sexta-feira, abril 15, 2005


CD "Os Verdes Anos de Carlos Paredes", editado pela Movieplay em 2003.
É uma reedição dos dois primeiros discos de 1962/3, pela Alvorada. Contém um belíssimo texto de José Niza sobre a personalidade de Carlos Paredes e um rasgado post-scriptum para o Fernando Alvim.  Posted by Hello


EP "Verdes Anos", 2º disco de Carlos Paredes com Fernando Alvim, editado em 1963 pela Alvorada - Rádio Triunfo. São Guitarradas sob o tema do filme "Verdes Anos" como consta da capa do EP. Inclui "Despertar", "Raiz", "Acção" e "Frustração". Anteriormente à saída deste EP, assisti no Teatro Avenida, com casa à cunha, ao referido filme de Paulo Rocha nesse mesmo ano de 1962. Foi um sucesso! O filme foi excelente - outra coisa não seria de esperar, pois só assim Carlos Paredes nele colaboraria - e a música de características dramáticas, de acordo com o dramatismo das cenas, além de estar perfeitamente enquadrada nestas, tinha uma pujança que só uma grande orquestra, pensaríamos nós, poderia dar. Aquela música parecia magia! Como se tocava aquilo? Como se podiam tirar aqueles sons de um instrumento tão frágil?
Os dias até à saída do disco foram de enorme ansiedade. Queria ouvir mais uma vez aquela bela sinfonia, como lhe veio a chamar Afonso de Sousa.
E o disco saíu, enfim. Se no 1º que gravou a estupefacção foi grande, neste então, fez-nos ficar mudos de espanto! O que era possível fazer com uma guitarra! Como se passaram tantos anos sem que ninguém de tal suspeitasse? Eram novas dedilhações de mão direita, com alternância de polegar indicador, eram as harmonias agora muito mais sofisticadas, de rara beleza, era o som arrancado daquela guitarra como até aí nunca se ouvira, era o Fernando Alvim com um espantoso trabalho na viola! Era um virtuosismo levado às últimas consequências.
Comecei logo a sentir nos dedos aquele frémito de desejo de ficar por dentro daquelas maravilhas. Foi um ensaio de paciência que fiz, mas que deu os seus frutos. Aquelas quatro peças deixaram de ter segredos, depois de um árduo trabalho, com a ajuda de um gravador de duas velocidades. Sem esta ajuda, teria demorado o dobro do tempo.
Agora, com os computadorres, o trabalho está extremamente facilitado. Podemos ouvir nota a nota, se quisermos; e não há mudança de oitava, como acontecia no gravador com a música a metade da velocidade, com a tonalidade a passar para uma oitava inferior, além de os sons ficarem arrastados e de difícil distinção entre eles.
Com as oito peças de Carlos Paredes e o que até aqui tinha aprendido, a minha bagagem guitarrística era já invejável ......
Vou transcrever o que Carlos Paredes escreveu para este disco, exposto na contracapa:
"«Verdes Anos» conta-nos a história de dois pobres camponeses muito jovens, que tentam a sua sorte em Lisboa. Aí se encontram, se apaixonam um pelo outro e se tornam presa das ratoeiras que, em contraste com a vida simples do campo, lhes arma a ostentação brilhante e enganadora da capital.
Tratando-se dum filme em que um dos elementos em evidência é o cenário de uma grande cidade, achou-se oportuno utilizar na música de fundo um instrumento popular urbano nela radicado: a guitarra portuguesa. Por outro lado, o conteúdo do filme desaconselhava qualquer ligação com o espírito bairrista do fado, normalmente vincado no estilo peculiar deste instrumento. Pretendia-se, em princípio, uma música descritiva e não de carácter.
Na impossibilidade de dar completa satisfação a este intento, demasiado ambicioso para o nível musical que a guitarra portuguesa ainda não ultrapassou, procurou-se uma associação das formas simples, que lhe são características, com temas sem vínculo local, de forma a integrar a guitarra no sentido lógico de cada cena.
Contém, pois, este disco, um arranjo feito sobre o fundo musical do filme "Verdes Anos", realizado por Paulo Rocha, previamente dividido em quatro partes, correespondentes a outras tantas divisões do argumento".

