sábado, outubro 28, 2006


Egas Moniz Posted by Picasa
Retrato de António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz (Avanca, Estarreja, 29/11/1874; 13/12/1955), como aluno da Faculdade de Medicina da UC entre 1891-1899 e Presidente da TAUC. Formado em Medicina, Egas Moniz ingressou no corpo docente da UC como lente substituto de Medicina. Em 1911 seria transferido pela a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
Nos tempos de estudante, Egas Moniz dedicou muito do seu tempo à TAUC, acamaradou com Augusto Hilário, Manuel Mansilha e outros, e foi um exímio e viciado jogador de cartas. Um seu conterrâneo e também membro da TAUC, Manuel Maria Corte-Real, prestou activa colaboração às recolhas do Cancioneiro de César das Neves.
Dedicamos esta fotografia ao bom Amigo Adamo Caetano que, quase cem 100 passados sobre o tempo do seu homólogo Egas Moniz, conseguiu resgatar a TAUC e transformá-la num organismo vicejante sob a batuta do jovem André Granjo.
AMNunes


Latada de 1966 Posted by Picasa
Aspecto de uma Latada realizada no início do ano lectivo de 1966-1967. A fotografia concede destaque a um cartaz com dichotes à inauguração da Ponte Salazar que ocorrera em 06 de Agosto de 1966:
Para a ponte mais durar
Além de ferro e cimento
Chamou-se-lhe Salazar
A ver se dura mais tempo.
As Latadas das Faculdades, inscritas no calendário de abertura do ano escolar, começaram a realizar-se espontaneamente na década de 1940, associadas à cerimónia de Imposição de Insígnias dos Quartanistas Grelados.
Em período anterior à década de 1940 existiam latadas estudantis, mas de encerramento do ano lectivo, ritual de passagem que muito delido pela erosão conheceu derradeira realização na Queima das Fitas de 1935 (Tourada dos Caloiros). O programa da Queima das Fitas tinha vindo a sofrer crescente modernização. A tourada, pululante entre as praças da Mealhada, Santa Clara de Coimbra e Figueira da Foz, dispensava a ancestral latada/tourada.
Nas décadas de 1940 e 1950, cada Faculdade passara a organizar a sua Latada.
Eis o programa nuclear:
-Serenata
-Missa de Benção das Insígnias na Capela da UC (estudantes católicos)
-Imposição de Insígnias
-Latada
Latada era um modo de dizer enraízado na tradição, pois os caloiros viam-se integrados num corso carnavalesco, com fantasias e cartazes repletos de "bocas", onde não entravam quaisquer latas. Nas fantasias admitiam-se pijamas, roupas do avesso, chifres, penicos, chocalhos de gado, cornetas e buzinas, túnicas islâmicas e sombreiros mexicanos. As piadas incidiam sobre a vida universitária, o corpo docente e a conjuntura política.
A incorporação de latas na Latada das Faculdades só viria a ocorrer verdadeiramente após 1974, em ambiente marcado pela restauração da praxe e necessidade de unificação do programa festivo sob a égide da DGAAC. Muitos antigos estudantes, familiarizados com o figurino das décadas de 40-50-60, isto é, "latada sem latas" e cortejo de cada Faculdade em dias distintos, teceram duras críticas ao modelo instaurado a partir de 1979, primeiro com a "Semana de Recepção ao Caloiro", mais tarde com a Festa das Latas e Imposição de Insígnias.
Criticados pela sua alegada "falta de imaginação", os cartazes do após 1974 deixaram de beneficiar da possibilidade de ludibriarem a censura. Findo o jogo das meias palavras, das subtilezas insinuadas nas entrelinhas, a liberdade de expressão como que perdeu o sabor a fruto proibido, tendo as latadas sofrido um processo de desgaste comparável à erosão do Teatro de Revista.
Nas crónicas sobre estas falsas e recentes "latadas" de início do ano escolar tem-se persistido em tecer filiações com as muito antigas latadas do ponto. A comparação não é legítima, dado que as chamadas "latadas" de abertura do ano escolar configuram um ritual de entrada, distinto das latadas de remate do ano.
Na sua origem, as latadas de entrada eram corsos de caloiros fantasiados, cujo ponto alto assentava na exibição pública de cartazes com frases de crítica social, pedagógica e política. O ritual surgiu em plena Segunda Guerra Mundial, marcado pelo apertar das malhas da censura. Como caçoada que parecia ser, tornou-se ab initio ritual tolerado e bem aceite, dado que parecia apenas mais uma "brincadeira de estudantes". Se as récitas de quintanistas criticavam abertamente a reitoria, os lentes e a vida política, não parecia nada de mais escrever "piadas" em cartazes. As repúblicas não colocavam caloiros às portas, devidamente "fardados", com a obrigação de gritarem "às armas" na passagem de vultos femininos interessantes? Os "doutores" não costumavam mandar os seus caloiros fazerem públicas declarações amorosas?
Consideradas a origem e função crítica das latadas, não deixa de causar alguma admiração a falta de compreensão com que foram fulminados estes rituais logo após a Crise Académica de 1969.
O cortejo da Latada das Faculdades costuma realizar-se durante a tarde do dia consagrado à Imposição de Insígnias. Os caloiros/caloiras de cada Faculdade desfilam acompanhados pelos respectivos padrinhos/madrinhas, sem obedecerem a um alinhamento rígido por hierarquia de Faculdades. A cabeça do cortejo é habitualmente preenchida pelo Estandarte oficial da AAC e por um grupo de gaiteiros.
Após os últimos grupos de universitários, o cortejo remata com alunos de outros estabelecimentos de ensino convidados para o efeito, destacando-se pela sua longa aliança com a Academia os alunos da Escola Superior Agrária.
Em meados da década de 1980, os Semi-Putos e os Quartanistas Grelados costumavam conduzir os caloiros para o Mondego e quiosque central do Parque Dr. Manuel Braga. Acantonados no quiosque, os caloiros tinham de descer em galope, sendo alvo de pastada. Num dos anos, talvez por 1986, rebentou um gradeamento no quiosque, acidente que fez recuar a pastada. Muito mais adeptos tem o Baptismo dos Caloiros na margem do Mondego, feito com auxílio de latas e penicos.
Fotografia: Cristina Henriques, Paula Rocha, Teresa Barbosa, "Coimbra. Vida Académica", Coimbra, Edição da Comissão Central da Queima das Fitas 90, 1990, p. 28. Para uma crónica pormenorizada da década de 1950, com fotografias de apoio e alargada recolha de "piadas", vide Gonçalo dos Reis Torgal, "Coimbra. Boémia da Saudade", Tomo II, Coimbra, 2003, pp. 87-111.
AMNunes


