sábado, junho 23, 2007


Na passada quinta-feira, nas Caves Primavera e para a Revigrés, esteve este conjunto com Guitarras e Canção de Coimbra, composto por José Manuel Dourado e Jorge Rino à viola, Octávio Sérgio, José Santos Paulo e José Rodrigues Rocha nas guitarras, Manuel Borras, Castro Madeira e José Santos Paulo no canto.

Etiquetas:

Prosseguem as noites com Canção de Coimbra na Galeria Almedina. Desta feita é o grupo Toada Coimbrã. Não vou ter o prazer de assistir. Se houver fotos, podem mandar para os nossos Bloggistas. Eles agradecem.
Notícia do Diário de Coimbra de hoje.

sexta-feira, junho 22, 2007

Fogueiras de S. João

Não esqueçam hoje e amanhã em Coimbra, no Largo Marquês de Pombal ou em Celas (os Salatinas) há fogueiras de S. João, com boa pinga e sardinha assada entre outros petiscos!

É célebre a quadra:

Fogueiras do S. João,
O que elas vieram dar:
Roubaram o meu amor
Na maior força de amar!

Vejam em: http://www.uc.pt/gfc/fogueiras.htm

Rui Lopes

O Museu do Fado acolhe mais uma iniciativa da EGEAC.

Os Rotários e o Fado de Coimbra.

Mário Nunes e a viagem dos Antigos Tunos ao Brasil. Diário as Beiras de hoje.

Fogueiras do São João

O Grupo Folclórico de Coimbra (GFC) leva a cabo mais um programa de animação musical e dançante na Velha Alta Salatina, apoiado na reconstituição de modas tradicionais de Coimbra, uso de instrumentos de cordas, pavilhão de tipo quiosque e coreografias participadas pela população e visitantes.
Nas imediações do recinto costuma funcionar uma tasca onde se podem consumir sardinha, broa, caldo verde, vinhos, arroz-doce e outras iguarias.
Ao longo dos anos o GFC tem conseguido concretizar momentos muito positivos de animação momentânea de espaços "mortos" da Velha Alta.
-6ª feira, dia 22 de Junho: início do ciclo de danças tradicionais alusivas a São João Baptista, serviço de tasca e lançamento de um trabalho discográfico de reconstituição de danças antigas das Fogueiras;
-Sábado, dia 23 de Junho: danças tradicionais;
-6ª feira, dia 29 de Junho: noite de encerramento, dedicada a São Pedro.
Agradecimento: GFC e Doutor Nelson Correia Borges
AMNunes

MIGUEL TORGA
*
Quantas vezes soletro o teu nome,
Mi-guel Tor-ga!...
A última é sempre a vez primeira.
Na fogueira
do teu nome,
sou eu quem se consome
- ritual da Paixão
de ter escrever.
*
Lembras-te da mística Santa Teresa?"…
morro por não morrer,
"sentimento trágico - beleza!
Como o outro da Ibéria
também tu fazes pombas de papel,
livres vão
de Coimbra ao fim do mundo.
*
E eu
na fome de te nomear
do chão de Federico
ergo-me feliz p'ra te cantar.
-D. Miguel!... (olho o céu, hesito).
*
Pombas de papel branco
com marcas de um azul da cor do mar,
entram, regressadas não sei donde, pela janela
do Poeta. E tu, num banco,
olhando as horas sobre o rio, olhas o casario
e os versos que da janela
vão abrindo as asas para ti,
que os vens cumprimentar.
*
In: Neste Lugar sem Portas
Carlos Carranca

