sábado, novembro 24, 2007

Mário Henriques

Site de Mário Henriques onde se pode apreciar a sua virtuosidade na guitarra portuguesa. Basta aceder ao endereço abaixo e clicar em ÁUDIO. Para minha grata surpresa, encontro aqui o meu Ré menor, ao vivo, numa execução primorosa. Parabéns aos executantes.

Cidade Universitária de Coimbra

Pensada por Duarte Pacheco e José Cottinelli Telmo, e continuada por Cristino da Silva, a inacabada Cidade Universitária de Coimbra configura um mau exemplo de imposição da vontade do Estado sobre um local profundamente marcado pela história e pela antropologia. Outro exemplo português digno de comparação é a antiga aldeia de Vilarinho das Furnas.
À semelhança das operações de arrasamento levadas a cabo por Mussolini em Roma, e por Ceausesco em Bucareste, o Estado Novo impôs a demolição da antiga Alta de Coimbra para ali concentrar uma impossível cidade universitária.
O projecto, eivado de ambições monumentalistas e comportando inequívoca linguagem totalitária, não quis compreender nem o sítio, nem as pessoas que ali habitavam. Nesta maquete pode inteligir-se o que se pretendia construir na Praça de D. Dinis, numa imitação de Piacentini e da Cidade Universitária de Roma.
O que impressiona na releitura das intervenções dos homens de saber que eram os lentes da casa - os quais foram dando opinião sobre o projecto -, é a incapacidade revelada em demonstrar que o paradigma da Acrópole como "Lusa Atenas" não era compaginável com a Roma imperial. Mas Duarte Pacheco era lá homem de escutar quem se lhe atravessava no caminho?
[imagem divulgada por Nuno Rosmainho Rolo na sua tese de doutoramento sobre a Cidade Universitária de Coimbra]
Do Blog http://virtualandmemories.blogspot.com/

Comemoração do 37º Dia do Antigo Estudante de Coimbra, realizada no Casino da Figueira da Foz. Diário as Beiras de ontem, no suplemento "Olá Gente".

Kátia Guerreiro e o Grupo Canção de Coimbra actuam no dia 28 no Convento de S. Francisco. Diário de Coimbra de ontem.

sexta-feira, novembro 23, 2007

Homenagem a Miguel Torga, a 24 de Novembro, pelas 21h30, no Salão-Teatro do Inatel em Coimbra.

José Afonso homenageado em Carcavelos.

25 Anos do Disco


SAUDADES DA RUA LARGA,
FADO E GUITARRA DE COIMBRA

Há 25 anos foi editado o Disco de 33 rpm – Saudades da Rua Larga, cantado por Pedro Magalhães Ramalho, acompanhado pelo Grupo Tertúlia Académica da Rua Larga. Do Grupo, faziam parte, nas guitarras, Eng. José Silva Ramos, Dr. Fernando M. Xavier, Eng. Teotónio Xavier e Dr. H. Amado Gomes. Nas violas, estavam o Dr. Carlos Figueiredo e Dr. A. Ferreira Alves. O disco constitui um marco significativo e uma homenagem à “Década de Oiro”, dos anos 20, do Fado de Coimbra, e também uma referência, na História do Fado de Coimbra, no ano de 1982.

Vai realizar-se no dia 30 de Novembro de 2007, pelas 20.00, no Restaurante Espaço Tejo, Centro de Congressos de Lisboa, Praça das Indústrias (Parque das Nações – Antiga EXPO), um jantar comemorativo dos 25 anos da edição do Disco.

Na ocasião, teremos um momento de Coimbra, em que Pedro Magalhães Ramalho, cantará algumas das composições do disco, e em que será apresentado um DVD evocativo.

Convidamos V. Exa. a associar-se a este jantar, através do telefone 96 273 49 61 (Manuel F. Marques Inácio), ou do e.mail: marques.inacio@gmail.com. O jantar terá um custo de 25 euros.

Lisboa 4 de Novembro de 2007

Saudações Académicas

A Comissão Organizadora

Manuel Fernando Marques Inácio
Luís do Cruzeiro Penedo
Elias Cachado Rodrigues

quarta-feira, novembro 21, 2007

Pedro Caldeira Cabral no Teatro Municipal da Guarda. Diário as Beiras de hoje.