O Mata Frades Posted by Picasa
Estátua de Joaquim António de Aguiar (Coimbra, 1792; Barreiro, 1874), implantada no Largo da Portagem desde Junho de 1913. O trabalho escultórico é da autoria da Costa Mota.
Joaquim António de Aguiar, diplomado pela UC, doutorou-se na Fac. de Leis em 1816 e ascendeu a lente substituto em 1826. Partidário do Liberalismo pedrista, esteve exilado em Londres e nos Açores. Após o desembarque de Pampelido apoiou D. Pedro e envolveu-se nas reformas que implantaram a Monarquia Constitucional. Foi Ministro da Justiça, 1º Ministro e Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça.
A ele se ficou a dever o Decreto de 28 de Maio de 1834 que mandou extinguir em Portugal as ordens religiosas.
Figura muito querida em Coimbra nos sectores liberais, republicanos e democráticos, Joaquim António de Aguiar foi sepultado post mortem no Cemitério da Conchada, em campa rasa. A edilidade atribuíu o seu nome à antiga Rua de São Cristóvão em 1875.
A estátua implantada no Largo da Portagem suscitou desde cedo reacções hostis da parte dos representantes dos sectores que se consideraram lesados com a lei de 1834 e suas sequelas. Em Junho de 1913 estavam demasiado frescas as feridas abertas pela lei de Separação das Igrejas do Estado (Abril de 1911). Afonso Costa parecia ensombrar a figura de Joaquim António de Aguiar. Reacções algo idênticas foram noticiadas a propósito do Marquês de Pombal, em Lisboa, e do Afonso Costa, no Porto.
Terminar os cortejos académicos no Largo da Portagem era uma tradição que não oferecia segundas leituras. Mas, em tempos de ditadura, tirar fotografias junto ao Mata Frades podia significar uma homenagem aos valores liberais, republicanos e anticlericais não perfilhados pelo Estado Novo.
A complicar os significados atribuídos à estátua, o Mata Frades passara a fazer parte do imaginário charadístico académico. Conjuntamente com o portão de ferro do Jardim Botânico e o leão do Monumento a Camões, constituía um dos mais árduos enigmas caloirais. Para o comum dos mortais, o Mata Frades estaria de braços abertos a escrever o texto do terrífico Decreto de 1834. Para os caloiros, o Mata Frades estaria a elaborar um rol...
AMNunes