quarta-feira, junho 20, 2007

NOITES DA CANÇÃO DE COIMBRA 2007

GRUPO DE FADOS TOADA COIMBRÃ
[ Sábado_23 de Junho; 21h30; Galeria Almedina / Arco de Almedina]
A Câmara Municipal de Coimbra - Departamento de Cultura solicita a melhor colaboração desse prestigiado órgão de comunicação social para divulgação da seguinte informação:
As Noites da Canção de Coimbra, iniciativa que divulga a Canção de Coimbra, acolhe no próximo dia 23 de Junho (sábado), pelas 21h30, na Galeria Almedina / Arco de Almedina, o Grupo de Fados TOADA COIMBRÃ.
Criado em Março de 1987, o Grupo de Fados Toada Coimbrã, composto, então, por três elementos, iniciou-se num programa televisivo com a apresentação de um fado inédito.
Actualmente, o Grupo é composto por seis elementos, antigos estudantes de Coimbra que na década de 80 frequentaram aquela insigne e velha Universidade.
Os elementos que o constituíam na sua génese, bem como os que se vieram a juntar um ano depois, passaram pela escola de fado da Secção de Fado da AAC, local onde, aliás, todos se conheceram.
Hoje, 20 anos decorridos após a sua criação e não obstante alguns dos seus elementos exercerem actividade profissional fora de Coimbra (Aveiro, Viseu e Castelo Branco), a divulgação da Canção de Coimbra continua a ser o motivo de encontro destes antigos estudantes e a forte responsável pela amizade que os une.
Empenhado que está na divulgação da canção de Coimbra, o Grupo Toada Coimbrã apresenta nos seus espectáculos Fados, Trovas e Baladas que marcaram as várias épocas da Canção Coimbrã. No entanto, um dos seus objectivos tem sido o da contribuição para criar novas canções de Coimbra (letra e música) sendo, neste sentido, um grupo de referência da década de 80 e 90, cujos temas inclui nos espectáculos e serenatas. Dos temas inéditos, destaca-se a Balada da Despedida do 5.º Ano Jurídico de 1989, pelo êxito que alcançou, sendo, ainda, uma das Baladas da Despedida mais ouvidas.
Composição
António José Vicente: guitarra portuguesa
João Paulo Sousa: guitarra portuguesa
João Carlos Oliveira: viola
Jorge Mira Marques: viola
Rui Pedro Lucas: cantor
Alcides de Sá Esteves: cantor

Para além de actuações por todo o país em festividades, espectáculos, festas académicas, o grupo "Toada Coimbrã" conta no seu curriculum com espectáculos em eventos de importância nacional e internacional dos quais se destaca:
- participação, como grupo convidado, na Europália que decorreu na Bélgica em Setembro e Outubro de 1991 (tendo aí feito diversos espectáculos em várias cidades belgas);
- participação nas serenatas de abertura e encerramento das comemorações dos 700 anos da Universidade de Coimbra, em 1989;
- participação nas serenatas das comemorações dos 10 anos da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra, em 1990;
- participação em espectáculos comemorativos de aniversários da Associação de Antigos Estudantes de Coimbra;
- participação no Natal dos Hospitais promovido pela RTP, em 1990;
- espectáculo realizado em 1989 no Real Gabinete de Leitura no Rio de Janeiro;
- serenata nas escadas da Igreja de S. Vicente (Lisboa), integrado nas festas da cidade de 1990;
- Espectáculo na Universidade de Sofia (Tóquio), em 1995;
- serenata nas ruínas de S. Paulo (Macau), em 1996.

No que diz respeito às actuações no estrangeiro, são vários os países de diferentes continentes nos quais o grupo teve oportunidade de divulgar a Canção de Coimbra:
França (paris) – 1991, 1993
Andorra – 1987
Bélgica – 1990, 1991
Finlândia – 1987
Suiça – 1987
Brasil – 11989
Holanda – 1992
Alemanha – 1992
Japão (Sendai e Tóquio) – 1995
Macau – 1996
Em 1989 apresentou em single a Balada da Despedida do 5ª Ano Jurídico de 1989; Em 1990, em parceria com outros grupos, colaborou na gravação do CD de Baladas de Despedida dos anos 80, no qual apresentou dois temas (um dos quais de sua autoria); Em 1992 gravou uma cassete de temas clássicos da canção de Coimbra, editada pela Movieplay Portuguesa; Em 1994 colaborou com dois temas na gravação de um CD da Secção de Fado da AAC que integrou vários grupos de Fado de Coimbra;
Na expectativa de que possamos contar com a presença de um V/ representante, subscrevemo-nos, expressando os mais respeitosos cumprimentos.
O Vereador da Cultura
Mário Nunes

terça-feira, junho 19, 2007

A NOITE
Música: Luís Eloy da Silva (…?...)
Letra: Luís Eloy da Silva
Incipit: Pela noite silenciosa
Origem: Porto
Data: década de 1920

Pela noite silenciosa
Passam as almas errantes
Em busca d’uma saudade
D’uns sonhos que vão distantes.