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quinta-feira, abril 14, 2005


EP de Carlos Paredes com Fernando Alvim. Este primeiro disco de Carlos Paredes editado em 1962 pela Alvorada - Rádio Triunfo, engloba as seguintes peças: "Variações em Si menor", "Serenata", "Variações em Lá menor" e "Danças Portuguesas nº 1". A chegada deste disco alvoroçou toda a Coimbra, especialmente aqueles mais ligados à guitarra. Estava ali um novo rumo para este instrumento.Mas, como já referi atrás, nem todos o aceitaram. Sim senhor, é muito bom, mas não tem nada a ver com Coimbra, disseram alguns iluminados! Opiniões que, com o tempo, se mostraram inadequadas. Pela minha parte, não descansei enquanto não as "descodifiquei". Foi um trabalho que me deu muito gozo e muitos conhecimentos. Abriu-me outros horizontes, desenvolveram-se-me mais os dedos. Se o pai, o grande Artur Paredes, com mais alguns mestres da guitarra me tinham "ensinado" o que sabia, agora via-me na posse de uma bagagem muito para lá do que antes sonhara. Estas novas modulações, as melodias fabulosas, o acompanhamento superior de Fernando Alvim, o timbre que Carlos Paredes arrancava do instrumento, elevava-nos a um mundo novo, a um mundo de novas emoções, de novos sentimentos. E foi só o começo da transformação porque, a seguir a este disco, outros ................ Vou transcrever o texto inserto na contracapa do disco: "A música da guitarra tem um encanto especial. Ela abre-nos paisagens inconfundíveis e marca um sentimento bem latino. Ela transporta-nos a um retiro de fado, a uma serenata em Coimbra, a uma noite na Andaluzia, a uma festa de ciganos em Saintes-Maries-de-la-Mer. O guitarrista é como o poeta, vive da inspiração. Os seus dedos marcam nas cordas distendidas do instrumento, momento a momento, a alegria, a tristeza, a cor, a fantasia. Aqui temos um desses homens que escreve música com os dedos, voluptuosos e espirituais, nas cordas duma guitarra. Chama-se Carlos Paredes. Não é um desconhecido. É um artista. Ele descreve-nos ambientes portugueses. A sua sonoridade é rica. Ele não se abandona a efeitos espectaculares, preferindo antes a sobriedade de processos. Carlos Paredes sabe expressar na música a mais pura emoção interior e, não obstante a sua idade, a experiência de um solista maduro".Posted by Hello

quarta-feira, abril 13, 2005


Fernando Alvim: Paris - Bobino (1977) Posted by Hello


Carlos Paredes - Fotografia de Luís Paulo de Moura Cunha Posted by Hello


Capa do livro "Carlos Paredes - A Guitarra de um Povo" de Octávio Fonseca Silva. Edição Biografias MC, ano de 2000. Posted by Hello

”Carlos Paredes – A Guitarra de um Povo“

Este livro de Octávio Fonseca Silva, edição “Biografias M C”, saído no ano 2000, foi-me amavelmente oferecido pelo autor.
Penso ser, até este momento, o livro mais completo a abordar a figura carismática de Carlos Paredes. Começa com uma biografia, com os antecedentes musicais, a música, a importância de Fernando Alvim, o pensamento musical de Carlos Paredes, a guitarra portuguesa, a canção coimbrã e a música popular portuguesa. Uma segunda parte engloba a Carreira e a Obra de Carlos Paredes, os espectáculos e a sua colaboração noutras áreas artísticas, cinema, teatro, ballet, poesia, televisão. Seguem-se abundantes textos de Carlos Paredes e entrevistas. No final, transcritas por Paulo Soares, estão três partituras: “Divertimento”, “Movimento Perpétuo” e “Acção”. Posso garantir que reproduzem fielmente o que o autor criou. A completar todo este cenário, as belíssimas fotografias de Luís Paulo de Moura Cunha.