O Senhor Chico Posted by Picasa
O Senhor Chico, por longos anos fiel guardião da AAC e amigo dos estudantes. Enquanto as pernas lho permitiram, não confiou o Estandarte da AAC a outras mãos, figurando à cabeça de cortejos festivos e eventos associativos durante longos anos.
Ao longo de 1987, a DGAAC da presidência de Benjamim Lousada angariou donativos que permitiram comprar casa condigna para o Senhor Chico, funcionário da associação de estudantes havia mais de 60 anos bem contados.
A fotografia foi tirada no dia do cortejo da Queima das Fitas de 1988, enquanto o Senhor Chico aguardava o arranque do desfile. Um pouco atrás da bandeira está o Pedro Cortês, aluno da Fac. de Ciências que pertenceu ao Coro da Capela da UC e à TAUC (bandolim).
AMNunes


Greladas no Mata Frades Posted by Picasa
Momento da "fotografia da praxe" no sopé da estátua do Mata Frades, no Largo da Portagem. Faz de porta-Estandarte da AAC o estudante de Ciências e presidente da Comissão Organizadora da Festa das Latas de Janeiro de 1990 Paulo Gonçalves. Paulo Gonçalves pertencia à equipa de gestão da DGAAC, afecta à JS, liderada por José Manuel Viegas no ano lectivo de 1989-1990.
Serve este breve reparo para lembrar que o porteiro da AAC, Senhor Chico, vergado ao peso dos anos e sem possibilidade de continuar a acompanhar o galope do cortejo, já não terá assegurado o transporte do Estandarte nesse ano.
AMNunes


O Orfeon Académico encerra as comemorações dos 125 anos. Notícia do Diário as Beiras de hoje, com texto de Patrícia Cruz Almeida. Posted by Picasa


Grelados na Portagem Posted by Picasa
Após demorada paragem no Mercado Municipal, o cortejo dos Quartanistas Grelados, encabeçado pelo Estandarte da AAC e gaiteiros, encaminha-se para o Largo da Portagem. As cerimónias de Imposição de Insígnias terminam ao final da manhã com "a fotografia da praxe no Mata Frades".
A fotografia documenta a chegada à Portagem de um grupo de alunos de Direito e Economia em Janeiro de 1990 (ano em que os caloiros chegaram às universidades anormalmente tarde).
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Grelados a caminho do mercado Posted by Picasa
Após a cerimónia de Imposição de Insígnias na Via Latina, organiza-se um cortejo de Quartanistas Grelados que abre com o Estandarte da AAC e um grupo de gaiteiros. Os grelados avançam desde a Porta Férrea até ao Mercado Municipal, ali procedendo à aquisição dos nabos nas bancas das vendedeiras de hortaliça.
A fotografia documenta um grupo de grelados de Direito, a descer a Avenida Sá da Bandeira, junto à sede da AAC, no dia 29 de Novembro de 1989.
AMNunes