À noite, choram contigo
Essas almas em tristura
Junto a ti deixam os ais
Da sua triste ventura.

Em cada quadra os dísticos cantam-se repetem-se.
Esquema do acompanhamento:
1º Dístico: Dó m, 2ª Dó/// 2ª Dó, Dó m;
2º Dístico: Dó m, 2ª Dó/// 2ª Dó, Dó m.

Informação complementar:
Composição musical estrófica em compasso quaternário e tom de Dó Menor, de estrutura monódica convencional, secundando o paradigma conimbricense mais apreciado na época pelos cultores amadores e respectivo público.
Este tema foi gravado no disco de 78 rpm Columbia J 840, P 342, no Porto, no mês de Fevereiro de 1928, por Luís Eloy da Silva. Na etiqueta do disco especifica-se a autoria e o título “A Noite (Fado)”. Na outra face deste disco, Eloy vocaliza a canção “São João do Porto”, acompanhado por coro, guitarra e violão de cordas de aço não especificados. A voz é servida por executantes de guitarra e violão de cordas de aço não identificados na etiqueta do fonograma. Não dispomos de quaisquer dados biográficos sobre Luís Eloy da Silva, intérprete com tessitura de tenor que pode ter frequentado a Universidade do Porto, algum dos estabelecimentos de ensino técnico da referida cidade, ou ser figura ligada aos meios artísticos e teatrais locais.
Eloy segue a escola vocal Ultra-Romântica conimbricense, parecendo conhecer e estimar o estilo Paradela de Oliveira, a tal ponto que por vezes se confunde com o cantor consagrado na Academia de Coimbra. A noite como tema poético e estado anímico afigura-se-nos uma construção do Período Romântico, exacerbada pelos derivados e persistências do Ultra-Romantismo decadentista.
A guitarra de acompanhamento não se afasta dos padrões estéticos ultra-românticos herdados da Belle-Époque assinalados em gravações de António Menano ou José Paradela de Oliveira, corroborando a opção pela singeleza da tónica e dominante (ainda com forte afloração da afinação natural), solução muito apreciada pelos serenateiros espontâneos.
Eloy gravou na mesma altura outras composições, sendo-nos possível reportar as seguintes matrizes de 78 rpm (com interrogações à frente dos temas cujas autorias e conteúdos desconhecemos):

Disco Columbia, J 839
São João das Fontaínhas (?)
A Capa do Estudante, música e letra de Luís Eloy da Silva

Disco Columbia, J 840
São João do Porto (?), reeditado nos EUA (Columbia, 1126-X)
A Noite, música e letra de Luís Eloy da Silva

Disco Columbia, J 841
Granada de Mão (?), canção, reeditado nos EUA (Columbia, 1056-X)
Fado Português (?)

Disco Columbia, J 842
Ribeiro Cantante (“Fado-Canção”)
S. António do Bonfim (?), reeditado nos EUA (Columbia, 1063-X)

Estas gravações tiveram lugar num estúdio improvisado numa das salas do edifício Palácio dos Carrancas (actual Museu Nacional Soares dos Reis). Cotejando a ordem dos master’s presente nos catálogos Columbia e em estiquetas de fonogramas, é-nos possível concluir que Luís Eloy da Silva gravou alguns temas no estilo de Coimbra após a entrada em estúdio de Francisco Caetano e Edmundo Alberto Bettencourt.

Transcrição: Octávio Sérgio (2007)
Textos: José Anjos de Carvalho e António Manuel Nunes
Agradecimentos: Dr. Aurélio dos Reis, José Moças (Tradisom), Alexandre Bateiras, João Gomes





Antigos Tunos este mês no Brasil, concretamente em Brasília, S. Paulo e Rio de Janeiro.
Fotos enviadas por Paulo Amador.

