu escrevo, não desde 38, mas logo no início de 30, as pessoas é que não sabem e não me cabe informá-las.»
EXPRESSO - O Manuel da Fonseca é considerado um precursor do neo-realismo em Portugal. Há um tempo atrás afirmou que não era tanto assim, neo-realismo era uma palavra que nem lhe passava pela ideia...
MANUEL DA FONSECA - E assim é! Sinto-me mal em relação a isso. Eu nem sequer disse que era neo-realista. Foram os críticos que acharam que eu era neo-realista, eu não disse nada. No fundo, era um indivíduo que lá tinha a minha ideia sobre o que seria - isso era antes uma palavra para defesa da vida e à defesa da Censura. Foi uma palavra que o Joaquim Namorado arranjou para fugir à Censura.
EXP. - Se tivesse de lhe dar um nome, qual seria?
M.F. - Talvez dissesse antes uma literatura de realismo dialéctico, mas não sei.
HERBERTO HELDER - (intervindo da mesa ao lado, que o Café Expresso é tertúlia dos clientes de sempre) Um realismo lírico...
M.F. - Lírica é toda a nossa literatura, até a mais dramática. A gente começa a escrever porque são aquelas coisas que acontecem perante o ambiente em que nós nascemos. Quando nascemos somos contra, é próprio de quem nasce estar contra os que cá estão. Toda a arte está contra. Escrevo porque estou contra!

