Guitarra de Coimbra (Parte I)
sábado, julho 23, 2005
Esta foto, mostra um Carlos Paredes ainda jovem, mas já com uma maturidade musical e guitarrística invejável. Algumas das suas belas e difíceis composições já tinham visto a luz do dia. A sua expressão é triste, talvez a pensar que ainda não tinha conseguido a sua máxima expressão artística! Talvez a sonhar com um mundo melhor, por que sempre lutou!
O jantar-homenagem terminou com a Tertúlia do Fado de Coimbra a interpretar "Lieds eruditos de Coimbra", peças dos poetas Fernando Pessoa, Miguel Torga, António Arnaut e António Reis Santos, musicadas por Eduardo Aroso e uma pelo seu irmão Álvaro Aroso. Foi uma experiência interessante e que resultou bem. Brevemente iremos ter este trabalho em disco.
Apreciei bastante as melodias, os arranjos e a execução.
sexta-feira, julho 22, 2005
CD/DVD "Coimbra - Espírito e Raíz"
Paulo Soares enviou-me o endereço da editora "Coimbra XXI", que lançou o trabalho atrás referido, uma colaboração João Moura - Luiz Goes.
http://coimbraxxi.pt

Partitura de “Serenata da Sebenta”, (3) de Cândido Pedro de Viterbo, de 1899.
Suite instrumental em compasso 2/4, da autoria do estudante de Direito, cantor e guitarrista, Cândido de Viterbo.
A suite, na sua versão cantada, é composta por Penedo da Meditação, Serenata do Auto da Sebenta, Quinta das Lágrimas, Penedo da Saudade, Lapa dos Poetas e Fonte da Sereia.
Viterbo, activo entre finais do século XIX, era oriundo de Valongo e utilizava uma guitarra do Porto, em afinação natural, com a típica voluta em flor.
A presente suite conheceu grande voga nos festejos do Centenário da Sebenta e chegou a integrar o repertório de filarmónicas.
Recolha e texto de António M Nunes.

Texto enviado por Joaquim Pinho
(colocado sob a forma de "Comment" num Post do dia 20 de Julho, numa foto do Grupo de Fados "Guitarras de Coimbra")
1-A tradição de Serenatas na Sé Velha com algum formalismo (Queimas, etc) só aparece pelos anos 40 do Século XX. As serenatas no Mondego são muito anteriores e delas não estavam excluídas mulheres - ver Outeiros.
2-Se pesquisarem programas de Queimas dos anos 30 (Séc XX) aparecem mulheres a cantar o chamado FADO DE COIMBRA!
3-Não só Teresa de Noronha gravou, também Amália e pelo menos uma nos anos 20 em 78 rpm.
4-Passado Académico não o tinha Artur Paredes, nem Flávio Rodrigues, nem Manuel Marques, nem Loubet Bravo, (todos acompanharam pelo menos o Orfeon Académico) e, também não o tinha Rosa Regimento, a mais célebre Cantora do "Fado" de Coimbra, e que cantava na Rua da Sofia. O autor da Samaritana, Álvaro Leal nunca andou em Coimbra, era actor profissional de teatro de revista e compô-la para uma Revista.
5-Nos Séc XVIII e XIX, quem primeiro tocou Guitarra foram mulheres, daí a chamada "Guitarrilha de Senhora" da qual tenho um exemplar que já mostrei nas Jornadas de Famalicão. Manteve-se até finais do Séc XIX
6-Numa Universidade já com 715 anos, e num intercâmbio permanente com "futricas" serão "TRADIÇÕES", usos e costumes com 60/70 anos, ainda por cima fora do seu contexto cronológico e populacional académico, ou não?
(colocado sob a forma de "Comment" num Post do dia 20 de Julho, numa foto do Grupo de Fados "Guitarras de Coimbra")
1-A tradição de Serenatas na Sé Velha com algum formalismo (Queimas, etc) só aparece pelos anos 40 do Século XX. As serenatas no Mondego são muito anteriores e delas não estavam excluídas mulheres - ver Outeiros.
2-Se pesquisarem programas de Queimas dos anos 30 (Séc XX) aparecem mulheres a cantar o chamado FADO DE COIMBRA!
3-Não só Teresa de Noronha gravou, também Amália e pelo menos uma nos anos 20 em 78 rpm.
4-Passado Académico não o tinha Artur Paredes, nem Flávio Rodrigues, nem Manuel Marques, nem Loubet Bravo, (todos acompanharam pelo menos o Orfeon Académico) e, também não o tinha Rosa Regimento, a mais célebre Cantora do "Fado" de Coimbra, e que cantava na Rua da Sofia. O autor da Samaritana, Álvaro Leal nunca andou em Coimbra, era actor profissional de teatro de revista e compô-la para uma Revista.
5-Nos Séc XVIII e XIX, quem primeiro tocou Guitarra foram mulheres, daí a chamada "Guitarrilha de Senhora" da qual tenho um exemplar que já mostrei nas Jornadas de Famalicão. Manteve-se até finais do Séc XIX
6-Numa Universidade já com 715 anos, e num intercâmbio permanente com "futricas" serão "TRADIÇÕES", usos e costumes com 60/70 anos, ainda por cima fora do seu contexto cronológico e populacional académico, ou não?
quinta-feira, julho 21, 2005
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