Canção de Coimbra em concurso. Diário as Beiras de hoje.

segunda-feira, junho 18, 2007

Para os nossos violas e não só, aqui vão duas pérolas musicais.

http://www.youtube.com/watch?v=98y0Q7nLGWk&mode=related&search=

http://www.youtube.com/watch?v=r2BOApUvFpw&mode=related&search=

http://www.youtube.com/watch?v=O9mEKMz2Pvo

Este último, foi-me posteriormente enviado por José Maria Oliveira.

domingo, junho 17, 2007

Associação José Afonso

Um novo fórum está à vossa disposição a partir da página da AJA ou através do endereço http://ajafonso.theiforum.com/. Pedimos desculpa a quem já se tinha registado no anterior e pedimos que repitam o seu registo e as suas intervenções. A mudança deve-se ao facto de termos encontrado um fórum sem publicidade e com um aspecto mais atractivo.
Registem-se e participem.
Abraço
Miguel Gouveia

Miguel Torga homenageado por Carlos Carranca no Jornal Centro de 13-6-2007. Ontem, Carlos Carranca esteve no Pavilhao Centro de Portugal onde, a propósito de Miguel Torga, nos ofereceu momentos deliciosos, acompanhado à viola pelo multivalente Durval Moreirinhas.

António Bernardino

Faz hoje 11 anos que morreu António Bernardino (Berna). Este Blog não poderia deixar passar esta data em claro, não só pela excelência desta figura ímpar do panorama musical coimbrão, mas também porque foi com ele que percorri o mundo, durante os últimos quinze anos de sua tão curta vida, juntamente com Durval Moreirinhas e Armando Marta. Ocasionalmente outros se integraram nestas viagens por todo o país e por todos os continentes.
Segue-se uma pequena biografia que encontrei já há uns tempos na internet.

- António Bernardino Pires dos Santos (Berna), nasceu em 20 de Agosto de 1941 em Óis da Ribeira, concelho de Águeda. Fez o liceu em Aveiro onde deu os primeiros passos nas cantigas, não só na Récita de Finalistas de 61/62, como também em inúmeras serenatas, tão em voga na época. Do seu primeiro Grupo de Fados de Aveiro marcaram presença António Andias, António Castro, Carlos Lima e Mário Cruz.
- Chegou a Coimbra em 1963 e desde logo as suas grandes capacidades de intérprete o guindaram à ribalta da Canção Coimbrã. Foram seus companheiros nessa época António Portugal, os irmãos Melo (Eduardo e Ernesto), Octávio Sérgio, Nuno Guimarães, Manuel Borralho, Francisco Martins, Hermínio Menino, Jorge Rino, Rui Pato, Durval Moreirinhas e Jorge Moutinho. Colaborou com quase todas as Secções culturais da Associação Académica de Coimbra - Orfeão, Tuna, CITAC, Coro Misto / Danças Regionais - e manifestações académicas - Saraus, Serenatas Monumentais, Latadas, Festas de Républicas, etc.
- Gravou o seu primeiro disco em 1964 do qual faziam parte a “Samaritana” e “Fado do 5º Ano Médico”. Alguns dos seus registos fonográficos, nomeadamente os de contestação, não chegaram ao grande público, embora existam alguns exemplares guardados religiosamente em colecções particulares. Em 1969 grava o LP “Flores para Coimbra”, sem dúvida o seu trabalho mais importante e que marcou um momento histórico de viragem.
- António Bernardino considerou-se influenciado por José Afonso, Adriano Correia de Oliveira e pela poesia de Manuel Alegre. Gravou oficialmente cerca de 50 temas.
- Em 1967 foi mobilizado para a guerra colonial, em Moçambique, local onde permaneceu até 1974. Regressado de África, passou a residir em Lisboa a partir de 1975. Licenciado em Ciencias Geográficas, exerceu o cargo de Vice-presidente dos Serviços Sociais da Universidade de Lisboa. Continuou sempre a cantar e a participar em espectáculos, gravações de discos e programas de televisão e rádio. Nesta fase foi acompanhado por António Portugal, António Brojo, João Bagão, Octávio Sérgio, Aurélio Reis, Luis Filipe, Rui Pato, Durval Moreirinhas e tantos outros.
- António Bernardino foi, seguramente, o cantor que mais divulgou a canção de Coimbra no estrangeiro. Dos E.U.A. à ex-URSS, da América Central à Tailândia, da América do Sul à Malásia, da África a Macau, a todos levou um pouco da cultura coimbrã.
- No dia 10 de Junho de 1995, foi agraciado pelo então Presidente da Republica Dr. Mário Soares, com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique, por serviços relevantes prestados à cultura.
- Faleceu em Junho de 1996.

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