Comecei a escrever porque de tudo o que já experimentara era o que melhor fazia. Escrevi em vários jornais - ganhava bem, cerca de 400$00 por crónica, e escrevia duas por semana. E certo que no República ganhava menos, mas eles também tinham dificuldades e não era só isso que contava. Acho que o escritor deve ser um profissional e como tal viver da economia própria do produto que faz, e isso, é claro, também obriga a determinadas coisas...
EXP. - Como por exemplo?
M.F. - A publicidade, as entrevistas, os comentários...
EXP. - Isso não será fazer parte de uma engrenagem em que tempos atrás se recusava a participar?
M.F. - E não participo. Eu não sei de nada. Isso é com o editor, ele é que sabe. Os meus livros por exemplo, continuam a vender. Não se diz nada, não se faz publicidade, mas eles vendem!
EXP. - E quanto a uns livros que estão prometidos?
M.F. - Se começo a escrever, nunca mais paro. E dia e noite e não tenho sossego. Por isso estou parado. Também não preciso. Arrumei uns papéis e logo se verá. De facto, tenho um que começaria com o fim da 1 Guerra Mundial e depois viria até ao 25 de Abril. Seriam três volumes, mas não sei... E depois, é como lhe digo, não ando tão necessitado como isso. Talvez noutro tempo.
EXP.- Trata-se de um romance Histórico?
M.F.- O romance histórico é um romance menor; é uma pequena história, e esta é própria do indivíduo e não do todo. Não é criação.
EXP. - E o sucesso do Memorial do Convento?
M.F. - Tem uma coisa rara que era muito comum no século XIX e que o Saramago faz muito bem, a ironia. Mas não deixa de ser uma pequena história.
EXP. - Então a literatura deve apenas reflectir o presente?
M.F. - Claro está! Não há futurismos na literatura. O único homem que falou de futuro, e no sentido técnico, é o Júlio Verne. De resto, não há futuro, o presente já é futuro.
EXP. - Veio para Lisboa muito cedo. Como vê a evolução da cidade?
M.F. - Lisboa é muito bonita e eu gosto muito: é uma aldeia. Veja por exemplo a Estefânia. Aquele bairrozinho para onde vim morar quando vim do Alentejo está agora irreconhecível..; e ainda bem. Lisboa está diferente e para melhor, mas ainda continua a ser aquela Lisboa que me levou a gostar ainda mais do Alentejo, do meu Alentejo. Tudo é ao contrário desse Alentejo, e por isso eu aprendi a gostar ainda mais dele. As pessoas zaragatam, fazem-nos ma cara, mas são encantadoras. Lá fora, há tanta gente nas ruas, e não acontece nada. Aqui basta darmos dois passos para encontrarmos uma discussão, uma exaltação, mas isso é vida, é cor.
EXP. - É fado...?
M.F. - Gosto de tudo que vem do povo. Pode ter nascido nas vielas ou até ter raízes africanas, não se sabe, mas é do povo e eu gosto. Temos aquela Amália que é um caso sério, uma grande senhora. E tínhamos o Alfredo Marceneiro. Cheguei a ser amigo do Marceneiro, fomos presos juntos e estive muitas vezes na sua casa.
EXP-...
M.F. - Havia ali na Rua Morais Soares um café de camareiras, a Rosa Branca: umas pequenas que faziam uns brindes e depois nós comprávamos. Conversava-se e ouvia-se o fado. As duas por três, houve lá qualquer coisita entre dois pretendentes e uma camareira e, zás pás trás, pancadaria geral - eu fiquei na mesma cela que o Alfredo. Passei a ir com ele aos fados. Certa vez fomos ouvir a Amália ali para o Bairro Alto, ia também connosco o Carlos de Oliveira, e o Alfredo puxou de debaixo da mesa um álbum onde guardava crónicas minhas... Outra vez, também nos fados, vimos um homem já velhote, baixinho, assim como que apagado, não se fazendo anunciar, e de repente o povo apercebe-se da sua presença, levanta-se e aplaude-o. Era o Teixeira de Pascoaes!
EXP. - O fado foi também uma forma de aproximar o povo dos considerados grandes poetas...
M.F. - Então não foi? Teve um papel muito importante. A Amália, e depois outros. Veja por exemplo esse grande rapaz, o Ary, o Ary dos Santos, as coisas bonitas que fez. E o Carlos do Carmo? E um rapaz que também fez isso, aquelas voltas, é magnifico!
EXP. - A memória é uma constante no que diz.
M.F. - No viver, sim. Está ali o Herberto Helder que é um dos grandes poetas, e meu amigo. Aqui estamos todos reunidos, bebemos qualquer coisa, e conversamos como iguais, não há cá essas coisas de «eu sou mais importante que tu portanto cala-te».
EXP. - Definiria assim o seu estilo de viver...
M.F. - Não tenho a noção do tempo. Quero é estar à volta de uma mesa com uns amigos. Uma vida simples e pura. Ando muito a pé, tenho amigos estranhos, converso aqui e ali, oiço muito, e lá nos encontramos nas tabernas.
EXP. - E como se movimenta nos meios literários?
M.F.- Muito mal. É uma jogada fina. Dizes bem de mim que eu digo bem de ti, nós é que somos bons. E um mundo com muita hipocrisia. Eu não frequento os meios literários, sou muito malcriado porque digo logo o que sinto. Aliás nisso sou como o Lobo Antunes. Hoje há uma intelectualidade balofa, uma vaidade de calça de ganga: grandes parangonas nos jornais deste e daquele escritor, mas tudo é efémero, nada vai ficar - como a rosa daquele poeta francês. Veja por exemplo o Fernando Pessoa. Eu conheci o Manuel Martins da Nóbrega, que foi patrão do Fernando Pessoa. Costumava dizer às vezes, quando ia ao escritório e via a máquina de escrever em determinado lugar: «O meu Fernando esteve cá a trabalhar.» Veja esta singeleza de ter convivido com um génio e a forma simples e grande ao mesmo tempo ao dizer «o meu Fernando», é muito bonito, quase comovedor até...
EXP. - E em relação aos críticos?
M.F. - São uns senhores muito altos que não sabem do que falam, põem um adjectivo seguido de outro com um ponto de exclamação a meio, e nós não percebemos nada. O melhor é ler o livro!
EXP. - E com a política?
M.F. - A política é trágica e já não me interessa no sentido que me interessou. Mas continuo a ir ao Alentejo e a falar com os camponeses. E continuo no PCP, embora em relação ao actual momento não disponha de dados para estar aqui a falar. As circunstâncias do mundo mudaram-se e a política mudou-se. Mas devo-lhe dizer que também não é como os jornais dizem. Mas enfim, eu sou do contra na política.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006