sexta-feira, outubro 27, 2006


Pedir pelas Almas Posted by Picasa
Na noite de 31 de Outubro para 01 de Novembro, e também no Dia dos Finados, costumam os cachopos dos bairros antigos de Coimbra percorrer o casario da Alta e da Baixa, adornados de carantonhas desenhadas em caixas de cartão iluminadas com velas, enquanto entoam um curioso cantochão em ré. Em todos os relatos antigos se diz que as carantonhas eram feitas em abóboras meninas esculpidas e iluminadas. As casas e os ouvintes mais amáveis presenteiam os petizes com guloseimas e moedas.
Na década de 1980 ainda era usança os cachopos baterem às portas do casario das velhas Rua das Flores, Largo da Matemática, Beco da Anarda, e outras.
No pedir, cantavam com graça e garbo:
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Bolinhos, Bolinhós
Para mim e para vós
Para dar aos finados
Que lá estão enterrados
Aos pés da Vera Cruz
Para sempre Amen Jesus.
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Para agradecer às casas e bolsas mais generosas:
Esta casa cheira a vinho
Mora aqui algum anjinho.
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Em desdém aos avarentos:
Esta casa cheira a unto
Mora aqui algum defunto.
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Aos resmungões, desconfiados e não colaborantes:
Esta casa cheira a alho
Mora aqui algum bandalho!
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Fonte: imagem do artista aveirense Zé Penicheiro, in Gonçalo dos Reis Torgal, "Coimbra. Boémia e Saudade", Tomo I, Coimbra, 2003, p. 107.
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Greladas com Nabos Posted by Picasa
Duas Quartanistas Greladas em dia de Latada das Faculdades, prevenidas com nabos suficientes para alimentaram várias bocas.
Fonte: Rafael Marques, "Coimbra através dos tempos", Coimbra, Edição da Cruz Vermelha Portuguesa, 2004, p. 57. A fotografia reproduzida será da autoria de Carla Fernandes.
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A Compra do Nabo Posted by Picasa
Grupo de Quartanistas Greladas num momento de aquisição dos nabos junto das vendedeiras do Mercado Municipal na década de 1960. Sustento dos caloiros durante a Latada das Faculdades, existem entendimentos muito subjectivos entre os estudantes sobre o real significado de "aquisição" dos nabos. Este estranho ritual tem a sua origem numa manifestação de apoio à "Revolta do Grelo", levada a cabo em Março de 2003 pelas vendedeiras do Mercado Municipal contra o aumento de impostos. A Academia mobilizou-se em Assembleia Magna, realizada no Largo da Feira dos Estudantes, apoiou a revolta das vendedeiras e comerciantes de Coimbra e recolheu fundos para as vítimas da violência policial.
Foto: publicada em Sofia do Rosário, "Coimbra. O Tempo de História", Coimbra, Edição da Comissão Central da Queima das Fitas 88, 1988.
AMNunes


Imposiço de Insígnias Posted by Picasa
Cerimónia solene de Imposição de Insígnias na Via Latina do Paço das Ecolas, em 29 de Novembro de 1989. Com a adesão explícita do Rector António de Arruda Ferrer Correia (1976-1982) ao regresso das tradições estudantis, a Imposição de Insígnias ganhou crescente relevo simbólico no Pátio da UC. No mandato do Rector Magnificus, Cancelarius et Prelatus Universitatis Conimbrigencis Rui de Alarcão, o Dux Veteranorum e o Rector passaram a presidir à cerimónia com Capa e Batina e Hábito Talar.
Na fotografia, o Rector Magnificus Rui de Alarcão ata o Grelo a uma quartanista de Direito, vendo-se ao centro o Dux Veteranorum. Momento de grande sacralidade votado aos Quintanistas Fitados e aos Quartanistas Grelados, não esteve isento de crispações em meados da década de 1980, quando outras instituições de ensino superior tentaram partilhar o recinto e participar na cerimónia.
A realização da cerimónia não obedece a uma ordem rígida em termos de acesso às escadarias da Via Latina, embora esteja implícito que o ritual começa com os Grelados e termina com os Fitados. As cores oficais usadas pelos estudantes são as seguintes:
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FAC. DE MEDICINA
(medieval)
-Amarelo forte
FAC. DE DIREITO
(medieval, resultou da fusão da Fac. de Leis com a Fac. de Cânones em 1836)
-Vermelho
FAC. DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
(fundada como Fac. de Ciências em 1911, por fusão da Fac. de Matemática e Fac. de Filosofia Natural, ambas de 1772)
-Azul Celeste
-Azul Claro e Branco para Matemática (cor herdada da Fac. de Matemática fundada em 1772), Engenharias e Arquitectura
FAC. DE LETRAS
(fundada em 1911. Cor herdada da medieval Fac. de Artes)
-Azul escuro
FAC. DE FARMÁCIA
(Escola de Farmácia de 1836 a 1918; 1ª fundação 1921-1928; Escola Superior de Farmácia de 1932 a 1968; 2ª fundação em 1968)
-Roxo forte
FAC. DE ECONOMIA
(fundada em 1972)
-Vermelho e Branco
FAC. DE PSICOLOGIA E CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
(fundada em 1980)
-Cor-de-Laranja vivo
FAC. DE CIÊNCIAS DO DESPORTO E EDUCAÇÃO FÍSICA
(fundada em 1997)
-Castanho terra e Branco
AMNunes


