sábado, fevereiro 11, 2006

Espectáculo ENTRE PAREDES




O Quarteto de Saxofones ARTEMSAX promove o espectáculo "Entre Paredes" no C.C.B. (Centro Cultural de Belém) na próxima segunda-feira, 13 de Fevereiro, às 19h00.
Serão interpretadas várias peças de Carlos Paredes, das quais 3 terão a participação de
PAULO SOARES na Guitarra Portuguesa. Fantasia nº 2, Melodia nº 2 e Dança dos Camponeses serão interpretadas por 4 saxofones e 1 guitarra com arranjos inéditos de José Condinho.
Os bilhetes estão à venda no CCB. B
ilheteira on-line em http://www.ccb.pt/ccb/index.php



Visita de D. Manuel II a Coimbra Posted by Picasa
Grande plano do pálio de acolhimento a D. Manuel II e aspecto da multidão que se juntou para ver o monarca à saída da Sé Nova. A visita régia de Novembro de 1908 ocorreu sob o signo da crispação. Tinham sido o assassinato de D. Carlos e do Príncipe D. Luís, a desgraça de João Franco, a fresca Greve Académica de 1907. Os aunos anarquistas e republicanos não pouparam críticas ao novo rei. Alunos premiados como Bissaia Barreto não compareceram na Sala dos Capelos para receber os galardões, em sinal de protesto contra a monarquia.
AMNunes


Cortejo de recepção a D. Manuel II Posted by Picasa
Cabeça do cortejo universitário de acolhimento ao Rei D. Manuel II, em andamento do adro da Sé Nova para a Sala dos Capelos da UC. À frente, em duas alas, avançam os archeiros (calção e meia alta, casaca militar, bicórnio, tabalarte, espada, alabarda). Seguem-se os contínuos e oficiais administrativos (calção e meia pretos, jaquetão, capa de tipo vereador municipal, punhal). Em terceiro lugar a charamela de metais, vendo-se depois os lentes.
Fotografia de Beloniel, "Illustração Portugueza", relativa à visita de D. Manuel II à UC em Novembro de 1908.
AMNunes


Visita de D. Manuel II à UC Posted by Picasa
Foto-reportagem de Benoliel para a "Illustração Portugueza", relativa à visita de Estado que El- Rei D. Manuel II fez à Universidade de Coimbra em Novembro de 1908. No medalhão central, destaque para D. Manuel II saudando a multidão na estação de caminhos de ferro. Em cima, cortejo dos lentes da UC que foi receber ao monarca à saída do combóio. Em baixo, após solene Te-Deum na Sé Catedral, o rei e o cortejo dirigem-se da Sé Nova para a Sala dos Capelos da UC. Grande destaque para o pálio, sob o qual é transportado D. Manuel II, num derradeiro encontro entre cerimonial monárquico, cerimonial eclesiástico e cerimonial universitário.
AMNunes


Lentes da Escola Médica do Porto Posted by Picasa
Corpo dos lentes da Escola Médico-Cirúrgica do Porto, com data de 1890. Foto publicada em Sousa Costa, "Grandes dramas judiciários", Porto, O Primeiro de Janeiro, 1944, pág. 295. Urbino de Freitas figura entre os seus colegas, envergando a farfalhuda Beca preta, opulenta em mangões, pregueados e alamares, além da cinta e do Barrete octavado com borla central.
Divague-se o que se quiser (há quem vá para túnicas conventuais), mas a sugerência da Toga Judiciária de Antigo Regime é bem clara na construção deste modelo.
AMNunes


Urbino de Freitas com grande uniforme Posted by Picasa
Fotografia de Urbino de Freitas, lente da Escola Médico Cirúrgica do Porto, publicada em Sousa Costa, "Grandes dramas judiciários", Porto, 1944, pág. 293. O documento será datável de ca. 1890. Como peças principais destaquemos a calça comprida com listel, a casaca bordada no colarinho e punhos, o bicórnio emplumado e a espada.
AMNunes


Urbino de Freitas com beca Posted by Picasa
Retrato a carvão por António de Figueiredo, publicado em Sousa Costa, "Grandes dramas judiciários", Porto, 1944, anexo ao capítulo XIII, pág. 292. Urbino de Freitas, lente da Escola Médico Cirúrgica do Porto, foi implicado num crime de envenenamento ocorrido na cidade do Porto em 1890, tendo sido condenado pelo Tribunal Criminal de São João Novo em 1893: pena de prisão maior celular por 8 anos e degredo para Angola por 20 anos. Foi um dos casos judiciários mais mediáticos da 2ª metade do século XIX em Portugal. Após trânsito pela Penitenciária de Lisboa, Angola e Brasil, faleceu em 1913 sem ter conseguido obter uma revisão do processo. Erro judiciário que nunca conheceu o seu investigador/perito?
AMNunes