Luís Pignatelli (pseudónimo literário de Luís Oliveira de Andrade) nasceu em Espinho a 1 de Janeiro de 1935 e morreu em Lisboa a 20 de Dezembro de 1993. Em Espinho fez a instrução primária e frequentou o liceu. Nas lides da escrita, estreia-se em Maio de 1953 na revista Bandarra, com o poema Aguarela (assinado por Luís de Andrade e não ainda Pignatelli). Nesta revista, publicada no Porto, em 3 séries, entre 1953 e 1964, continuará a colaborar até à sua ida e fixação de residência em Coimbra, nos meados da década de 50, onde, de passagem, na revista Vértice, assina alguns poemas. Deste tempo de Coimbra data a amizade com José Afonso, através do qual alarga o seu leque de amizades a Herberto Hélder, Adriano Correia de Oliveira, António Quadros, Manuel Alegre, entre outros. Em 1963 passa alguns meses em Moçambique, onde trabalha como jornalista, na Tribuna de Lourenço Marques. De regresso a Portugal, volta para Coimbra, mudando-se definitivamente para Lisboa no verão de 1965. Aí frequenta tertúlias, colabora nos suplementos literários de vários jornais (por vezes sob o pseudónimo de Athayde de Andrade), traduz, aparece representado em algumas antologias (por exemplo, na Antologia da Poesia Concreta em Portugal, de E. M. Melo e Castro e José-Alberto Marques) Em 1973, no Círculo de Poesia, da Moraes Editores, publica o seu único livro, Galáxias.
Texto e foto extraídos do Blog Insónia.

quinta-feira, fevereiro 16, 2006


Protocolo assinado entre o ISEC e a Associação Cultural Coimbra Menina e Moça. Notícia do Diário das Beiras de ontem. Foto de Luís Carregã. Posted by Picasa


Comemora-se hoje o 81º aniversário do nascimento de Carlos Paredes. Prestemos-lhe uma singela homenagem tocando uma obra sua ou simplesmente escutando uma das suas magníficas composições.
Foto de Luís Paulo Moura, tirada no Porto, no Rivoli, em 25-3-1992 e inserta no livro "Carlos Paredes - A guitarra de um povo", de Octávio Fonseca Silva.

quarta-feira, fevereiro 15, 2006


O Doutor Vasconcelos com capelo Posted by Picasa
O Padre Doutor António de Vasconcelos na década de 1920. Fotografia existente na sala do Director do Arquivo da UC, reproduzida em António de Vasconcelos, "Escritos Vários", Volume I, 2ª edição, Coimbra, AUC, 1987 (prefácio, biografia e levantamento bibliográfico por Manuel Augusto Rodrigues).
Vasconcelos está fotografado com Hábito Talar eclesiástico, sendo visível o capelo de Letras/Teologia (azul escuro e branco) que encomendou passou a usar desde 1916.
AMNunes