Biografia de Octávio Fonseca Silva, extraída da capa do referido livro:
“Nasceu no Porto em 1950.
Nos anos de 1970 a 1973, fez crítica musical nas publicações A Memória do Elefante e Mundo da Canção.
De 1987 a 1992, realizou programas radiofónicos de divulgação e crítica, dedicados à música popular portuguesa, no Rádio Clube do Porto, na Rádio Nova e na Rádio Press.
De 1980 a 1990, estudou guitarra com os professores José Pina, Paulo Peres e José Manuel Fortuna.
A partir de 1982, fez parte de diversos agrupamentos de música popular portuguesa. Desde Dezembro de 1994 integra o grupo Chamaste-m’ó?... que, dentro da mesma área, trabalha um repertório de temas originais compostos sob textos de grandes poetas portugueses”.

Biografia de Luís Paulo de Moura Cunha, inserta na capa do mesmo livro:
“Nasceu no Porto em 1953.
Licenciou-se em Medicina em 1980.
Faz fotografia desde 1977.
Em 1993, a convite do encenador Moncho Rodrigues, participa com uma sessão de fotografia de cena (conjuntamente com Luís Ferreira Alves) na Mostra de Teatro Ibérico (CumpliCIDADES) realizada em várias cidades do Nordeste Brasileiro.
A mesma exposição é apresentada em 1994 no Posto de Turismo de S. Tiago em Guimarães, e em 1996 nas Jornadas de Medicina Intensiva da Primavera”.

Na contra-capa do livro pode ler-se:
“A música de Carlos Paredes não existe.
Existe um homem semeado no chão do seu país. E dele nasceu. E nele ficou plantado. Num emaranhado eterno de raízes.
Tanto quanto tem um coração, tanto quanto tem um cérebro, tem uma guitarra. Um órgão – tão só – como os outros órgãos.
A sua música só é a sua música na medida em que o seu sangue é o seu sangue. Um mero fluido orgânico que lhe brota naturalmente das mãos como o amor pela terra e pelo povo lhe brota da alma.
... Segundo Paulo Soares, a música de Paredes é um organum, um somatório não decomponível da sua técnica e do seu talento criador, mas também da sua personalidade e da sua forma de estar no mundo. Uma música visceral que só pode ser feita com o instrumento nas mãos que vão escrevendo, directamente, o que lhes dita a alma.
Esta ideia é partilhada também por José Carlos de Vasconcelos que a exprimiu de outra forma depois de assistir a um concerto de Carlos Paredes: «E foi aí que entrou no palco o Carlos Paredes: enorme, desajeitado, com o seu eterno sorriso tímido de quem pede desculpa de existir. Sentou-se, aconchegou a guitarra a si, agarrou-se à guitarra e a guitarra a ele, passaram a ser um corpo único, um só tronco de música e de raiva, de sonho e de melodia, de angústia e de esperança, exprimindo por sons tanta coisa que nós não tínhamos palavras para dizer. E eu estarrecido, nós todos estarrecidos, enquanto no velho Avenida repleto, pejado de jovens, havia um silêncio total, um silêncio sem mácula, só habitado por aquela guitarra espantosa!»”