Estudante de Oxford (II) Posted by Picasa
"Batchelor of Arts". Original extraído de R. Ackermann's, "History of Oxford", 1813. Reprodução em postal ilustrado, década de 1990.
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Médico Posted by Picasa
"Habit de Médecin", com toga, barrete armado e murça de arminhos. Gravura do século XVII, original DE LARMESSIN. Reprodução italiana em postal ilustrado, meados da década de 1990.
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Estudante de Oxford (I) Posted by Picasa
Bacharel em Artes, Oxford, ano de 1792. Desenho de James Roberts. Reprodução em postal ilustrado, década de 1990.
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Trajos usados em Oxford Posted by Picasa
Postal ilustrado, da 1ª metade da década de 1990. Comercializado por Unichrome Lda.
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Cortejo em Oxford Posted by Picasa
Postal ilustrado da 1ª metade da década de 1990. Comercializado por Thomas Photos Oxford.
AMNunes


Cónego da Sé da Angra Posted by Picasa
Cónego da Sé Catedral de Angra do Heroísmo, fotogrado nos alvores do século XX pela Fhot. Hortense, da cidade da Horta, Ilha do Faial. Num interessante jogo de "descubra as diferenças", poderíamos tentar assinalar neste trajo e respectivas insígnias as principais semelhanças/e diferenças em relação ao Trajo dos Doutores de Coimbra entre a 2ª metade do século XVII e o 1ª quartel do século XVIII. Capelos semelhantes, embora de cores diferentes, fomos encontrá-los em cónegos idosos da Sé de Coimbra (roxo tipo Farmácia), Sé de Braga (preto) e Sé de Lisboa (rosa seco). Os capelos dos cónegos parecem ter desaparecido no rescaldo do Concílio Vaticano II. No entanto, em 1990, em visita (com dormida e convívio longo) ao Cónego Isaías da Rosa Pereira, pudemos ver que enquanto lente de Paleografia da Universidade de Lisboa usava Batina e Capa de Cónego, Capelo verde de Cânones (Salamanca), tendo ainda na casa da Renato Baptista uma Murça de arminhos, um Capelo de cónego (Sé de Lisboa), sapatos pretos de fivela, calções, barretes, etc. Será que tudo isto se perdeu com a sua morte? Ou será que confiou estes objectos a boas mãos, tal qual fez com os seus amados pergaminhos, a tempo e horas entregues à UCoimbra? Tinha de dizer isto, pois em 1992, a Prof. Doutora Maria José Azevedo Santos "mandou-me" ler alguns desses pergaminhos (a renascença cursiva era terrífica!).
AMNunes


Doutor por Salamanca: 1809 Posted by Picasa
Tajo de Doutor da Universidade de Salamanca, 1809, desenhado por Bradford, gravado por Clark (Londres). O figurino registado em 1809 encontra-se bastante distanciado da Beca que se generalizou no século XX nas escolas superiores espanholas, quiçá mais próximo do "Hábito Talar" de Coimbra.
AMNunes


Estudante de Salamanca: 1809 Posted by Picasa
Trajo de Estudante do Colégio dos Irlandeses, da Universidade de Salamanca, 1809, desenhado por Bradford, gravado por Clark (Londres). O antigo trajo dos estudantes de Salamanca foi oficialmente abolido em 1834.
AMNunes

O traje dos lentes; quadros para uma exposição

Tenho no prelo um pequeno livro intitulado O traje dos lentes: memória para a História da veste dos universitários portugueses (séculos XIX-XX) (a editar pela FL/UP, col. «letras e-dita»). No âmbito de uma breve palestra na FL/UP sobre o assunto, seleccionei as imagens que se seguem, legendando-as e acrescentando pequenos comentários. E lembrei-me de enviar estes materiais para o blog. São tradições académicas não-estudantis, menos conhecidas, menos divulgadas, mas de inegável interesse no presente contexto, creio.
Fig. 2 - Os lentes de Direito da UC ca. 1898
Reconhecem-se Afonso Costa (2.ª fila, 1.º a contar da esq.), Guilherme Alves Moreira (2.ª fila, 2.º a contar da dir.), José Alberto dos Reis e Avelino César Calisto (1.ª fila, 1.º e 2.º a contar da esq., respectivamente).
Fonte: Júlia Leitão de BARROS, Fotobiografias, século XX. Afonso Costa, Lisboa, Círculo de Leitores, 2002, p. 32.
Armando Luís de Carvalho Homem Posted by Picasa