Eduardo Aroso enviou-me esta nota:
A propósito do texto de Álvaro José Ferreira (que muito me honraria conhecer pessoalmente), devo dizer que é elucidativo do nosso panorama... Sobre Luiz Goes, gostaria de referir apenas o seguinte: assim como há o «politicamente correcto», parece que, infelizmente, esse mal também já chegou ao ambiente musical e não só. Há nas rádios, televisões e outros meios, um certo «musicalmente correcto» que obviamente é feito sempre das mesmas figuras, porque se criou esse hábito. Pensar, escutar, analisar, dá trabalho. Trazer ao palco da verdade figuras de grande valor da nossa música, ora esquecidas ora parcialmente sustentadas (por ignorância e/ou outras intenções), é da maior importância, porque é de justiça. Penso que, a propósito deste artigo (e só por isso) eu peço ao Octávio o favor de colocar on line um pequeno artigo que fiz, em 1998, para o Artes & Artes, sobre um amigo e - neste caso que mais importa - um grande cantor e compositor que muito admiro: Luiz Goes.
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Segue o artigo atrás referido por Eduardo Aroso:
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ALGUMAS PALAVRAS DE REGOZIJO E SAUDAÇÃO
A LUIZ GOES
(1)

De Luiz Goes se pode dizer que veio a ser o único cantor do chamado fado/canção de Coimbra a encarnar globalmente aquele espírito do Movimento da «Presença» que verdadeiramente nunca chegou a penetrar na música de Coimbra, com excepção para um Bettencourt e pouco mais. Contribuição poética, voz singular, pessoalíssimo intérprete movido por uma linha composicional de síntese e originalidade, tudo nele tem universalizado a semente inesgotável que habita nesse trovar da cidade do Mondego, canto fundo, herdeiro de antigas influências, sejam árabes, galaicas, populares ou ainda outras. Único porque, de facto, a construção estilística de Luiz Goes nunca abandonou a pérola da nossa tradição sem pieguismos, e sempre recusou áridos esquemas mentalistas desligados do sentimento estético fulcral que deve caracterizar toda a música. Único porque, qual Verão em apogeu de sol, soube amadurecer todos os propósitos, todos os sonhos que os menos capazes ou ousados não puderam; e fê-lo sem a coreografia ilusória típica dos pós-modernismos, ou desses infelizes primarismos torpes e preconceituosos. Luiz Goes nunca fez da música subsídio para outra coisa que não fosse a coerência tenaz da sua nobre oficina por onde também passa, em tempos de crise, a brisa da tranquilidade e da certeza. E porque também nunca hesita quando resolve abrir as asas, tem colhido o saboroso mel da ousadia de mãos dadas com a sinceridade, proporcionado o despertar para quem precisa de ser acordado.
Profeta de um tempo aberto para acordes mais que perfeitos, em certo sentido lhe poderemos chamar, caloroso arauto do mais lídimo canto lusíada. Luiz Goes a quem o destino levou para um meio de ouvidos mais atentos, fora da sua terra; cantor a quem a plenitude da vida facultou palcos amplos e modernos, ao invés de apenas cenários medievos e estaticamente idílicos; palcos sem lantejoulas onde a sua consciência social nunca precisou de se fazer grito, bastando a convicta vigilância de quem sabe do fio único da vida ou a estrada onde cada um deve achar o seu norte, em passos próprios, ou melhor dizendo, por voz própria.

(1) A propósito de uma homenagem, artigo publicado em Artes & Artes (nº 8 – Março de 1998)
Eduardo Aroso