Há neste livro referência a uma queda em palco de Carlos Paredes, tendo ficado, a partir daí, com problemas num joelho. Refere que a rótula foi destruída no acidente e nos anos que se seguiram, do esforço sobre ela, pois nunca quis ser operado! Assisti a este estúpido acidente, quando Carlos Paredes entrava em palco no Pavilhão dos Desportos em Lisboa, agora designado Pavilhão Carlos Lopes. Ficou completamente estendido no chão mas com o braço esquerdo no ar, segurando a guitarra como se de um tesouro se tratasse – e que tesouro – tal como Camões a segurar os Lusíadas no naufrágio. Rapidamente se pôs em pé e levou o espectáculo até ao fim como se nada tivesse acontecido! - um grande espectáculo, como eram todos em que participava. É claro que , para não danificar o instrumento na queda, não apoiou os dois braços como seria normal. Assim, o joelho é que lhe aparou o corpo; daí a grave lesão. Até ler este livro, sempre pensei que nada de mal lhe teria acontecido, perante a forma como o espectáculo decorreu.
Como nota final, quero recomendar vivamente a leitura deste trabalho, feito com muita seriedade e critério. Temos que ficar agradecidos a Octávio Fonseca Silva pelos bons momentos de reflexão que nos proporcionou. Não é fácil falar de um Homem como Carlos Paredes, sobre quem já tanto se disse. Que surjam mais trabalhos deste teor, é do que ficamos à espera. E um obrigado pelas fotografias.


Fernando Alvim e Carlos Paredes em Paris - Bobino (1977).  Posted by Hello

Bloco de Notas (8)

1979 ... Voltando ao dia a dia ...
Fui ontem tocar a duas Casas de Fado em Cascais; Kopus Bar e Casa do Rodrigo. Durval Moreirinhas acompanhou-me à viola e Rui Gomes Pereira cantou. Machado Soares era para ir connosco, mas um problema familiar impediu-o de participar. Toquei o meu Lá menor, Chula do Minho, Lá menor do Bagão e a Balada de Coimbra. Senti que me fazia falta um segundo guitarra.
No Kopus Bar presenciei uma cena de pancadaria entre um matulão e um sujeito de baixa estatura, em que o primeiro dá uma cabeçada no outro, deitando-o logo por terra. No final ficou uma grande poça de sangue no chão. Só no cinema é que se dão dezenas seguidas destas cenas e os personagens ficam incólumes! Mas, infelizmente, foi uma cena real. Foi a primeira vez que entrei numa Casa de Fados e fiquei decepcionado, não só pelo incidente referido, mas também pela falta de classe dos elencos a actuar. De tudo, só me ficou o Rodrigo, com uma voz bem característica e bem agradável de ouvir e o guitarrista Armindo Fernandes, bom executante; (faço aqui um parêntesis para recordar que, há bem pouco tempo – começos de 2005 – acompanhou Humberto Matias num disco, já referido neste Blog).
Volto agora atrás no calendário, para a narração que estava fazendo, já que, para os episódios àcerca do Domingos, ficarem juntos, dei um salto no tempo.
O grupo de Rolando de Oliveira acabou por se desfazer, pois este começou a interessar-se pela pintura, descurando a guitarra, o que deu azo a que, em pouco tempo, o suplantasse na execução do instrumento e, entretanto, João Fonseca foi embora de Viseu. Formei um novo grupo com Jorge Furtado à guitarra, Manuel Rodrigues à viola (este conhecido por Manuel das Águas, irmão de António Rodrigues “António das Águas”, autor do Lá maior cuja partitura já foi colocada neste Blog) e ainda na viola, Alexandre Vale. Mais tarde apareceu o João Sá à viola e também a cantar, com uma voz bem modulada e de belo timbre, dando notas agudas com facilidade. Fizemos a primeira serenata para público nas escadas do parque da cidade, em frente ao Liceu. A assistência era de umas boas centenas de pessoas. Esta serenata fez parte da festa de finalistas. Já se tinha realizado um sarau no qual, juntamente com José Maria Barros Ferreira e João Sá, os três de viola em punho, cantámos, entre outras, músicas do então muito em voga Trio Odemira. No ensaio geral deste sarau o reitor, que estava presente, censurou a letra duma canção que dizia “apalpava as moças todas, esta é dura aquela é mole”. Fomos obrigados a modificar o texto! Naquele tempo a censura era bem apertada em todos os actos do cidadão comum, mesmo em pormenores tão insignificantes. Eram os “bons costumes” que estavam a ser pisados!
Volto à actualidade; 1979 ... Dei-me ao trabalho de medir a espessura das cordas duma guitarra do Gilberto Grácio que comprei há pouco tempo. O Si agudo tem 0,25 mm; O Lá, 0,32 mm e o Mi, 0,35 mm. Não entendo por que razão haja 0,07 mm de diferença entre o Si e o Lá e apenas 0,03 mm entre o Lá e o Mi. Afinal é neste último caso que há um maior intervalo: dois tons e meio (intervalo de quarta). No outro caso, estamos em presença de um intervalo de segunda (um tom apenas). Numa próxima oportunidade quero discutir isto com Gilberto Grácio, Kim Grácio e Artur Paredes.
Voltando às memórias do passado ...
Enquanto toquei com Jorge Furtado e João Sá, fizemos várias gravações para a Rádio Altitude da Guarda, que foram transmitidas por esta estação e ainda pela instalação sonora do Rossio de Viseu. Era habitual, naquela época, ainda sem televisão, as pessoas irem passear para aquela praça, à noite, aquilo a que, por graça, chamávamos ir tirar água da nora. Andávamos em grupos, dando voltas para um e outro lado, conversava-se, ouvia-se música, olhavam-se as moças e assim se passava o tempo!
Desagregado o último grupo por saída de Jorge Furtado, passo a tocar com Fernando Rebelo à guitarra e José Maria Barros Ferreira à viola e também a cantar. João Sá passou apenas a cantor. Foi um período áureo das serenatas em Viseu. Os fins de semana eram quase sempre preenchidos com deambulações artísticas pela cidade, pelas suas ruas estreitas e mal iluminadas, debaixo da janela de qualquer moça com que um de nós ou algum amigo estava embeiçado.
Entretanto, convenci a minha mãe a comprar-me uma guitarra de novecentos escudos, no Olímpio Medina, em Coimbra. Lá me deu o dinheiro e aí vou eu, rumo à Lusa Atenas, depois de combinar com José Mesquita um encontro com Jorge Tuna, para ajudar a escolher a guitarra. Assim que lá cheguei não resisti e, estupidamente, fui comprar a guitarra sozinho. É claro que a escolha não teria sido a mais acertada! Seja como for, esta guitarra era incomparavelmente melhor que a do Zacarias. Agora sentia-me um senhor! Só mais tarde, em Coimbra já, é que me dei conta de quão fraquinha ela era!