Fig. 3 - Os lentes da UC na abertura do ano lectivo de 1899/1900.
Reconhecem-se Afonso Costa (e outros da imagem anterior), Bernardino Machado e Sidónio Pais (2.ª fila à esq., 2.º e 1.º a contar da esq., respectivamente).
Fonte: Júlia Leitão de BARROS, Fotobiografias, século XX. Afonso Costa, Lisboa, Círculo de Leitores, 2002, p. 33.
Armando Luís de Carvalho Homem Posted by Picasa


Fig. 4 - Os lentes de Direito da UL caricaturados por AMARELHE (anos 30).
1.ª fila, da esq. para a dir.: Manuel Rodrigues Jr., António Carneiro Pacheco, José Tavares, Ruy Ennes Ulrich, José Caeiro da Matta, Artur Miranda Montenegro, Abel de Andrade, Joaquim Pedro Martins e José Maria Barbosa de Magalhães. 2.ª fila, da esq. para a dir.: José Gabriel Pinto Coelho, José Caetano Lobo d’Ávila Lima e Albino Vieira da Rocha; 3.ª fila, da esq. para a dir.: Jaime de Gouveia, Armindo Monteiro, Marcello Caetano, Fernando Emygdio da Silva, Martinho Nobre de Melo, Alberto da Rocha Saraiva, Domingos Fezas Vital e Paulo Cunha. Apenas Armindo Monteiro, Marcello Caetano e Paulo Cunha têm uma formação académica e um percurso profissional (neste último ponto complementados por Albino Vieira da Rocha, Jaime de Gouveia, Fernando Emygdio da Silva e Martinho Nobre de Melo) exclusivamente na UL; todos os restantes iniciaram carreira académica e/ou docente na UC.
Fonte: Joaquim VIEIRA, Fotobiografias, século XX. Marcello Caetano, Lisboa, Círculo de Leitores, 2002, p. 45.
Agradeço aos professores Doutor Martim de Albuquerque e Doutor Eduardo Vera-Cruz Pinto as informações que me permitiram a legendagem integral.
Armando Luís de Carvalho Homem Posted by Picasa


Fig. 5 - Fotografia que poderá ter seguido de fonte a AMARELHE. Um jantar do Corpo Docente de Direito da UL (anos 30).
Sentados, da esq. para a dir.: Manuel Rodrigues Jr., Joaquim Pedro Martins, José Gabriel Pinto Coelho, José Caeiro da Matta, António Carneiro Pacheco, Domingos Fezas Vital e Marcello Caetano; de pé, da esq. para a dir.: Jaime de Gouveia, Armindo Monteiro, José Caetano Lobo d’Ávila Lima, Fernando Emygdio da Silva, Albino Vieira da Rocha, Alberto da Rocha Saraiva e Abel de Andrade.
Fonte: Joaquim VIEIRA, Fotobiografias, século XX. Marcello Caetano, Lisboa, Círculo de Leitores, 2002, p. 45.
Armando Luís de Carvalho Homem. Posted by Picasa


Fig. 6 - Os lentes de Direito da UC em 1998.
Reconhecem-se, entre outros, António José Avelãs Nunes, António Castanheira Neves, Rogério Ehrhardt Soares, Alexandre Pessoa Vaz, José Joaquim Gomes Canotilho, Jorge Figueiredo Dias, Maria Nazaré Lobato Guimarães, Anabela Miranda Rodrigues, António dos Santos Justo, Aníbal Almeida (já desaparecido), Jorge Sinde Monteiro, Manuel Lopes Porto, Manuel Henrique Mesquita, António Pinto Monteiro, Mário Júlio de Almeida Costa, Fernando Alves Correia, José Francisco de Faria Costa, Rabindranath Capelo de Sousa, Manuel da Costa Andrade, Rui Moura Ramos (actual Vice-Presidente do Tribunal Constitucional), José Carlos Vieira de Andrade, Vital Moreira, Jorge Manuel Coutinho de Abreu e Rui Figueiredo Marcos.
FONTE: O ensino e a investigação do Direito em Portugal e a Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, Coimbra, Fac. Direito, 1999, p.111.
Agradeço ao professor Doutor Rui Figueiredo Marcos as informações respeitantes à identificação das individualidades patentes nesta imagem.
Armando Luís de Carvalho Homem