O lente António de Vasconcelos Posted by Picasa
Uma das mais famosas fotografias do Padre Doutor António Garcia Ribeiro de Vasconcelos (S. Paio de Gramaços, 1/06/1860; Coimbra, 1/08/1941), licenciado pela Faculdade de Teologia da UC em 7/03/1885, Doutor em Teologia pela UC (12/05/1886), sacerdote (6/06/1885), lente da Faculdade de Teologia (1887-1910), Lente de História da Faculdade de Letras da UC (1911-1930), Director da Faculdade de Letras e do Arquivo da UC (1901-1927) e Doutor "ipso facto" pela Faculdade de Letras da UC (1/07/1916).
A fotografia , sem data, terá sido tirada num momento em que Ribeiro de Vasconcelos representou o Reitor, uma vez que se apresenta apenas com o Barrete doutoral de Teologia/Letras. Deve datar de 1936, altura em que o Ministro da Educação António Carneiro Pacheco foi a Coimbra impôr-lhe com grande aparato público a Grã-Cruz da Ordem de Santiago, ou talvez de 1937, ano áureo das comemorações da transferência joanina da Universidade para Coimbra.
Além das veneras que permitem datar a fotografia de ca. 1936-1937, António de Vasconcelos enverga Capa e Batina de modelo eclesiástico preto, cinta com pendentes, volta branca e cabeção e a Borla (barrete) que mandou fazer em 1916, misturando a cor de Teologia (branco) com a adoptada oficialmente pela Faculdade de Letras em 1911 (azul ferrete). Tal atitude radicou no facto de nesse ano de 1916 o Conselho da Faculdade de Letras ter deliberado atribuir aos antigos lentes da Faculdade de Teologia o "grau de doutor ispo facto" que dispensava a prestação de provas académicas. Foram então distinguidos António de Vasconcelos, Porfírio António da Silva, Mendes dos Remédios, Alves dos Santos e Oliveira Guimarães (actas de 1/07/1916). Foram doutorados "ipso facto" na mesma altura Eugénio de Castro e Carolina Michaelis.
Uma tal avalanche de doutoramentos implicou diversas encomendas de insígnias destinadas às diversas Faculdades que estavam a conferir as distinções aos respectivos membros dos corpos docentes, colocando prementemente a necessidade de definir qual o Trajo Académico a usar pela Universidade laicizada em 1910. Eugénio de Castro era formado pelo Curso Superior de Letras de Lisboa. Carolina Michaelis tinha um doutoramento na Alemanha.
Pelo que apurámos, na cerimónia honorífica de 1916, Carolina Michaelis de Vasconcelos recebeu a borla e capelo azul escuro com vestido preto comprido e capa talar. A Ribeiro de Vasconcelos deve a UC a reforma do selo hoje em uso (desenhado por António Augusto Gonçalves mediante orientações estritas de Vasconcelos), a adopção do azul escuro como cor oficial da nova Faculdade de Letras (invocando a herança das Faculdades de Artes e de Filosofia, Vasconcelos conseguiu posicionar a Faculdade de Letras em primazia na ordem das antiguidades), e também o Trajo Talar dos lentes, reformado em 1916 por uma Comissão activa em 1915-1916, integrada por António de Vasconcelos (Letras), Álvaro Basto (Ciências) e António Carneiro Pacheco (Direito).
Fotografia: Padre Moreira das Neves, "O Cardeal Cerejeira", Lisboa, ProDomo, 1948.
AMNunes


Alunos do Alexandre Herculano Posted by Picasa
Manuel Gonçalves Cerejeira entre os alunos do Liceu Alexandre Herculano, do Porto (identificado pela seta vermelha), estabelecimento que frequentou no ano lectivo de 1905-1906. O Liceu funcionava num casarão da Rua de São Bento, paredes meias com a Relação velha, que depois albergou a Polícia Judiciária. Merecem reparo o ar muito composto do grupo e o respeito pelas batinas abotoadas.
Fotografia: Padre Moreira das Neves, "o Cardeal Cerejeira", Lisboa, ProDomo, 1948.
AMNunes

terça-feira, fevereiro 14, 2006


Partitura de "Vivi um Sonho" de Virgílio Caseiro. Canção de Coimbra no estilo tradicional, embora com uma harmonia mais elaborada que o habitual. Faz também parte do livro de Virgílio Caseiro "Novas Canções para Coimbra", editado pela Musicentro. Posted by Picasa


Beca da UNova Posted by Picasa
Grande plano da Beca e Barrete redondo adoptados pela Universidade Nova de Lisboa. Trecho do cortejo de doutoramento honoris causa do Rei de Espanha (1989). Esta cerimónia revelou-se fértil em desfile de uniformes variados, incluindo a Clássica de Lisboa, a Nova de Lisboa, trajos norte-americanos de lentes da Faculdade de Economia (Boaventura Sousa Santos, Carlos Fortuna), trajos de lentes espanhóis que acompanharam o monarca (fotos infelizmente perdidas). A pópria Rainha desfilou em trajo doutoral espanhol e assim esteve sentada nas doutorais da Sala dos Capelos.
AMNunes


Beca da ULisboa Posted by Picasa
Lente de Letras, com Beca da Universidade (Clássica) de Lisboa, correspondente às reformas implementadas em 1960. Bem visíveis os alamares peitorais, a faixa, as palas de ombros e os mangões com o azul escuro. Porte sem o Barrete doutoral redondo. Um pouco mais atrás, perfilham-se os lentes de Direito Almeida Garrett e Figueiredo Dias.
Trecho do cortejo de doutoramento honoris causa do Rei de Espanha (1989).
AMNunes