terça-feira, novembro 20, 2007

Sobre Fausto e Luiz Goes

A seca que a Antena 1 deu a Fausto... e aos ouvintes
Do "Programa da Manhã", da Antena 1, a minha audição há meses que se restringe ao período que vai da rubrica 50 Anos de Canções Portuguesas, por volta das 7:40 (a minha hora de despertar), até à leitura dos títulos dos jornais por João Paulo Guerra, cerca das 8:25. Depois disso, o "Programa da Manhã" é para mim uma coisa imprópria para consumo. Portanto, atendendo a que a Antena 2 se tornou, na mesma faixa horária, também em algo de intragável a quem preza a sua sanidade mental, e não estando eu disposto a ser bombardeado com as doses industriais de publicidade das rádios privadas, a solução de recurso é ouvir música escolhida por mim. No entanto, ontem, dia 19 de Novembro, ao dar-me conta que Fausto Bordalo Dias era o convidado especial do referido "Programa da Manhã", a pretexto do lançamento de uma colectânea de canções de amor e dos 25 anos da edição de "Por Este Rio Acima", lá fiquei ligado à Antena 1, convencido de que ia ouvir uma mão-cheia de músicas suas e, claro está, também pelo interesse em ouvi-lo de viva voz a falar sobre a sua obra. Mas tudo não passou de uma esperança vã! Afinal de contas, de Fausto a falar da sua música, em todo o programa, apenas uns escassos minutos dispersos e de temas seus só consegui ouvir um, "Rosalinda". Mas deram-me a ouvir Cool Hipnoise, Patti Smith e Paulo Gonzo. Fiquei perplexo! Então convida-se um cantor para um programa de rádio com o suposto intuito de promover o seu último lançamento discográfico e depois atiram-lhe(nos) para acima com músicas de outros! Dá para entender? Eu não sou dotado de poderes para perscrutar a mente de Fausto Bordalo Dias, mas imagino a incomodidade e o aborrecimento tremendo que o homem deve ter sentido em tal situação: assistir à transmissão de canções alheias (de baixo quilate) em lugar das suas e ainda por cima ter de gramar com intermitentes ladainhas do trânsito, blocos de desporto, notícias bastas vezes repetidas, spots promocionais de todo o género, jingles pirosos, e todas as outras enxúndias que preenchem aquele espaço de quatro horas de emissão. Ele lá conseguiu aguentar até ao fim, é verdade, mas vontade de dar à sola não lhe deve ter faltado. E se não bateu com a porta, terá sido por delicadeza, e quiçá com receio de que com essa atitude o tornassem um dos proscritos (mais um a somar a tantos outros) da playlist da Antena 1.
Eu fiquei deveras defraudado com a experiência e muito dificilmente me vão apanhar outra vez a ouvir a Antena 1 depois das 8:30. E como ontem, ao contrário do que me fizeram crer, não se falou do álbum "Por Este Rio Acima", o mínimo que se deve exigir à direcção da Antena 1 é que seja ainda realizado, pelo menos, um programa temático a ele especialmente dedicado. Justamente por não se tratar de um disco qualquer e porque a sua repercussão na música portuguesa foi imensa mas ainda não suficientemente avaliada e analisada. Quanto à nova colectânea, e tirando as poucas palavras que Fausto teve oportunidade de proferir sobre ela, confesso que para mim ela de pouco vem adiantar pois possuo praticamente toda a sua discografia. Em todo o caso, e não ignorando o propósito meramente comercial da edição, pode ser que com ela algumas pessoas menos conhecedoras do repertório do artista o venham a descobrir e se sintam motivadas a ir à procura dos álbuns de originais.
E a propósito de álbuns de originais, há muitos outros grandes discos da música portuguesa que neste ano de 2007 fazem anos (em decénios ou múltiplos de quinquénios). Um deles chama-se "Canções de Amor e de Esperança", de Luiz Goes, gravado em Dezembro de 1971 mas lançado já em 1972 (portanto, há 35 anos), e uma das obras-primas absolutas da música portuguesa de todos os tempos. E por coincidência, o cantor também completa 75 anos de idade, já no próximo dia 5 de Janeiro. Portanto, e a exemplo das iniciativas que foram levadas a cabo no âmbito das efemérides das mortes de José Afonso e de Adriano Correia de Oliveira, é de toda a oportunidade que Luiz Goes tenha um tratamento idêntico na rádio pública. Precisamente por ser um dos intérpretes superlativos da música portuguesa de sempre. E contando-se ele ainda no número dos vivos maior a premência em que o reconhecimento que lhe é devido seja dado em vida. Fica a chamada de atenção, para que a rádio pública não deixe passar a ocasião "como cão por vinha vindimada", o que aliás não seria caso inédito desde que António Cardoso Pinto abandonou os comandos da Antena 1.
E já agora, por que razão Luiz Goes ainda não foi incluído na playlist da Antena 1, desde que publiquei um texto sobre a sua vida artística na Galeria da Música Portuguesa e de que tive o cuidado de remeter cópia à direcção da rádio pública? Será que a playlist é um feudo exclusivo do Ricardo Soares e Rui Pêgo não tem voto na matéria? É a ideia com que se fica!
Álvaro José Ferreira

segunda-feira, novembro 19, 2007

Paço Velho










































Foi no sábado passado que se realizou a reunião anual no Paço Velho, em Barcelos, do nosso amigo Paulo Sampaio, que desta vez não teve nenhuma gripe a incomodá-lo e mostrou todos os seus dotes artísticos. Foi uma reunião para a cultura do espírito e para a "cultura" do estômago. Nem todos os convidados puderam aparecer, por motivos vários, mas a festa não deixou de se fazer. Canções populares, canção e fado de Coimbra, fado de Lisboa, guitarradas, poesia, conversa vária, houve de tudo um pouco. Não faltou a boa disposição, como já vai sendo apanágio destas reuniões anuais. Até para o ano!

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domingo, novembro 18, 2007

Festival de Música de Coimbra prossegue hoje na Cerca de S. Bernardo. Diário de Coimbra de hoje.

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