terça-feira, abril 12, 2005


Morreu no passado dia 9, o Coronel Carlos Faustino, vencedor da primeira Taça de Portugal, em 1939. Foi esta a triste notícia do "Diário de Coimbra" do passado dia 11, donde extraí esta foto da equipa da Académica em 1936. De pé estão: Manuel da Costa, Potugal, Pacheco, Rui Cunha, Isabelinha, Tara, Nini, Mário Cunha e Faustino. Em baixo : José Maria Antunes, Tibério e Cristóvão Lima. Como homenagem, a "Briosa" guardou um minuto de silêncio em Belém e empatou o jogo. Posted by Hello

segunda-feira, abril 11, 2005


Armando de Carvalho Homem, quartanista de Ciências Físico-Químicas, 1944. Espólio familiar. Posted by Hello


Armando de Carvalho Homem - Caricatura de Tossan, no livro dos Quartanistas de Ciências, 1944. Posted by Hello


"Trova do Vento que Passa - Adriano Correia de Oliveira". EP lançado em 1963 pela etiqueta Orfeu - Arnaldo Trindade. Adriano é acompanhado por António Portugal à guitarra e Rui Pato à viola. Por esta altura, vivia Adriano na República Rás-Te-Parta, em Coimbra. Neste EP canta: "Trova do Vento que Passa", "Pensamento", "Capa Negra, Rosa Negra" e "Trova do Amor Lusíada". A poesia é de Manuel Alegre e a música, feita em parceria, de António Portugal e Adriano Correia de OLiveira. Nasceram assim as primeiras "Trovas", como mais uma forma de contestação ao regime vigente, que era de ditadura. Posted by Hello

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