Fig. 7 - Os lentes de Direito da UL, retratados em 1996 por LUÍS GUIMARÃES (FD/UL, sala do Conselho Directivo).
Sentados, da esq. para a direita: Jorge Miranda, Martim de Albuquerque, Paulo Pitta e Cunha, José de Oliveira Ascensão (actual/ jubilado), José Dias Marques (m. 2005). Pedro Soares Martinez, Isabel de Magalhães Colaço (m. 2004), Ruy de Albuquerque (actual/ jubilado), António Sousa Franco (m. 2004), Diogo Freitas do Amaral (transferido entretanto para a UNL) e Marcelo Rebelo de Sousa. De pé, da esq. para a dir.: José Luís Saldanha Sanches, Eduardo Paz Ferreira, Vasco Pereira da Silva, João Caupers (transferido entretanto para a UNL), José Lebre de Freitas (id.), José Manuel Sérvulo Correia, Carlos Pamplona Côrte-Real, Canuto Fausto de Quadros, António de Menezes Cordeiro, Miguel Teixeira de Sousa, Teresa Pizarro Beleza (transferida entretanto para a UNL), Carlos Ferreira de Almeida (id.), António Marques dos Santos (m. 2003), Maria da Glória Dias Garcia, Paulo Otero, Pedro Romano Martinez, Maria Fernanda Palma, Maria João Estorninho e José Artur Duarte Nogueira.
Comentário final:
Como é evidente, este quadro retrata lentes em hábito talar simples, em hábito talar com borla e capelo, em hábito talar com medalha da UL pendente de fita na cor da Faculdade, em beca (com e sem medalha) e em traje doutoral da Universidade Católica Portuguesa. O peso relativo das insígnias de referência coimbrã prende-se com as condições de arranque desta Escola (1913 ss.) e com a proveniência profissional e/ou académica de muitos dos seus lentes (anos 10 / anos 50) (vejam-se a propósito as observações à fig. 4). Por alguma razão a recente normativa (2005) do Senado da UL sobre trajes académicos (v. fig. 10) ressalva esta especificidade da FD/UL (e, pontualmente, de outras Unidades Orgânicas).
Foto e texto de Armando Luís de Carvalho Homem.Posted by Picasa


Fig. 8 - Lisboa, Campo de Santana. Estátua do lente da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa Dr. José de Sousa Martins.
Ao fundo o edifício que foi sede da dita Escola, depois da Fac. Medicina/UL e hoje da Fac. Ciências Médicas/UNL. Esta estátua foi imagem fundamental no processo de reforma da beca professoral, em 1960 (cf. imagens seguintes).
Foto e Texto de Armando Luís de Carvalho Homem.Posted by Picasa


Fig. 9 - Estudos do escultor FERNANDO DE ALMEIDA para a reforma da beca oriunda da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa e sua adopção como traje professoral da UL (1960, reitorado de Marcello Caetano).
FONTE: Boletim Trimestral da Universidade de Lisboa (1960, 3.º e 4.º trimestres), p. 167.
Armando Luís de Carvalho Homem.Posted by Picasa


Fig. 10 - Reprodução dos mesmos desenhos (incluindo aqui a perspectiva de costas, o chapéu e – uma novidade – um capelo na cor da Unidade Orgânica a usar pelos professores catedráticos) na normativa do Senado da UL sobre a mesma matéria.
Deliberação n.º 595/2005, de 08.Abr. – Diário da República, II sér., n.º 80 (2005/04/26), pp. 6647-6648.
Armando de Carvalho Homem.


Fig. 11 - Um lente oitocentista da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa.
Medalhão patente na escadaria principal do edifício visível na fig. 8. Repare-se no pormenor da gravata branca, nos termos de legislação de 1857
Foto e texto de Armando Luís de Carvalho Homem.Posted by Picasa


Fig. 12 - Mário Quina, medalha de prata olímpica de Vela (Roma, 1960), lente da Fac. Ciências Médicas/UNL e antigo Presidente do seu Conselho Científico.
Repare-se no pormenor do laço branco. Reprodução de foto patente na Sala do dito Conselho.
Foto e texto de Armando Luís de Carvalho Homem.Posted by Picasa

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