Quartanista Grelado Posted by Picasa
Painéis de Varela dos Reis na caixa das escadarias da antiga República dos Paxás (1951-1987). Os trabalhos murais de Varela dos Reis, feitos na década de 1950, são dos mais notáveis que temos observado, sem desprimor para artistas que decoraram outras repúblicas de estudantes. Estando fotografados, há possibilidade de reconstituí-los através de suportes digitais actualizados.
O primeiro painel propõe o Apadrinhamento de um Caloiro. O segundo, exibe garbosamente um Quartanista Grelado de Direito. O Grelo é um comprido fitilho, de algodão resistente, que se vai "buscar" na Queima das Fitas imediatamente anterior à Imposição de Insígnias. Trazido ao peito em Maio, amarra-se na Pasta em Outubro/ou Novembro. O nó do Grelo obedece a certos "segredos", pois a veterania gosta de puxar os laçarotes ao Grelo para ver se este foi bem atado. Caso o nó esteja mal feito, e o laçarote se desfaça para gáudio dos veteranos e irremediável atrapalhação do Quartanista, seguem-se as chacotas costumeiras. É este fitilho, denominado Grelo, que os Quartanistas queimam em Maio no altar de Minerva.
AMNunes


Tonsura do Caloiro Posted by Picasa
Supreendido por uma trupe de policiamento nocturno, o caloiro é alvo de tonsura. Pintura de Varela dos Reis, na antiga República dos Paxás. Nas antigas praxes conimbricenses, os tormentos dos caloiros obedeciam a um ciclo anual de "provações" ou "trabalhos", calendarizados entre o Ciclo Outonal (entrada) e o Ciclo Primaveril (passagem, ascensão, saída).
AMNunes


Chegada do Caloiro Posted by Picasa
Chegada do Caloiro à Estação Nova de Coimbra (inaugurada em 1931). Pintura mural da autoria do estudante Varela dos Reis, feita na República dos Paxás (1951-1987) na segunda metade da década de 1950. Fotografia realizada no dia 08 de Fevereiro de 1988, já com o prédio sem cobertura e em adiantado estado de degradação.
AMNunes

quinta-feira, outubro 26, 2006


Cartaz da Festa das Latas 2003 Posted by Picasa
O cartaz da Festa das latas e Imposição de Insígnias de 23-28 de Outubro de 2003, da autoria de Monsanto Júnior, também se encontra reproduzido no endereço «http://www.monsanto.junior.interdinamica.pt/». A matriz é rigorosamente a mesma do cartaz desenhado para a Queima das Fitas de 2003. O projecto, destinado às festas de Maio, antecedeu em meses os festejos de Outubro. As diferenças entre os dois cartazes são mínimas, podendo respigar-se no de Outubro: o nabo substitui a labareda do altar de Minerva; o espectro de um caloiro ocupa o lugar onde estava a silhueta de um carro alegórico de quartanistas; na vizinhança da data, a cartola e a bengala foram substituídas por uma chupeta.
AMNunes


Cartaz da Festa das Latas 2006 Posted by Picasa
Adenda: as questões de fundo postas a debate no comment por M. M. Botelho já haviam sido afloradas aquando da preparação do cartaz da Festa das Latas e Imposição de Insígnias de 1988. Visto que o assunto demora merecedor de reflexão, seja-nos permitido remeter para a leitura de João MARUJO, "Da imagem gráfica da Queima das Fitas. Os cartazes que ganharam e perderam (1980-1989)", in revista VÉRTICE, II Série, Nº 38, Maio de 1991, pp. 77-82.
AMNunes