Cortejo doutoral do Rei de Espanha Posted by Picasa
Cortejo de doutoramento honoris causa do Rei de Espanha, D. Juan Carlos, em deslocação da Biblioteca Joanina para a Sala dos Capelos da UC, em 17 de Maio de 1989. São identificáveis em 1º plano o Dr. Carlos Luzio Vaz (Secretário Geral da UC e Mestre de Cerimónias, com Hábito Talar e Vara de prata), D. Juan Carlos (de Hábito Talar, com Capelo da Faculdade de Direito) e o Padrinho, Prof. Doutor Orlando de Carvalho (coisa rara, sem as luvas de pelica).
AMNunes


"Typos de Coimbra" (1), artigo da "Ilustração Portugueza" com o nº 49 de 28 de Janeiro de 1907, da autoria de Mario Monteiro, com fotos de José Gonçalves. Este Post e os que se seguem até ao nº 14, pertencem ao espólio de Joaquim Pinho. Posted by Picasa


"Typos de Coimbra" (2), artigo da "Ilustração Portugueza" com o n 49 de 28 de Janeiro de 1907, da autoria de Mario Monteiro, com fotos de José Gonçalves. Posted by Picasa


"Typos de Coimbra" (3), artigo da "Ilustração Portugueza" com o n 49 de 28 de Janeiro de 1907, da autoria de Mario Monteiro, com fotos de José Gonçalves. Posted by Picasa


"Typos de Coimbra" (4), artigo da "Ilustração Portugueza" com o n 49 de 28 de Janeiro de 1907, da autoria de Mario Monteiro, com fotos de José Gonçalves. Posted by Picasa


"Typos de Coimbra" (5), artigo da "Ilustração Portugueza" com o n 49 de 28 de Janeiro de 1907, da autoria de Mario Monteiro, com fotos de José Gonçalves. Posted by Picasa


"Typos de Coimbra" (6), artigo da "Ilustração Portugueza" com o n 49 de 28 de Janeiro de 1907, da autoria de Mario Monteiro, com fotos de José Gonçalves. Posted by Picasa


"Typos de Coimbra" (7), artigo da "Ilustração Portugueza" com o n 49 de 28 de Janeiro de 1907, da autoria de Mario Monteiro, com fotos de José Gonçalves. . Posted by Picasa


"Typos de Coimbra" (8), artigo da "Ilustração Portugueza" com o n 49 de 28 de Janeiro de 1907, da autoria de Mario Monteiro, com fotos de José Gonçalves. Posted by Picasa


"Typos de Coimbra" (9), artigo da "Ilustração Portugueza" com o n 49 de 28 de Janeiro de 1907, da autoria de Mario Monteiro, com fotos de José Gonçalves. Posted by Picasa


"Typos de Coimbra" (10), artigo da "Ilustração Portugueza" com o n 49 de 28 de Janeiro de 1907, da autoria de Mario Monteiro, com fotos de José Gonçalves. Posted by Picasa


"Typos de Coimbra" (11), artigo da "Ilustração Portugueza" com o n 49 de 28 de Janeiro de 1907, da autoria de Mario Monteiro, com fotos de José Gonçalves. Posted by Picasa


"Typos de Coimbra" (12), artigo da "Ilustração Portugueza" com o n 49 de 28 de Janeiro de 1907, da autoria de Mario Monteiro, com fotos de José Gonçalves. Posted by Picasa


"Typos de Coimbra" (13), artigo da "Ilustração Portugueza" com o n 49 de 28 de Janeiro de 1907, da autoria de Mario Monteiro, com fotos de José Gonçalves. Posted by Picasa


"Typos de Coimbra" (14), artigo da "Ilustração Portugueza" com o nº 49, de 28 de Janeiro de 1907, da autoria de Mario Monteiro, com fotos de José Gonçalves.
Espólio de Joaquim Pinho. Posted by Picasa

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