Serenata da Festa das Latas (VI)Posted by Picasa


Serenata da Festa das Latas (V) Posted by Picasa


Serenata da Festa das Latas (IV) Posted by Picasa


Serenata da Festa das Latas (III) Posted by Picasa


Serenata da Festa das Latas (II) Posted by Picasa


Serenata da Festa das Latas (I) Posted by Picasa
As fotografias I, II, III, IV, V e VI foram captadas e enviadas ao blog pelo Dr. Rui Lopes. Ilustram a Serenata da Festa das Latas e Imposição de Insígnias realizada nas escadas da Via Latina*, ao Paço das Escolas, na noite de 4ª feira, 25/10/2006, para a madrugada de 5ª feira, 26/10/2006.
Agradecemos informações adicionais sobre a identificação das formações presentes e reportório interpretado.
[Questionado sobre a confusão observada por um leitor do blog entre a notícia editada no jornal "As Beiras", de 26/10/2005 e o verdadeiro local de realização da Serenata, Rui Lopes esclarece: «O jornal "As Beiras" é que meteu lá qualquer foto que tinha porventura à mão ou enganou-se a meter a foto, eu já tinha reparado nisso. Apenas houve uma Serenata, na Via Latina, e até um dos membros do grupo que tem 4 instrumentistas está na foto da Sé Nova! Decerto que foi erro do Jornal, ou pegaram em qualquer foto antiga e puseram-na no jornal].
AMNunes


A Festa das Latas começou com uma Serenata. Notícia do Diário as Beiras de hoje, com foto de arquivo de Luís Carregã. Esta notícia, como me foi bem lembrado por um anónimo, foi feita por quem nem se deu ao trabalho de saber onde tal serenata se ia realizar, ou então o local foi mudado à última hora.


Festa das latas 1991 Posted by Picasa
Cartaz da Festa das Latas e Imposição de Insígnias de 21-26 de Novembro de 1991, assinado por José Souto.
AMNunes


Festa das Latas 1988 Posted by Picasa
Cartaz da Festa das Latas e Imposição de Insígnias de 18-25 de Novembro de 1988, assinado pelos alunos de Farmácia Eduardo & Paiva. O cartaz-88 foi o primeiro de uma longa futura genealogia consagradora da expressão Festa das Latas e Imposição de Insígnias, tendo surgido num contexto marcado pela necessidade de reflexão interna sobre os percursos/contributos do movimento de restauração da praxe no após 1974 e vontade de expressar a originalidade da Academia de Coimbra perante eventos correntemente designados por "semana do caloiro" e "semana de recepção ao caloiro".
O próprio programa festivo de 1988, impresso no verso do cartaz, exprime os anseios, impasses e contrariedades que então se viviam:
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-não era fácil convencer os estudantes e os membros da comissão organizadora a substituirem a herança da "Semana de Recepção ao Caloiro" pelo projecto "Festa das Latas";
-asseverava-se espinhoso e quase impossível implementar um projecto que, enquadrado pela tradição conimbricense, não se limitasse a plagiar sem imaginação, no mês de Novembro, o programa da Queima das Fitas;
-as tentativas de elaboração de um programa original e autómono face ao transplante Queima das Fitas esbarravam sistematicamente no imbróglio da comemoração da Tomada da Bastilha. O atraso na abertura das aulas, e os adiamentos da cerimónia de Abertura Solene da UC faziam adiar as Latadas e Imposição de Insígnias para finais de Novembro, gerando assim uma sobreposição com a Tomada da Bastilha. Os antigos estudantes protestavam (e com razão) contra a perda de autonomia das cerimónias evocativas da Tomada da Bastilha e, da parte das comissões organizadoras, parecia não haver solução a contento;
-como a comissão organizadora pertencia à equipa de gestão da DGAAC liderada por Ana Paula Barros, afecta à JSD, a oposição não compreendeu nem aceitou a proposta de reforma. No ano seguinte, a DGAAC passou para uma lista afecta à JS, e a "Festa das Latas" voltou episodicamente a ser "Semana de Recepção ao Caloiro";
-antigos estudantes, com fortes ligações ao movimento de restauração da praxe, tendo sido conselheiros da instauração do modelo "Semana de Recepção ao Caloiro", ofereceram alguma resistência às reformas em curso.
===
Se a documentação foi sendo devidamente salvaguardada, e se as comissões fizeram depositar no Museu Académico os fundos a que estão anualmente obrigadas, a Festa das Latas e Imposição de Insígnias reune já materais mais do que suficientes para uma boa pós-graduação em História, Antropologia ou Sociologia. A pertinência de tais estudos não deixa de fazer-se sentir em tempos de formulação do projecto de Candidatura da Universidade de Coimbra a Património da UNESCO.
AMNunes

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